Fest Lanches: ainda vale a pena comer um hamburgão com tudo dentro?

Lanche Barato
5 min readSep 16, 2018

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Às vezes falamos disso, mas para quem não sabe, o Lanche Barato não é um blog novo. Existimos desde 2011, com um gigantesco hiato de mais ou menos 5 anos.

E sempre quando vou a um estabelecimento previamente visitado pelo Lanche Barato Raiz, gosto de dar uma olhada no texto antigo, através da magia da Internet e saber como eram as coisas lá atrás.

Quem quiser dar uma olhada também, vou deixar o LINK AQUI.

E, sentindo a força da nostalgia, acho mais que justo começar o texto da mesma forma.

Eu gostava do Fest, de verdade.

Durante algum momento, anos e anos atrás quando só existia a loja do Cohatrac e esse que vos digita era ainda um estudante de Letras na UFMA, eu realmente gostava no Fest.

Em algum momento essa chave virou. A concorrência começou a parecer mais interessante, a distância para o Cohatrac começou a pesar demais e os podrões não reinam mais soberanos na Ilha do amor.

Como foi voltar ao Fest Lanches depois de ANOS? Valeu a pena? E te explico aqui embaixo.

O Fest do Barramar ainda vive. O do Cohatrac, sinceramente não sei.

Sim, estamos devendo umas visitas ao Cohatrac. Soon.

Fest Lanches. Alguém sabe a origem do nome?

O local está bem melhor do que estava em outubro de 2012, quando publiquei o primeiro review. Na verdade, todos estão.

Creio que aquelas lojinhas do Barramar passaram por um processo de reforma e padronização. Todas estão bem arrumadinhas com tijolos, telhas de barro, portas de vidro e mesas até bem conservadas.

Não sei da onde surgiu a iniciativa da inovação, mas, de qualquer forma, estão de parabéns.

É tanta mesa que é possível ficar até em 2 ambientes, do lado esquerdo e direito da lanchonete.

O “playground”, que em 2012 era de plástico, hoje em dia é de ferro, talvez feito pela própria prefeitura. Mas que é um upgrade, isso é.

Também é necessário comentar que 90% das mesas do FEST são ao ar livre. Uma chuva pode acabar com a noite de muita gente

ar livre, cara!

O Atendimento, apesar da mesa em que estava ter, sem brincadeira, umas 20 pessoas, foi ok. Nada a reclamar.

Os pedidos, na medida do possível, vieram rápido. Impossível mandar tudo junto em uma mesa tão gigante, mas tudo bem.

Na hora da conta rolou um pequeno estresse em conseguir as contas separadas. Tivemos que ir ao caixa, conversar com a atendente que estava meio atrapalhada. Alguns pedidos não tinham nem sido lançados corretamente.

Novamente: mesa de mais de 20 pessoas. Mas ainda assim é complicado ter que quase arrumar confusão pra pagar a conta.

Antes de entrar na questão da comida, eu acho que preciso falar do cardápio. TEM DE TUDO.

Hambúrguer, hot dog, pizza, caldo, espaguete, lasanha… You name it.

E eu não acho isso legal.

(pausa dramática)

O cardápio fica confuso, você nunca sabe qual a especialidade da casa, qual dos pratos foi realmente pensado, qual comida está fresca.

Parece o do Cuca. Gigante.

Ignorei o “Hambúrguer Completo” e o “Hambúrguer Completíssimo” e fui de Big Fest: “Pão de hambúrguer, carne ovo, queijo, bacon, abacaxi, presunto, alface e tomate”. R$ 17,00.

E é isto

Um tradicional hamburgão com tudo dentro.

Sinceramente? Estava gostoso. Todas as carnes muito bem fritas. Hambúrguer com crostinha, bacon na medida certa.

MUITO suculento por conta do Abacaxi. Suculento até demais. No final do lanche tava fazendo aquela pocinha no final do saco plástico.

E em mim também.

Salada no hambúrguer não me incomoda, mas acho hoje em dia overrated. A estrela tem que ser a carne e os outros ingredientes tem que dar apoio ao principal. Seja combinando sabores e texturas seja simplesmente na base do menos é mais.

A maionese, que TEM QUE SER FODA quando você vai comer um podrão estava totalmente apagada.

Dispensável, eu diria.

Pra quem já conheceu a maionese antiga do Fest, é quase um pecado comer essa.

E vale a pena?

Para o hambúrguer, eu não sei. Acho que não.

Não estava ruim, de forma alguma. Mas hoje em dia o preço, pelo menos IMHO, não está compensando.

R$ 17,00 por um hambúrguer “simples”, com tudo dentro. Por R$ 3,00 a mais você come um “Especial” no Smoke, feito em um FUCKIN’ PIT SMOKER ou um DUOBUS, que vive cheio de promoção com suco grátis, acompanha batata…

Por R$ 2,00 A MENOS, dá pra comer um El Patron, um hambúrguer DELICIOSO, com um dos melhores gostinhos de brasa que eu já vi por essas bandas.

Entende o ponto?

Hoje estamos passando por uma revolução nesse setor de hambúrguer. Existem MUITAS opções realmente pensadas, feitas da forma mais artesanal possível e com um elementos inovadores.

E isso tudo por praticamente o mesmo preço do hamburgão com tudo dentro.

PESSOALMENTE não volto ao Fest pra comer hambúrguer. Muito difícil que eu volte em qualquer podrão para comer hambúrguer sem uma situação especial.

Qual seria essa situação?

Lembra que eu falei que estava em um grupo de vinte mil pessoas? Algumas das pessoas que estavam comigo não comiam carne vermelha.

E o Duobus e o Smoke, que eram próximos de onde estávamos, não possuem hambúrguer de frango.

Ou pizza, ou macarrão, ou caldo.

E, novamente, prefiro comer um puta hamburgão foda do que passar por 38 opções “mais ou menos”. Opções praticamente iguais onde o que muda é somente a adição de um bacon ou de um abacaxi.

Mas tem situações que pedem uma abordagem diferente. Talvez você esteja com um grupo diferenciado, com pessoas que não comem carne vermelha ou que simplesmente querem um macarraozão com tudo que se tem direito.

E pra essas situações, sempre vai existir o Fest Lanches.

Vejo vocês em breve.

Av. dos Holandeses, 10 C — Calhau, São Luís — MA, 65071–380
https://www.instagram.com/festlanches3/
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