Por qual motivo empresas que se comunicam sob o olhar do usuário estão à frente do mercado?

Lara Goulart
3 min readMar 23, 2023

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Não sou eu quem está dizendo, são os próprios clientes

Para início de conversa, imagine que estamos falando de um viajante, alguém que desconhece sobre o lugar, não fala aquele idioma e deseja se comunicar para obter informações importantes ao seu passeio. Bem… Hoje temos recursos facilitadores como o Google Tradutor e outras maneiras de chegarmos a este objetivo sem que precisemos necessariamente lidar com a interação entre duas pessoas. Mas apenas imagine um mundo remoto em que a comunicação precisa ser realizada de maneira falada e presencial.

Desta maneira, acredito que você tenha pensado em línguas universais, como o inglês, o francês ou o espanhol, mas o objetivo aqui é outro! Tente se imaginar num ambiente extremamente distante de sua realidade, como por exemplo, numa tribo nativa de um país jamais visitado por você antes. As chances de que suas primeiras interações com os habitantes daquela aldeia funcionem são quase inexistentes, já que nada se sabe sobre aquela cultura, o significado que dão às coisas e os interesses em geral.

Do mesmo modo, quando uma empresa tenta se comunicar com o usuário de seu produto sob a ótica de quem entende do assunto, as chances de que aquilo não passe de um monólogo são igualmente proporcionais. Para que haja comunicação é necessário se fazer entender e, para que isso ocorra, devemos aprender a falar a partir do vocabulário de quem desejamos comunicar e não a partir do nosso entendimento.

Outro exemplo: quando digo algo acreditando que todos estão compreendendo, talvez seja importante reconhecer que posso não estar me comunicando efetivamente. Uma maneira de consertar isso é checando se o que o usuário entendeu de fato condiz com a mensagem que a empresa deseja passar. Do contrário, vale reescrever a informação e em seguida checar novamente sua efetividade.

Contudo, para que haja sucesso no processo de comunicação e evitemos possíveis retrabalhos por conta de confusões devido à informação inadequada, o primeiro passo é o da pesquisa! Quando sei com quem estou me comunicando, quando conheço as dores e aspirações do meu público-alvo, as chances de entregar uma mensagem com o mínimo de ruídos possível aumenta em larga escala. Voltando ao exemplo da tribo, conhecendo a cultura e os costumes daquele povo, sou capaz de estabelecer conexão e até mesmo criar um novo sistema de comunicação que valide as informações que desejo passar ou receber.

Por fim, quando falamos de Tom de Voz de uma marca ou uma empresa, devemos considerar o perfil do leitor e usuário do meu produto e me certificar de que estou me comunicando com clareza, ainda que a pessoa a receber o conteúdo seja alguém completamente cru sobre o assunto. Afinal, de que adianta eu me expressar se não consigo me fazer entender? Lembre-se só há comunicação de fato quando todos os envolvidos no contexto são capazes de compreender a mensagem.

E aí, consegui me fazer entender? Como você falaria sobre o que comentei aqui? :)

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Lara Goulart

Profissional da Música, UX/UI Designer, Comunicóloga. Curiosa, criativa, inquieta. Amo aprender e estar perto de quem pratica generosidade e empatia.