Laura Pires
1 min readDec 24, 2016

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Também concordo. Especialmente sendo colaboradora fixa da Trendr (veículo que gosto pela proposta e gente-bonice dos editores), me sinto mal quando vejo que divido espaço com esse tipo de conteúdo. Se fosse só ruim, eu deixaria pra lá, porque poderia ser questão de gosto. O problema é encontrar conteúdo que trata discriminações variadas de maneira leviana, como se fossem causas banais.

E não me espanta que a marca tenha dobrado o número de curtidas diante de um protesto feminista. Se machismo não vendesse tanto, não daria tanto trabalho simplesmente apontá-lo, e conteúdos como os desse texto não seriam tão bem aceitos sem que precisasse vir mulher reclamar. Me chateia que esse tipo de causa tenha que ser vista como puramente feminista e não algo social. Me chateia que machismo seja tido como um problema que é só das mulheres e que só as mulheres se importam e só as mulheres percebem e só as mulheres se incomodam e só as mulheres reclamam. Eu queria que não fosse necessário ser mulher pra saber que esse tipo de conteúdo é socialmente péssimo.

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Laura Pires

Escrevo sobre relações de afeto. Instagram: @_laurampires . Contato profissional: contato.laurampires@gmail.com .