Mock Draft 2024, por LeoHoops

Leonardo
23 min read4 days ago

Detalhado na medida do possível, bem direto ao ponto, antes de quaisquer trocas, vamos lá.

Adendo: Priorizo, além do potencial, o encaixe e necessidades de cada elenco. Ou seja, não dá para evitar reachs ou jogadores caindo além do normal.

1ª Rodada (Escolhas 1 — 30)

1. Atlanta Hawks — Alexandre Sarr, C

Talento defensivo inquestionável com projeção ofensiva boa em longo prazo. Segue o molde de pivôs modernos destilando atletismo, mobilidade e tamanho, além de um arremesso promissor.

É o melhor jogador disponível que, por acaso, também cobre uma lacuna em Atlanta — a carência de pivôs confiáveis, embora o impacto tenha tudo para não ser imediato, mas sim no médio-prazo.

2. Washington Wizards — Robert Dillingham, PG

Armador extremamente elusivo ofensivamente, sendo capaz de combinar fundamentos de armação com pontuação explosiva. Promete ser mais um da linhagem de armadores modernos, os quais conseguem jogar com e sem a bola e pontuarem nos três níveis.

Seu encaixe em Washington é ideal, visto que ocupa uma grave lacuna posicional e adiciona talento ofensivo que falta em demasia nessa reconstrução, apesar de ser, sem dúvidas, um defensor frágil de início.

3. Houston Rockets — Reed Sheppard, G

Combo-guard com versatilidade e toque estelar no arremesso, defesa peçonhenta e boa promessa de evoluir em outras áreas. Reed se destacou como um arremessador de porcentagens históricas por Kentucky, e seu filme do High School promete que ele possa virar bem mais do que um Combo Guard.

Sua transição para um armador de ofício, em Houston, não é tão necessária, visto que poderia ser, somente, um iniciador secundário, ou uma promessa para ser a dupla de backcourt de Amen Thompson, jogador com o qual ele possui encaixe intrigante, bem como com um big-man que ama procurar passes como Sengun. É a escolha de maior sentido para um time nessa colocação.

4. San Antonio Spurs — Zaccharie Risacher, F

Ala de boas medidas, sólido atletismo, arremesso e defesa que já mostrou serviço como titular em pós-temporada contra adultos. Num elenco onde se há um claro projeto de Franchise Player, os seus movimentos devem ser destinados a potencializá-lo — e esse tem, exatamente, tal fito. Um ala de 6'10" que projeta ser efetivo tanto em meia-quadra, quanto em transição e conseguirá marcar em alto nível da NBA? Quem não quer?

As qualidades de arremesso e defesa mostradas em tão baixa idade são otimistas para a curva de desenvolvimento de Risacher, mesmo que ele não seja uma estrela algum dia. Suas ferramentas seriam bem-vindas numa projeção ao redor do craque Wembanyama, acho um reach plausível.

5. Detroit Pistons — Baylor Scheierman, Wing

Jogador experiente, inteligente e arremessador de ponta que faz de tudo e um pouco mais em quadra. Scheierman intrigou em Creighton não só por sua versatilidade e eficiência como arremessador, mas também por sua capacidade de armação complementar e defesa sólida, raras para alguém com uma habilidade de destaque.

Seu encaixe em Detroit é positivo com Cade Cunningham no médio-prazo, projetando bons minutos desde já fora do banco, o que é condizente com a linha do tempo de vencer-já dos Pistons. Tendo em vista o que ele pode oferecer e as necessidades do time escolhendo, a escolha é, ao meu ver, justificável, mesmo que seja um reach.

6. Charlotte Hornets — Devin Carter, G

Defensor agonizante do perímetro que também é atleta de altíssimo calibre e dono de versatilidade ofensiva projetável. Carter, embora um pouco pequeno, possui envergadura e atletismo que favorecem muito o seu jogo, o qual é a antítese de seu tamanho: Ele gosta de atacar o aro, enfrentando contato e jogadores maiores, além de, em ocasiões, dar trabalho a jogadores maiores e tão atléticos quanto, bom sinal do que enfrentará no profissional. Isso tudo, em conjunto com sua capacidade de armação complementar, o torna um projeto de jogador tão valioso para a NBA hodierna.

Seu encaixe em Charlotte é projetável, pois o arremesso deve prosseguir em crescente ao longo dos anos, potencializando ainda mais um core forte em arremesso com Miller e Melo, além de poder, talvez, preencher lacunas na armação complementar e defesa de perímetro. Carter traz bagagem e experiência em Providence para acelerar esse processo.

7. Portland Trail Blazers — Donovan Clingan, C

Jovem multi-campeão com defesa impressionante, tamanho incrível e rol de micro-habilidades úteis para um pivô moderno. Donovan chegará na NBA com dois títulos de D1 da NCAA no currículo, sendo a espinha dorsal de Connecticut no mais recente deles, com sua exímia e madura proteção de aro, além de corta-luzes de alto nível e bom passe para big-men.

Como foi o caso em San Antonio, times com projetos de jogador-franquia devem cercá-lo de jogadores que o potencializem, e não é diferente com Clingan em relação a Scoot Henderson, já que contribui bastante em Pick & Rolls e passes para cortes fora da bola. A escolha projeta bem, o encaixe é bom e o valor é ótimo.

8. San Antonio Spurs — Stephon Castle, G

Vencedor, curinga, dono de boa noção de jogo, tamanho posicional, defesa, atletismo e fundamentos, apesar de não ter uma posição fixa. A premissa da escolha é o desenvolvimento de Castle como um armador de ofício, mesmo tendo atuado como um wing conector no UConn que venceu a D1, contribuindo como um jogador de sistema, mesmo com arremesso frágil.

Como ele mostrou tais traços de armação no ensino médio, e os Spurs ainda não estão em momento para serem proativos em relação à competitividade, a aposta é bastante viável e pode gerar frutos gigantescos no futuro.

9. Memphis Grizzlies — Zach Edey, C

O jogador universitário mais dominante dos últimos dez anos que possui um rol impressionante de ferramentas para alguém de seu tamanho. Edey é muito bom atleta para 2.24 metros (7'4") e 136kgs (300lbs), com magistral touch ao redor do aro e tomada de decisão, além de ótimo passe considerando posição e idade e de bom atletismo e mobilidade para alguém de seu porte. Tudo isso o propiciou a ser um jogador tão dominante a nível universitário.

Sua adição em Memphis projeta como um upgrade em relação ao que Adams fora, uma importante espinha dorsal que permitia a livre atuação de Jaren na defesa e a ligação entre peças ofensivas com seu passe e screening. Edey não só projeta realizar tudo isso, como é maior e possui muito mais utilização no ataque de meia quadra, já que é um scorer estelar no poste — o que, inclusive, não excluiria uma possibilidade de upside para mim.

10. Utah Jazz — Ron Holland, F

Atleta de elite, defensor talentoso e infiltrador impiedoso que dá 200% de si em quadra. Holland é polarizante, embora não devesse ser, já que possui traços atléticos dos mais impressionantes na classe e realizou boa produtividade em uma liga de homens aos 18 anos. Sua capacidade de pressionar o aro e potencial para criar seus chutes e ir a seus spots são promissoras para um teto ainda maior, mesmo com um arremesso preocupante, mas longe de caso perdido.

Utah é a 30ª defesa da NBA, sendo um elenco que carece de possibilidades de upside e jogadores que consigam, efetivamente, pressionar o aro. Ron preenche tais caixinhas e projeta ser um bom contribuidor na NBA, ainda mais em um elenco em que seus principais atributos são escassos.

11. Chicago Bulls — Matas Buzelis, F

Ala feroz, habilidoso e muito promissor que pode fazer barulho em ambos os lados da quadra. Zelis foi também impressionante num contexto mais difícil no Ignite, demonstrando, por exemplo, sua capacidade de por a bola no chão, atletismo, defesa de ajuda e, até mesmo, criação de alguns bons arremessos contra jogadores, em média, 6 a 7 anos mais velhos.

Chicago é uma incógnita, logo fui em alguém que consiga projetar bem para o futuro e preencha essa lacuna nas alas que o time terá após o eventual declínio técnico de DeMar DeRozan. Sempre é bom começar o investimento no futuro.

12. Oklahoma City Thunder — DaRon Holmes II, PF/C

Big-Man faz-tudo no ataque com promessa de espaçamento e defesa moderna. Holmes apresentou por Dayton uma imensa gama ofensiva desde arremessos criados por si próprio na região do poste, espaçamento funcional, até alto nível como conector e play-finisher. Defensivamente, além de um bloqueador feroz, demonstrou várias vezes a capacidade de se virar contra adversários menores e recuperar rapidamente no seu homem.

Embora não seja o maior dos pivôs (6'10"), sua imensa qualidade em ambos os lados da quadra e projeção de encaixe positiva como o pivô do elenco são encorajadores o bastante para destinar essa escolha a Oklahoma. A experiência no College pode ajudá-lo a cavar minutos rotacionais desde o 1º ano.

13. Sacramento Kings — Tristan da Silva, F

Ala de tamanho ótimo e arremesso suave que adiciona qualidade em várias áreas do jogo. O germano-brasileiro é capaz de se mover sem a bola, mostrou êxito atacando aproximações e realizando conexões, além de ser um defensor de equipe positivo, embora não seja confiável marcando no 1 contra 1.

Talvez possa impactar de imediato na rotação de dez homens de Mike Brown. É uma escolha complicada, mas, certamente, que projeta agregar e muito no sistema e em sua fluidez.

14. Portland Trail Blazers — Tidjane Salaün, F

Ala com potencial de shotmaking, medidas de tirar o fôlego e ótimo atletismo que já produziu bem contra adultos na LNB. Um ala de 2.08 metros (6'10"), de envergadura 2.16m (7'1") por si só já é promissor, mais ainda quando, sendo um dos mais jovens da classe, produz bem em uma das melhores ligas domésticas do mundo e tem ferramentas que talvez possam o colocar em quadra mais cedo, como o arremesso, além de qualidade defensiva e potencial alto como pontuador.

Tidjane projeta como um encaixe sublime na linha do tempo de Portland, além, claro, de ter sinergia com o próprio projeto de franchise-player deles no Scoot, prometendo ser um dos alas do futuro com essa extraordinária combinação de ferramentas e tamanho posicional.

15. Miami Heat — Kel’El Ware, C

Pivô moderno com todas as letras, providenciando tamanho, atletismo, play-finishing e potencial alto arremessando. Ware, em sua segunda temporada de NCAA, demonstrou o seu impressionante arsenal two-way por Indiana com tamanho e atletismo que não se encontram por aí (7'1" de altura, ou 2.16m, e 7'4.5" de envergadura, ou 2.27m), projetando como um Play-Finisher versátil com sólida proteção de aro, embora hajam questionamentos legítimos sobre sua postura e intensidade em quadra.

O encaixe em Miami é nítido: Um pivô de tamanho, versátil e deveras móvel para atuar ao lado de Adebayo. Em tese, Ware projeta, ao médio-prazo, preencher lacunas do Heat em tamanho, proteção de aro adicional, mobilidade, finalização de jogadas, espaçamento de frontcourt e pontos de 2ª chance. Apesar da nítida e grave preocupação, os resultados podem ser incríveis, já que se trata de alguém com tantas ferramentas e que, na teoria, poderia sanar necessidades primordiais dos Heatles.

16. Philadelphia 76ers — Isaiah Collier, PG

Armador mini-tanque que é magistral atacando o aro e está avançado na criação de jogadas para companheiros. Após ótima temporada por USC, Collier se apresenta como um excelente projeto de Lead Guard, já que é capaz de quebrar defesas de múltiplas formas, além de ter um arremesso em curva de evolução.

Seu valor na 16ª escolha é extraordinário, mas são poucos os times acima que poderiam dar o espaço ideal para Isaiah se destacar de modo apropriado: e o 76ers é um deles. Numa equipe que carece de armadores e que já deve pensar numa transição da “Era Embiid”, Collier projeta bem para o médio-prazo, podendo se tornar, quem sabe, um dos alicerces para o futuro da franquia. Necessidade posicional? Potencial? Check.

17. Los Angeles Lakers — Yves Missi, C

Pivô atlético com nítido impacto two-way e potencial de mobilidade e expansão ofensiva. O explosivo e imparável Missi projeta ser mais um da nova seara de bigs modernos, sendo bastante produtivo na proteção de aro e crescente na marcação de múltiplas coberturas. Ademais, a sua funcionalidade ofensiva é projetada como um finalizador de jogadas impiedoso, uma máquina na pintura, mas também mostra potencial colocando a bola ao chão e atacando desvantagens.

Em LA, cobriria a lacuna na posição de pivô e conseguiria contribuir na rotação no médio-prazo, com a projeção otimista sendo de ocupar a titularidade ao lado de AD, numa tentativa de replicar o sucesso que o camisa #3 teve ao lado de pivôs de ofício. Isso seria ainda mais animador pelo fato de Yves ter o potencial de punir mismatches e expandir a zona de cobertura defensiva para além do garrafão.

18. Orlando Magic — Carlton “Bub” Carrington, PG

Arremessador de ponta, playmaker animador e defensor positivo sendo um dos mais jovens de toda a classe. “Bub” é o mais notório dos criadores de perímetro da classe, exibindo rara frieza para a idade nas tentativas de arremesso e shotmaking, além de, por vezes, maturidade e criatividade como um criador para companheiros, embora nem sempre pressione o aro. Tudo isso ocorre sob ótimo tamanho posicional, o que também o ajuda a ser um defensor com projeção otimista.

Suas qualidades coincidem com necessidades do Magic nessa corrida de médio-prazo, e as suas deficiências seriam cobertas pelo time, pois já possuem jogadores para atacar a pintura, por exemplo. Numa hipótese otimista, Carrington viria para, potencialmente, ameaçar a titularidade na armação da ascendente equipe, a qual necessita de criação e espaçamento funcional, com a prova cabal disso sendo as dificuldades que passaram em momentos durante a pós-temporada de 2024.

19. Toronto Raptors — Nikola Topić, PG

Criador e infiltrador estelar que produziu com qualidade em uma liga profissional aos 18 anos. A queda é decorrente de um temor pela lesão e encaixe questionável em outros times, mas é indubitável que Topić sustentou o status de topo de classe durante boa parte do ciclo. Nikola é um projeto de Lead Guard com ótimo tamanho posicional e pressão de aro, embora sustente preocupações nítidas, a exemplo da mecânica de arremesso, da falta de um counter (p.e. floaters e pull-ups) e da defesa pouco sustentável.

Toronto sustenta boa parte de suas escolhas e, aparentemente, ingressou num processo profundo de reconstrução. Logo, faria sentido escolher alguém que, além de ser, talvez, o melhor disponível, seja um encaixe positivo com o elenco em relação à linha do tempo. Topić estaria num local paciente para trabalhar em seus contras, reabilitar de sua lesão, para, quem sabe, atingir todo esse rótulo de estrela que lhe é, com justiça, atribuído.

20. Cleveland Cavaliers — Cody Williams, F

Slasher habilidoso, muito longo, de bom atletismo, defesa otimista e potencial bastante elevado. Cody merece bastante atenção do elenco que o escolher, pois o seu condicionamento para impactar na liga é questionável. Embora longo, ainda não é tão forte, e o arremesso ainda em desenvolvimento também não favorece para o impacto imediato como jogador de meia-quadra.

Sua projeção para Cleveland vem no médio-prazo, como alguém capaz de arremessar chutes de fora simples, pressionar o aro em bom nível, até mesmo, defender armas ofensivas adversárias. O teto de Cody intriga, e é ideal um time sem escolhas próprias por anos ter alguém de seu perfil, podendo servir para a sequência da atual linha do tempo ou para alguma transição de era.

21. New Orleans Pelicans — Ajay Mitchell, PG

Criador de qualidade e bom infiltrador que consegue impactar em vários segmentos da quadra. Apesar de ter atuado em um contexto de Mid-Major, o talento de Ajay sempre foi evidente, sendo um Lead-Guard de bom tamanho o qual é capaz de atuar sem a bola e tem sustentabilidade defensiva. Todavia, atenção para o arremesso de fora, que ainda é uma swing skill (ponto de melhora), mas o progresso é tangível.

Os Pelicans receberiam extremamente bem no médio prazo o tamanho posicional de Mitchell e sua capacidade de armação, além de suas dinâmicas sem a bola serem positivas num contexto onde não será a 1ª opção. Ajay projeta, sob um viés otimista, ser um competidor para a titularidade na armação após algum tempo, por mais que eu acredite na sua possibilidade de exceder isso e ofertar um basquete comum aos grandes jogadores.

22. Phoenix Suns — Tyler Kolek, PG

Floor-general inteligente e intenso com várias condecorações e extensa bagagem de NCAA. O que projeta Kolek de se manter na liga por anos, mesmo sendo um senior e armador pequeno, é a sua incessante atividade de ambos os lados, sendo um armador criativo e arremessador capaz & um defensor de equipe enérgico.

A escolha para Phoenix é genérica, mas não há muito o que fazer. Sendo uma equipe sem previsão de armadores de ofício para o curto-prazo, Kolek projeta trazer esse impacto de imediato saindo do banco, mitigando uma lacuna severa que foi uma das causas para a vexatória eliminação em 2024.

23. Milwaukee Bucks — Dalton Knecht, Wing

Ala forte e atleta sólido que demonstrou legítima pontuação de três níveis em ótimo nível nos 4 anos de College. Seu bom tamanho e atletismo sólido permitem-no de conseguir atacar o aro e ser efetivo absorvendo contato e cortando para a cesta, mas o que o colocará em quadra, em 1º lugar, é a sua eficácia e versatilidade como arremessador. Contudo, há de se ressaltar que Knecht ainda deve precisar de tempo para conseguir jogar com a bola na mão na liga, além de ter alguns problemas defensivos.

Seu encaixe em Milwaukee projeta trazer densidade imediata na rotação e um leque ofensivo ainda mais variado, já que não precisa necessariamente da bola para impactar no jogo, o que é positivo num elenco com Giannis e Lillard. Além disso, quem sabe, Dalton pode exceder a sua curva projetada de evolução para alguém de sua idade, tendo em vista as adições constantes em seu jogo e a melhora natural de produção mesmo após se transferir para uma conferência melhor na NCAA.

24. New York Knicks — Johnny Furphy, Wing

Ala jovem, adaptável, alto e atlético com arremesso e jogo off-ball traduzíveis e bom potencial de melhora em outras áreas. Johnny deve precisar de tempo de maturação, talvez alguns meses de G-League, mas suas ferramentas atléticas, seu motor, seu arremesso, suas noções sem a bola, além de potencial intocado como criador, são encorajadores.

Toda essa promessa cairia, no médio-prazo, como uma luva para a rotação dos Knicks, que buscam estender a janela de contenção pelo maior tempo possível. Um ala como o que Johnny é projetado a ser, que consegue impactar nas duas vias, trazendo atributos técnicos e atléticos que poucos na liga posuem, seria extremamente bem-vindo nesse elenco.

25. New York Knicks — Jonathan Mogbo, PF/C

O melhor Big-Man passador do Draft, projetabem em ambos os lados da quadra como um play-finisher atlético e defensor versátil. Mogbo supera as desvantagens de um big pequeno (6'7" ou 2.04 metros de altura) sendo extremamente longo (7'2" ou 2.19 metros), forte, bastante atlético, habilidoso e inteligente. Seu processador é rápido, consegue contribuir bem para progressões ofensivas, além de não ter problemas atuando como um roll-man tradicional, por ser um atleta de bom nível e conseguir atingir pontos altos.

Tendo isso em vista, seu encaixe em N.Y. se projeta, numa visão esquemática, positivamente, levando-se em consideração a sua versatilidade defensiva e, inclusive, o gosto de Thibodeau por bigs que auxiliam na progressão ofensiva, como Hartenstein e Noah. No médio prazo, pode ser um pivô de sólida minutagem na rotação, principalmente em caso de saída de jogadores como Hartenstein, embora eu acredite que ele tenha a capacidade de superar tais expectativas e se tornar um titular de impacto na liga.

26. Washington Wizards — Kyle Filipowski, PF/C

Big-Man ofensivo habilidoso que promete trazer um mar de versatilidade em qualquer âmbito da NBA. Após retornar a Duke, Filipowski elevou seu jogo ainda mais, sendo um jogador inteligente capaz de colocar a bola ao chão, conectar jogadas em alto nível, pontuar e brigar por rebotes, além de ter uma projeção de arremesso. Vale ressaltar, porém, que sua defesa não é das mais fortes, sobretudo, a sua proteção de aro.

Washington carece de quaisquer big-men de impacto nesse exato momento, e o valor que Filipowski projeta à essa altura do Draft, além disso, é mais do que justificável para a escolha. Kyle promete ser um jogador ofensivo positivo na liga por vários anos.

27. Minnesota Timberwolves — Nikola Đurišić, Wing

Ala de teto alto, tamanho e refino técnico com elusividade fora da bola e capacidade de criar para si e outros. Đurišić teve uma melhora drástica pelo Mega após determinado tempo na temporada, sobretudo, na consistência de seus arremessos, tanto de fora, quanto da região intermediária. Seu potencial como shotmaker e ala criador são intrigantíssimos, mostrados numa liga profissional, embora seja um defensor pobre, sobretudo, marcando a bola.

Minnesota é a franquia que mais necessita dessa versatilidade ofensiva, tendo, somente, um jogador que consegue criar seus arremessos da região do perímetro. Nikola projeta estender a janela de pós-temporada dos Wolves com essa qualidade ofensiva escassa no elenco, sendo bom valor no final da 1ª rodada.

28. Denver Nuggets — Ryan Dunn, F

O melhor defensor do Draft, possui uma mistura absoluta de atletismo, força, comunicação e inteligência. O temor acerca de Dunn é vindo de seu nitidamente quebrado arremesso, mas não é de se ignorar alguém da idade dele com tamanha maturidade defensiva, é difícil não o projetar como um jogador positivo algum dia.

Essa escolha é o rico ficando ainda mais rico, valor brutal para a 28ª escolha. Dunn consegue jogar minutos imediatos de rotação por sua defesa e é capaz, em certo grau, de replicar a função de Aaron Gordon, atuando na região do Dunker Spot. Contudo, o espaçamento é, ainda, a principal habilidade de ênfase, seria um divisor de águas para a carreira de Ryan na NBA.

29. Utah Jazz — KyShawn George, Wing

Wing de medidas incríveis, mas que se desenvolveu como um guard, arremessador feroz e potencial de impactar nas duas vias. KyShawn foi um arremessador de destaque como freshman e mostrou boa postura como iniciador e conector em momentos, além de esforço defensivo sólido. Tudo isso sob medidas de 2.03m (6’8”), evitando-o de ser caçado em quadra, inclusive, sendo ele, potencialmente, o beneficiado contra adversários menores. Contudo, vale ressaltar que George é um atleta abaixo da média, sobretudo, verticalmente, o que faz ele ter dificuldades atacando o aro muitas vezes, por exemplo. Suas amostras de atletismo ocorrem somente em situações de transição, sendo isso bem menos usual do que ataques de meia-quadra nos “jogos valendo”.

Sendo Utah uma equipe que necessita também de criação de jogadas, mas sem sacrificar a defesa e nem o tamanho, o encaixe de KyShawn na rotação projeta bem em algum tempo. A expectativa é dele ser uma peça conectiva de qualidade, ofertando criação complementar, espaçamento e tamanho, enquanto mantém a defesa operante.

30. Boston Celtics — Jaylon Tyson, Wing

Pontuador versátil, habilidoso e eficiente que trará elusividade a qualquer sistema ofensivo. O destaque de California foi um dos scorers mais prolíficos do College, demonstrando ótimo touch no arremesso e noção de espaços, podendo criar para si expondo brechas ou as buscando sem a bola. Entretanto, embora um criador de vantagens ok, ainda não é o mais consistente achando companheiros livres, além de sua defesa precisar melhorar — mas seus bons tamanho e absorção de contato podem fazer dele um defensor produtivo algum dia.

Tyson projeta, em algum tempo, ou, até mesmo, no curto-prazo, trazer ainda mais criação ofensiva aos campeões, saindo do banco de reservas. Dessa forma, casa bem com a fundação ofensiva que Joe Mazzulla monta, além de, na melhor das hipóteses, manter o tamanho e a força da defesa de Boston em segundas unidades.

2ª Rodada (Escolhas 31 — 58)

31. Toronto Raptors — Tyler Smith, PF

  • Ala-pivô alto (6’10”) com arremesso bastante fluido, mas com funcionalidade ofensiva limitada mais sem a bola,
  • Soma na linha do tempo jovem, adiciona, além de espaçamento e altura, sólidos atletismo e defesa.

32. Utah Jazz — Jared McCain, G

  • Arremessador versátil e eficiente em meia-quadra, defensor esforçado;
  • Precisa buscar mais consistência como um armador de ofício, se não, terá dificuldade sustentando seu tamanho em esquemas como um Combo Guard pequeno.

33. Milwaukee Bucks — Ja’Kobe Walter, Wing

  • Ala de bom tamanho com enorme versatilidade de arremesso, lapsos de shotmaking e inteligência atacando aproximações, além de potencial defensivo tangível;
  • Não foi um criador tão avançado a nível de College, é mais indicado que jogue em equipes em que não tenha tanta carga ofensiva. Milwaukee projeta ser isso.

34. Portland Trail Blazers — Isaiah Crawford, F

  • Um dos melhores defensores de toda a classe, o longo ala carrega consigo um teto ofensivo impressionante, pois é ótimo atleta, toma boas decisões em quadra e evolui o seu arremesso constantemente. Valor brutal na 34, mesmo com o histórico de lesões;
  • Chegaria, possivelmente, somando nos Blazers, já que tem características imensamente valiosas e traduzíveis no curto/médio-prazo, a exemplo de sua defesa. Fit que faz sentido e melhor jogador disponível.

35. San Antonio Spurs — Pacôme Dadiet, W

  • Jovem ala com um leque intrigante de habilidades nas duas vias, destacando-se, sobretudo, no arremesso. Teto bastante elevado, pode ser um titular nível NBA algum dia e, até mesmo, um All-Star;
  • Escalável, cairia num contexto positivo e flexível para o seu desenvolvimento, sem a pressão para contribuir logo de cara, terá tempo de errar e aprender.

36. Indiana Pacers — Trentyn Flowers, W

  • Ala jovem que, futuramente, projeta ser alguém que tenha como arma principal a pressão de aro constante e criação de vantagens. Sua habilidade para, se possível, cravar poucos minutos rotacionais hoje é o arremesso, como demonstrou na NBL;
  • Indiana deve se preparar não só para a complementaridade desse ciclo, como também para a transição. No médio-prazo, num olhar otimista, Flowers pode auxiliar no ataque à cesta — grande deficiência do time — enquanto mantém o espaçamento funcional.

37. Minnesota Timberwolves — KJ Simpson, PG

  • KJ possui um tamanho preocupante, mas é um dos melhores pontuadores dentre os armadores da classe, com e sem a bola, além de ter exibido certa qualidade como Floor-General e ser um defensor esforçado, embora frágil por sua altura;
  • Com a iminente saída do Conley, Simpson entraria para, futuramente, herdar os louros da armação. Sua projeção otimista traria, além de uma evolução como facilitador, ainda mais possível com um mentor tão bom, pontuação complementar consistente — uma grande necessidade desse time.

38. New York Knicks — Tristen Newton, PG

  • Floor-General inteligente e que é capaz de providenciar impacto em vários setores da quadra, um dos alicerces de UConn, bi-campeão da D1;
  • Viria ao Knicks para, quem sabe, ocupar o posto de armador reserva no médio prazo, embora acredite que Newton possa ser mais do que isso na NBA.

39. Memphis Grizzlies — Dillon Jones

  • Ala extremamente forte com ótima visão de jogo e capacidade como playmaker, defesa de qualidade, sendo passador avançado e reboteiro de destaque;
  • Arremesso progredindo, será realidade em alguns anos, abrirá porta para maior protagonismo ofensivo. Traz experiência e pode somar no ataque de meia-quadra dos Grizzlies.

40. Portland Trail Blazers — Melvin Ajinça, F

  • Ala forte e de ótimo tamanho que possui capacidade de shotmaking bem acima do que a statline sugere, bem como pode ser capaz de defender bem em alto nível, já que possui físico apto para isso na NBA e já demonstrou intensidade em momento;
  • Também projeta ser um contribuidor sólido e deveras encaixável na NBA, por seu conjunto de ferramentas variado num bom frame com tão pouca idade.

41. Philadelphia 76ers — Terrence Shannon Jr., Wing

  • Jogador mais experiente da classe, atuou no College por 5 anos, sendo bom atleta, defensor de qualidade e com potencial de se tornar um arremessador aceitável na liga;
  • Em tese, agregaria desde o primeiro momento em Philadelphia, somando em segundas e terceiras unidades com energia em ambos os lados da quadra.

42. Charlotte Hornets — Jaylen Wells, Wing

  • Mesmo jovem, é um dos mais prolíficos e versáteis arremessadores de toda a classe, também exibindo lapsos de maior atividade ofensiva, como ataque à cesta com e sem a bola. Ótimo valor nessa escolha, principalmente considerando sua altura de 6’8”;
  • Seu encaixe em Charlotte pode exigir paciência, mas tem tudo para ser positivo e produtivo no médio-prazo, visto que seu arremesso projeta tão bem que pode colocá-lo em quadra mais cedo do que o esperado.

43. Miami Heat — Jamal Shead, Guard

  • Sem dúvidas, é o melhor guard defensivo de toda a classe, além de ter boa capacidade como floor-general e algumas vias de pontuação. Contudo, é extremamente pequeno e possui um arremesso ainda inconsistente;
  • Em Miami, seria um projeto de armador de rotação. A intensidade que traz ao jogo é algo sabidamente respeitado na franquia, mas a necessidade de armação é o que realmente move essa escolha.

44. Houston Rockets — Adem Bona, C

  • Pivô que, apesar de bem pequeno, é extremamente explosivo e possui ótima envergadura e atletismo de ponta, tendo aprimorado suas leituras defensivas e expandindo sua mobilidade. Também é um big-man agressivo em corta-luzes;
  • Bona seria um projeto de pivô reserva do Alperen Sengun nessa nova fase dos Rockets, ofertando energia e atletismo em segundas unidades.

45. Sacramento Kings — Ulrich Chomche, C

  • O maior projeto de toda a classe, Ulrich jogou em ligas fraquíssimas e teve dificuldade de adaptação, mas é o jogador mais jovem da classe e um dos melhores atletas, se não o melhor, dela;
  • Com um eventual fim da era atual em que os Kings se encontram, desenvolver Ulrich apropriadamente, sem queimar etapas, é uma forma de se preparar para o futuro. Bigs com bom touch e mobilidade incrível têm espaço de sobra na NBA atual.

46. Los Angeles Clippers — Jalen Bridges, F

  • Bom tamanho posicional e arremesso em progressão exponencial, também projeta ser um defensor sólido na liga;
  • Por ser mais experiente e versátil, é válido a franquia de LA apostar nele como um contribuidor até o fim desse ciclo atual.

47. Orlando Magic — Cam Spencer, G

  • Outro dos titulares de Dan Hurley em UConn, Spencer soma com ótima movimentação sem a bola e arremesso fluido, além de excelente touch e sólida capacidade de armação. Contudo, o tamanho é uma preocupação, bem como a idade, sua curva de evolução pode não ser tão alta;
  • Projetaria em Orlando como um jogador de rotação que soma no espaçamento horizontal e na versatilidade ofensiva, sendo essas necessidades da equipe, como evidenciadas na escolha anterior.

48. San Antonio Spurs — Oso Ighodaro, PF

  • Outro dos melhores big-mans passadores de toda a classe, além de ser um defensor que projeta com mobilidade decente. Porém, não adiciona tanto tamanho para ser pivô e nem espaçamento funcional como PF;
  • Projeta como um big-man de rotação, que contribui bem como facilitador e consegue somar positivamente na defesa, que é característico do Gregg Popovich.

49. Indiana Pacers — Pelle Larsson, Wing

  • Ala de bom tamanho e versatilidade, capaz de realizar boas conexões e ser um arremessador funcional, teve bons momentos defensivos, mas nada certo de traduzir na NBA no curto-prazo;
  • Projeção de encaixe em Indiana como uma peça de rotação que auxilia na produtividade do ataque de meia quadra, além de, possivelmente, somar defensivamente.

50. Indiana Pacers — Keshad Johnson, F

  • Ala poderoso e atleta de alto nível, Keshad é um dos melhores defensores de toda a classe, mas que ainda luta para encontrar a sua função ofensiva na NBA;
  • Por ser uma lacuna em seu elenco e ter a possibilidade de atuar com um pivô aberto em momentos, Keshad é projetável em Indiana para ser, numa hipótese positiva, um bom contribuidor rotacional, sem que machuque tanto a fluidez ofensiva do time.

51. Washington Wizards — Enrique Freeman, PF/C

52. Golden State Warriors — Malevy Leons, F

53. Detroit Pistons — Cam Christie, Wing

54. Boston Celtics — Juan Nunez, G

55. Los Angeles Lakers — Harrison Ingram, F

56. Denver Nuggets — P.J. Hall, PF/C

57. Memphis Grizzlies — A.J. Johnson, Guard

58. Dallas Mavericks — Kevin McCullar Jr, Wing

Me abstive de falar ou falei mais brevemente/generalista sobre alguns por ter um conhecimento, de fato, inferior sobre, mas o McCullar é um caso interessante, pois ele foi, por muito tempo, um Top-40 para mim, e, para muitos, um talento de 1ª Rodada.

Sendo um ala com 5 anos de experiência cuja única temporada arremessando acima da média foi em sua última (na linha FIBA!), além de ter sofrido com lesões longas e não ter um tamanho tão bom, é difícil projetar KJ na NBA.

Ainda sim, é um ala inteligentíssimo com bom controle de jogo e defesa, o qual pode sim impactar bem na NBA.

É isso, não é lei universal, só um exercício divertido para um fã de basquete. Não conheço todos os prospectos, bem longe disso — sequer tenho tempo hábil para assistir a quarenta direito, imagine quase cem . Mas dei o meu melhor para conciliar minhas opiniões sobre os elencos com o conhecimento que tenho sobre determinados jogadores.

Obrigado pela leitura, segue abaixo o resumo da ordem do Draft:

1ª Rodada:

  1. ATL : Alexandre Sarr
  2. WAS: Rob Dillingham
  3. HOU: Reed Sheppard
  4. SAS: Zaccharie Risacher
  5. DET: Baylor Scheierman
  6. CHA: Devin Carter
  7. POR: Donovan Clingan
  8. SAS: Stephon Castle
  9. MEM: Zach Edey
  10. UTA: Ron Holland
  11. CHI: Matas Buzelis
  12. OKC: DaRon Holmes II
  13. SAC: Tristan da Silva
  14. POR: Tidjane Salaün
  15. MIA: Kel’El Ware
  16. PHI: Isaiah Collier
  17. LAL: Yves Missi
  18. ORL: Carlton Carrington
  19. TOR: Nikola Topić
  20. CLE: Cody Williams
  21. NOP: Ajay Mitchell
  22. PHX: Tyler Kolek
  23. MIL: Dalton Knecht
  24. NYK: Johnny Furphy
  25. NYK: Jonathan Mogbo
  26. WAS: Kyle Filipowski
  27. MIN: Nikola Djurisić
  28. DEN: Ryan Dunn
  29. UTA: KyShawn George
  30. BOS: Jaylon Tyson

2ª Rodada

31. TOR: Tyler Smith

32. UTA: Jared McCain

33. MIL: Ja’Kobe Walter

34. POR: Isaiah Crawford

35. SAS: Pacôme Dadiet

36. IND: Trentyn Flowers

37. MIN: K.J. Simpson

38. NYK: Tristen Newton

39. MEM: Dillon Jones

40. POR: Melvin Ajinça

41. PHI: Terrence Shannon Jr.

42. CHA: Jaylen Wells

43. MIA: Jamal Shead

44. HOU: Adem Bona

45. SAC: Ulrich Chomche

46. LAC: Jalen Bridges

47. ORL: Cam Spencer

48. SAS: Oso Ighodaro

49. IND: Pelle Larsson

50. IND: Keshad Johnson

51. WAS: Enrique Freeman

52. GSW: Malevy Leons

53. DET: Cam Christie

54. BOS: Juan Nunez

55. LAL: Harrison Ingram

56. DEN: P.J. Hall

57. MEM: A.J. Johnson

58. DAL: Kevin McCullar Jr.

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