Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest — Level Secreto #74

Autor: Erick Oliveira

Level Secreto
4 min readJun 17, 2023

Donkey Kong Country 2 foi lançado em novembro de 1995 para Super Nintendo. O subtítulo do jogo deixa claro o protagonismo de Diddy Kong, que acompanhado da namorada, a Dixie, partem em uma aventura para resgatar o Donkey Kong, que foi sequestrado pelo Capitão K. Rool. O vilão havia deixado um recado escrito de que a condição para liberar o gorila era entregar o tesouro de banana da ilha.

Ao invés do jogo se ambientar na ilha DK, o jogador agora participa de uma invasão a base inimiga, na “Ilha Crocodilo”. Donkey Kong Country 2, assim como o primeiro, é dividido em mundos com um número de fases a serem completadas, sendo a última delas uma batalha contra um chefe.

Em relação a gameplay, a movimentação do Diddy Kong é semelhante ao jogo anterior, ele é mais ágil no geral. A Dixie introduz uma nova dinâmica de plataforma ao jogo, ela move seu cabelo no ar como um helicóptero, mecânica que serve como uma forma de planar no ar.

Uma diferença importante entre os dois é o jeito deles segurarem os barris, o Diddy o deixa a frente de seu corpo e a Dixie o coloca acima, semelhante ao Donkey Kong no título anterior. Uma nova mecânica do 2 é um macaco arremessar o outro. Com um comando o jogador coloca um dos dois por cima e é possível arremessa-lo tal qual um barril, podendo também chegar a lugares inalcançáveis à primeira vista.

Donkey Kong Country 2, obviamente, adicionou elementos para criar novas dinâmicas em suas fases, dentre os quais, por exemplo, a adição de mais tipos de barris e cordas horizontais ao invés só das verticais. Além disso, há um maior uso dos animais companheiros, que em algumas fases, o Diddy e a Dixie se transformam neles, ao invés de ficarem montados.

O Rambi, o rinoceronte, e o Enguarde, o peixe espada, são os que retornam, do mesmo modo. O Squawks, que é o papagaio vede, no Donkey Kong Country era menorzinho e só aparecia em uma fase, onde servia para iluminar o caminho. Aqui ele é controlável, podendo voar e soltar ovos para atacar inimigos. Na minha cabeça de criança, achava que eram umas catotas do nariz, acho que pelo barulho que ele faz.

Além do Squawks, tem outro papagaio que é o Quawks, só que ele é roxo e aparece em uma única fase. Não voa livremente como o outro, apenas desce devagar e não consegue atacar os inimigos com seus ovos.

Tem o Rattly que é a cobrinha, ele substitui o sapo do primeiro Donkey Kong Country, ou seja, é um bicho pulador e se movimenta meio travado, porque é uma cobra em uma pose de mola. Para encerrar, temos o Squitter, a aranha que tem um tênis em cada uma de suas patas, sempre achei incrível o design desse bicho. Ele solta dois tipos de teias, uma que ataca os inimigos e outra cria uma plataforma no ar.

Tem outros dois animais companheiros que não são controlados pelo jogador e que aparecem em condições específicas: a foca e um peixe que ilumina águas escuras.

Donkey Kong Country 2 é um jogo que pegou a base do primeiro e procurou expandir conceitos de fases de plataforma, uma dessas coisas é, por exemplo, ter mais fases de carrinho. Algo bastante superior aqui nesse jogo são as batalhas contra chefes, muito mais desafiadores e também elaboradas, divididas em etapas em que há mudanças do padrão de ataques.

Donkey Kong Country 2 evoluiu um aspecto que passou a ser até tendência dentro do gênero de plataforma, tanto em 2D quanto em 3D, que é a exploração de coletáveis. No primeiro Donkey Kong Country, o jogador encontrava áreas secretas nas fases, algumas delas envolviam cumprir alguns desafios, porém essas conquistas garantiam apenas vidas extras para que dar mais oportunidades de zerar o jogo.

Aqui no segundo, o jogador é incentivado a coletar as “kremkoins” que são moedas obtidas em cada desafio de bônus. Elas são importantes para acessar o “mundo perdido” que é uma região secreta que o jogador chega ao final verdadeiro do jogo.

É por causa dessas moedas que Donkey Kong Country 2 foi um dos jogos que mais zerei na vida. O cartucho que eu tinha não salvava, então lembro de em período de férias, acordar cedinho para procurar os benditos bônus escondidos de todas as fases. As vezes tentava uma estratégia de zerar o jogo de uma vez e somente depois ir voltando os mundos para pegar as moedas. Isso é algo que não sinto a menor falta, a nostalgia é negativa.

Mesmo esse final verdadeiro sendo difícil de alcançar, o segundo Donkey Kong Country consegue tornar o incentivo a coleção como algo optativo, mais que o 3, por exemplo, que a todo canto urge uma necessidade de coletar coisas. O 2 é um meio termo nisso, tem uma objetividade ainda que vem do primeiro, e por isso que considero esse o principal argumento que me faz considerar o Donkey Kong Country do Diddy e a da Dixie o meu favorito.

Além da questão de progressão, as fases são as mais memoráveis para mim, e é a minha trilha sonora favorita do David Wise, ele conseguiu superar o que fez no título anterior. Na parte de gameplay, defendo que a trilogia do Super Nintendo até hoje é recomendadíssima para se jogar.

Controlar estes macacos é funcional e agradável, uma dinâmica única. Como um clássico que é, posso dizer que Donkey Kong Country 2 é meu jogo de plataforma favorito de todos.

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Transcrições dos episódios do podcast Level Secreto.