Como se diz em Minas: quem tem cu, tem medo

Liga Nacionalista
3 min readJan 25, 2019

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Por Lucas Nicodem, 25 de janeiro de 2019–13h40

Da fuga de Jean Wyllys

Antes que qualquer um venha falar besteiras, deixo bem claro, para quem seja suficientemente obtuso para não entender de primeira, que não faço aqui qualquer acusação contra quem quer que seja, nem mesmo levanto aqui qualquer hipótese. Meu objetivo consiste tão somente em expor fatos consumados e alguns questionamentos para que o leitor raciocine à maneira que bem entender.

Bom, já que se trata de uma exposição de fatos, vamos a eles. Primeiro, consideremos o fato de que Adélio Bispo, o fracassado assassino de Bolsonaro, passou longo tempo filiado ao PSOL, mesmo partido do deputado que declarou estar fugindo do Brasil. Ainda que Adélio já há muito houvesse pedido desfiliação quando do famigerado atentado, certamente o fato de sua longa data de filiação o rendeu bons contatos dentro do partido e em outros movimentos ideologicamente parceiros, pessoas que sabem o que passa em sua cabeça e do que seria capaz.

Em segundo lugar, no dia do fracassado atentado, alguém, "miraculosamente", registrou a entrada de um sujeito chamado Adélio Bispo na Câmara dos Deputados, bem no dia do atentado, fato que, se bem sucedido o atentado, caberia perfeitamente como um álibi. A pergunta que fica é: por que na Câmara dos Deputados? Por que não no Senado? Por que não numa boate? Num nightclub? No mínimo, muito estranho.

Em terceiro lugar, no período em que as investigações sobre quem pagou todos os advogados de Adélio, que apareceram de maneira muito rápida e receberam grossas quantias em dinheiro, coisa que um pé-rapado como Adélio jamais teria condições de oferecer, avançam, e totalmente abafadas pela mídia por um caso exagerado de um motorista e um dos filhos do Presidente da República, um certo deputado federal, alegadamente temendo ameaças à sua vida, declara que fuga do país. E o mesmo deputado que declarou sua saída do país e sua renúncia ao cargo, como se sabe, não tem lá um histórico de boa amizade com a vítima de Adélio Bispo em Juiz de Fora, aquele a quem chama de "fascista" e "coiso".

Em quarto lugar, Adélio Bispo esteve outras vezes na Câmara dos Deputados, inclusive em 2013. Que foi fazer ele lá? Ninguém sabe. Isso sem dizer que o mesmo Adélio já visitou com freqüência o gabinete do deputado que hoje foge do país.

Em quinto, os deputados da legislatura 2019-2022 gozarão de foro privilegiado, mas não para casos de crime comum. Nestes casos, serão investigados como pessoas comuns. Jean Wyllys, o referido deputado, prometeu ir embora antes do dia 1 de fevereiro, data do início da legislatura e do fim de seu foro privilegiado para crimes comuns.

E aí, amigos? É ou não é muito engraçado? Não é coincidência demais? Estes são apenas os fatos. Analisem-os e concluam por si mesmos.

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