Sobre a vida

Alice d'Olive
3 min readMar 28, 2016

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Hoje acordei nessa tarde ensolarada de segunda-feira e me deparei com um texto que tinham compartilhado num grupo sobre viagens — pra variar.

O título era ‘O que eu estou fazendo da minha vida?’ e falava em linhas gerais sobre como tem cada vez mais jovens insatisfeitos com a vida. Jovens de todas as idades levando a vida no automático, mas sonhando fazer algo incrível dela. Presos num escritório de segunda a sexta das 8 às 18, mas buscando algo maior que isso... deixando pra depois seus mais loucos sonhos.

Afinal, o que tá acontecendo hein???

Nós somos criados desde pequenos com a ideia de que temos que estudar a vida toda pra entrar numa faculdade — de preferência uma boa universidade de renome — , se formar num curso que ~dá dinheiro~, pra arrumar um trabalho mais ou menos que dê pra pagar as contas em dia, dar umas saidinhas no fim de semana e comprar umas roupinhas de marca. Depois disso formar uma linda família e se contentar com suas férias 1x ao ano. E assim o ciclo continua…

“Trabalhamos em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos.”

Novamente como disse Tyler Durden, do Clube da Luta, “as coisas que você possui acabam possuindo você.”

Nós crescemos condicionados a isso, mas até que ponto isso faz sentido pra gente?

Isso nunca fez sentido pra mim! Quando eu me vi meio caminho andado dessa expectativa da sociedade pra minha vida: estudando numa universidade pública, trabalhando num estágio tranquilo ganhando sozinha aos 18 anos o que uma família inteira muitas vezes ganha… sobrevivendo àquela rotina durante a semana, pra chegar o fim de semana e finalmente… viver. Quase isso, porque eu estava tão cansada que só queria dormir a vida toda.

Até que chegou um momento em que eu tive que sair do automático. Simplesmente fazer alguma coisa, ao invés do só reclamar sobre como a minha vida não tava do jeito que eu queria. Quando eu percebi que a culpa daquilo tudo era minha, quando eu parei de culpar meus pais, minha escola, a sociedade em si… e assumi a culpa pela minha realidade, daí sim as coisas começaram a acontecer.

Larguei meu estágio tranquilão, minha faculdade OK e todas as regalias que eu tinha morando na casa confortável dos meus pais e fui realizar meu sonho. O que eu tinha planejado inicialmente, me mudar pra fora do país, não deu certo ainda. Mas tudo bem, no lugar disso coisas incríveis aconteceram!

Mudei de cidade, passei a morar sozinha e longe de todos que conhecia, larguei tudo — de novo — pra viajar e descobri as maravilhas desse Brasil. Minhas descobertas mochilando ficam pra outro post, mas tudo o que eu precisei pra fazer isso foi coragem. Não dinheiro, não aprovação, só coragem. E não me arrependo de como tudo se passou porque acredito que tudo tem um porquê, as coisas andaram pra eu ser quem eu sou hoje. E isso eu não mudo por nada nesse mundo.

Eis o meu ponto: as coisas acontecem quando nós saímos da nossa zona de conforto e vamos atrás dos nossos sonhos com garra e determinação pra fazê-los acontecer! Quando assumimos a “culpa” por tudo estar do jeito que tá, e assumimos todos os riscos inclusos nessa jogada, saímos do piloto automático e nos tornamos os criadores da nossa realidade. The one and only.

A partir daí, amig@s, tudo flui… O universo conspira ao nosso favor, as coisas começam a acontecer… vai por mim! Pode não ser do jeito exato que você imaginou, mas tudo flui pro que tem que ser e na hora certa. Então tenha paciência e não desista! Não deixe que a opinião dos outros, o tempo nem o dinheiro te prendam… se liberta! E vai, vai realizar teus sonhos que nunca é tarde demais. Não existe tempo nem lugar melhor que o aqui e agora.

Primeiro você tem que se entregar, primeiro você tem que saber não temer, saber que um dia você vai morrer.

Só vai, deixa fluir…

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