Como foi a Hacktoberfest 2018 na ilegra

Lucas Inocente
5 min readNov 9, 2018

--

Cervejas incríveis da Macuco Cervejaria, canecas da ilegra e adesivos da Github, Twilio e Digital Ocean

A Hacktoberfest é um evento global que fomenta o open source e que dura o mês inteiro de outubro. A ideia básica é encorajar pessoas a contribuir e se envolver em projetos de código aberto.

Além disso a Github, Twilio e Digital Ocean também oferecem uma camiseta personalizada pra quem enviar 5 pull requests para projetos que estejam na plataforma do Github.

Aproveitando todo esse clima de celebração, cidades do mundo todo em mais de 50 países se organizaram pra hacknights, meetups, palestras e conversas. Só no Brasil foram 20 cidades.

Listagem oficial de eventos aqui.

Quem iria querer ficar de fora de um evento que lembra oktoberfest e que lembra cerveja não é mesmo?

Galera em peso mesmo em uma sexta-feira chuvosa.

Aqui pra Porto Alegre focamos em fazer algo bem descontraído e leve pra que todo mundo se sentisse em casa, sem aquelas palestras chatas ou aqueles eventos de hacknight em que as pessoas ficam atrás dos notebooks sem conhecer ninguém novo. Queríamos trocas de conhecimento muito mais que aprendizado de mão única.

Ao total tivemos 4 talks e 2 facilitações, uma de Open Space e outra de Fishbowl.

Começamos com a Open Space sendo conduzida pela Milene Lacerda. Foram distribuídas algumas placas onde as pessoas iam escrevendo o que gostariam de conversar. Tivemos UX, Segurança, Docker, e até mesmo cachorros :)

Com isso as pessoas foram se aproximando de acordo com o interesse em comum. Um jeito mais fácil de fazer networking.

Gediel Luchetta

As talks começaram pelo Gediel Luchetta que é Head of Technology da ilegra, falando sobre como funciona a Base Tecnológica da Transformação Digital.

Ele abordou assuntos como o caminho da evolução da arquitetura de monolito pra microserviços, maneiras de um time de SRE ser formado, formas de viabilizar essa transformação usando containers e até mesmo ferramentas de orquestração desses serviços todos.

Slides da talk Base Tecnológica da Transformação Digital — Gediel Luchetta

Já a dupla Hyan Mandian e Lucas Veloso, engenheiros de software da ilegra, mostraram tudo O que um PR não aceito pode fazer — Como começamos Brazilian Utils.

Lucas Veloso e Hyan Mandian

Eles contaram a história de quando precisaram melhorar uma ferramenta open source que eles usavam e infelizmente o “inventor” não aprovou o código que eles fizeram.

Nada mais justo então do que criar a própria ferramenta não é mesmo?

Hoje o Brazilian Utils tem quase 400 estrelas no GitHub e não para de crescer!

Pra quem quiser saber mais, o link da palestra tá aqui: http://brazilian-utils.surge.sh e o github do projeto aqui: https://github.com/brazilian-utils/brazilian-utils

Natália Raythz

A terceira talk foi da Natália Raythz, que é coordenadora do Linux for All e PyData aqui em Porto Alegre, além de ser desenvolvedora de software na ADP. Ela teve a tarefa de explicar pra pessoas que já tinham tomado mais de 50 litros de chopp, O que você precisa saber sobre Inteligência artificial.

Ela explicou a diferença entre inteligência artificial, machine learning e deep learning, falou sobre Processamento de Linguagem Natural e muito mais!

Além da talk de altissímo nível, ela fez um questionamento pro público: “Olhem em volta e contem quantos negros tem aqui?” Spoiler: menos do que tu pensa.

Com certeza precisamos de mais iniciativas como a Enegrecer da TW.

Slides da talk O Que Você Precisa Saber Sobre Inteligência Artificial — Natália Raythz
Camilla Martins

Já a Camilla Martins, que é desenvolvedora de software na Thoughtworks e coordenadora do Nodegirls, explicou como fazer a diferença Apoiando intencionalmente projetos de diversidade, inclusão e viés político.

Falou sobre projetos que vão desde o simples incentivo da doação de sangue, passando por robôs que controlam automaticamente a administração pública identificando gastos suspeitos, e incríveis iniciativas gratuitas que ajudam mulheres e pessoas negras a entrarem na área de TI.

Alguns dos projetos que ela citou são o afropython, vamosjuntas, e serenata-de-amor.

Slides Apoiando intencionalmente projetos de diversidade, inclusão e viés político — Camilla Martins

Por último mas não menos importante tivemos o Fishbowl facilitado pelo Daniel Wildt, que é Diretor de Tecnologia na Zenvia e criador/colaborador de diversas comunidades e eventos aqui no RS. Foi um espaço muito aberto e democratico pra conversarmos sobre Open Source, FISL, Rails Girls, diversidade na tecnologia e muito mais.

Daniel Wildt

A conversa durou uma hora e eu tenho completa certeza que essa galera que ficou até as 10 da noite tinha conteúdo pra muitas e muitas outras horas de troca de conhecimento.

Infelizmente não lembro quem falou mas a parte que mais me marcou e que eu queria deixar pra gente pensar um pouco foi:

“O open source é realmente inclusivo? A gente contribui em horário de trabalho ou no tempo livre? Qual o tempo que uma mãe que mora na periferia, que demora 2 horas de ônibus pra ir e vir do trabalho e que quando chega em casa precisa lavar roupas, fazer comida e cuidar da casa tem pra escrever código aberto? O open source é feito por quem?”

Tudo começou com esse tweet

e terminou com esse

Muitíssimo obrigado pra todo mundo que foi e vamos se preparar ainda mais pra edição de 2019 que com certeza vai ser maior!

Obrigado também às comunidades que ajudaram a divulgar o evento: Elixir Poa / NodeGirls Porto Alegre / Node.js Porto Alegre Meetup / Meetup de Vue.js Porto Alegre / React Porto Alegre / Meetup de chatbots Porto Alegre / Linux For All / PyData Porto Alegre / OpenHackPOA

Agradecimentos especiais:

ilegra pelo patrocínio, canecas, espaço e abertura pra esse evento lindo. Natália, Camilla, Milene, Daniel, Gediel, Hyan e Lucas pelas talks e facilitações. Macuco e Mutante pelas cervejas. Github, Twilio e Digital Ocean pelos adesivos e por ajudar a fomentar o open source mundialmente.

Até o próximo Hacktoberfest!

--

--