Jogos artísticos
Cada vez mais é comum encontrar jogos de teor artístico no sentido que busca criar experiências para o ser humano, explorar nossos sentimentos, passar mensagens profundas, ou apenas querem brincar com o nosso emocional.
Jogos que fazem isso normalmente são denominados de artísticos, e até ai não é nenhuma novidade, contudo um aspecto muito comum nesse estilo de jogo, é a simplicidade tanto gráfica quanto em sua mecânica de jogo. Mas não julgue um jogo por sua simplicidade, muitos jogos conseguem ser complexos com apenas um botão e um quadrado em uma tela do que produções de orçamentos gigantes.
Eis aqui um exemplo.
Everyday the same dream é um jogo indie que permite apenas o uso de três botões, esquerda e direita, ou seja você só pode andar para frente e para trás e interagir com alguns objetos com a barra de espaço. A narrativa do jogo é a de que você é um homem comum que vai trabalhar todo dia no mesmo cubículo, e isso se repete todos os dias, o jogo apenas lhe dá opções escassas, de se vestir ou não, ir a pé ou de carro, apreciar a paisagem, mas sobretudo uma ação de cometer suicídio, que não resolve nada pois no dia seguinte você aparece novamente em seu quarto.
O ponto é que o jogo lhe coloca em uma imersão tão grande que você se sente o personagem, e isso da maneira mais minimalista possível, que aliás é o motivo de ocorrer essa imersão, você abstraí tanto da forma por ela quase não possuir expressão que você se sente obrigado a expressar por conta própria.
Essa onda de jogos artísticos mostrados até no Moma está cada vez mais dando espaço para um novo mercado não mercado, pois normalmente os criadores de jogos artísticos não os fazem com intensão financeira, mas buscando reconhecimento ao atingir seu usuário da maneira mais eficiente possível.
O estilo atualmente está fazendo sucesso graças a um número maior de pessoas vendo jogos não apenas como entretenimento mas como forma de descobrir outros prazeres que eles podem sentir além do divertimento, como novas experiências e até mesmo frustrações podem ser dadas como uma forma de prazer segundo o livro “Rules of Play” de Katie Salen, e Eric Zimmerman.
