Entrevistando Eduardo Mancuso Garbi
Humorista, jornalista e apaixonado por futebol.
Eduardo Mancuso Garbi. Mais conhecido como Duda Garbi
Duda trabalha na rede Atlântida, faz o programa de humor Pretinho Básico que é diário. E também o Tá Vazando de segunda á sexta feira, das 15h ás 16h.
Eduardo é jornalista formado desde 2008, e já trabalhou no CQC programa da emissora Band. Duda é uma pessoa simples e curte ficar em casa. Duda nasceu no dia 10/12/1983, tem 32 anos. E quando possível curte uma boa viagem.
Maira: Nasceu em Porto Alegre?
Duda: Nasci em Porto Alegre.
Maira: Tua família mora em São Paulo?
Duda: Parte paterna é Paulista e parte materna é Porto Alegre.
Maira: Onde estudou e qual sua formação?
Duda: Eu estudei no colégio Farroupilha e sou jornalista formado pela PUC há dez anos.
Maira: Como decidiu ser jornalista?
Duda: Foi uma decisão desde o colégio. Eu gostaria de ser jornalista desde quando eu jogava vídeo game e narrava meus jogos de futebol e achava legal, e por isso, eu escolhi ser jornalista, já era bastante comunicativo.
Maira: Teu interesse em jornalismo veio de influencia familiar?
Duda: Não, veio de mim. Muito de mim! Muito pelo meu gosto no futebol, e querer fazer aquilo que eu via no rádio e na TV.
Maira: Porque o jornalismo esportivo? O que mais te chama atenção nessa área?
Duda: Pelo gosto muito grande pelo futebol. Eu jogo bola desde pequeno e queria ser jogador, mas não tinha condições pra ser jogador, técnica assim é difícil, então foi uma maneira que eu vi mais próxima de chegar perto desse mundo e tal, e hoje não é exatamente o que eu faço, mas foi o que me levou a fazer o jornalismo.
Maira: Qual a experiência em jornalismo esportivo que te marcou e te fez decidir seguir nesta área?
Duda: Já fiz varias entrevistas muito boas. De grandes personalidades eu entrevistei o Ronaldo fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Dunga, Neymar, Felipão. Cobri alguns grenais que pra mim foram bem legais. Cobri um jogo bem legal que foi da Copa, um amistoso que foi aqui na Arena do Grêmio que tinha todos os jogadores mais incríveis assim. Então alguns eventos esportivos assim, como a Copa, apesar de não ter coberto dentro do evento, mas fora, foi legal também.
Maira: Quais foram as maiores dificuldades ate chegar onde esta hoje?
Duda: Dificuldade de mercado. Entrar nesse circuito assim é muito complicado, é uma “panela” vamos dizer assim, mas depois que tu entra é tranquilo, mas vai do talento de cada um também, dedicação, em fim.
Maira: Matéria mais marcante?
Duda: Foi quando eu fiz a chegada do Kleber gladiador no Grémio em 2013, que eu ganhei melhor matéria de entretenimento na RBS, que foi para o globo esporte, e eu me vesti de gladiador, entreguei o capacete pra ele, foi assim muito marcante. E melhor que repercutiu muito em redes sociais e tudo mais.
Maira: Antes do PB, trabalhou em quais lugares e quais áreas?
Duda: Meu primeiro emprego foi atualizando um site de uma agência, depois eu trabalhei no Bibo Nunes que é um cara assim bem emblemático aqui no Sul. Ai depois eu fui pra band, depois fui pra assembleia da assembleia, depois eu fui pro Kazuza, depois eu fui pra Atlântida, mas o Kazuza já era da RBS e ano que vem eu faço dez anos de RBS.
Maira: como foi a época do Cala a Boca, Piangers?
Duda: Foi no cala a boca que eu descobri um direcionamento de carreira, um nicho. Porque o Kazuza tinha muito espaço, e vários seguimentos, e na época eu só escrevia, mas como o Kazuza tinha uma penetração grande em rádio, tv, jornal, internet e tal, o cala a boca foi meio que uma porta de entrada para as outras áreas de RBS.
Maira: como foi a reação com os números de seguidores crescendo tão rápido nas mídias sócias?
Duda: Foi muito rápido, foi assustador. As pessoas começam a te conhecer na rua, começam a falar contigo e tu esta andando com alguém da tua família, ai perguntam se tu conhecias, não, não, não sei quem é. Hoje eu já estou acostumado, acho normal até, mas no inicio foi meio assustador.
Maira: O Lado bom e ruim de trabalhar com o humor?
Duda: O lado ruim é que as pessoas sempre esperam de ti alguma coisa engraçada e nem sempre tu esta preparado pra fazer isso. O lado bom é que trabalha rindo, né. É muito mais alto astral, tu trabalha com alegria.
Maira: Realmente é um pagodeiro assumido?
Duda: (Risos) sou claro, já fui muito mais. Eu gosto, ainda ouço, mas não com a mesma intensidade. Eu era um cara solteiro, era festa e tal, agora eu ouço quando tem uns bons pagodes, mas agora eu também ouço outros ritmos antes era só pagode.
Maira: como é morar longe da família?
Duda: É horrível! É que eu moro sozinho, minha mãe mora em Porto Alegre também. Meus dois irmãos moram em São Paulo, meu pai mora em São Paulo, minha sobrinha também, uma parte toda da família. Outra parte mora aqui, né, mas assim, o Face Time esta ai pra ajudar a gente. Ate agora a pouco estava fazendo um Face Time com meu pai, mas é difícil.
Maira: Um fã ou algo que já fizeram e marcou você?
Duda: Tem uma menina, em Caxias que vai a todos os eventos que eu vou. Se eu for fazer show, vender alguma coisa em loja, show com o Pretinho. A guria esta em todos os lugares. A Tai. É uma querida e eu admiro muito a disponibilidade dela, e assim, já me deu presente de aniversario, ah ela é uma querida nunca esqueço ela.
Maira: As pessoas te param na rua para foto ou para conversar?
Duda: Isso é normal. Acontece direto.
Maira: sempre pensou em trabalhar no humor ou foi algo que foi acontecendo?
Duda: Não. Eu queria ser jornalista esportivo mesmo, e ai eu acabei vindo pra essa área e eu acho que sou melhor nesta área, sou meio metido em jornalismo esportivo. Gosto de falar, opinar e dar umas informações e tal, mas acho que eu sei mais fazer jornalismo de entretenimento, conseguir mesclar um bom humor pra passar uma noticia claro que não é toda á noticia que tem como ser passada dessa forma, mas eu acho que sou melhor fazendo hoje o que eu faço do que jornalista esportivo mesmo.
Maira: Como foi a estreia nos palcos em 2012, com o Duda Garbi 3 em 1?
Duda: Foi uma loucura! Foi tudo muito difícil porque foi tudo ideia da minha cabeça e fazer tudo sozinho, não ter certeza se as pessoas vão se vão gostar, é complicado. Mas é uma satisfação, foi muito gratificante, era um sonho. Foi indescritível!
Maira: De onde veio essa ideia para fazer os Workshops? E como é ensinar?
Duda: Eu acho que o que eu faço é pouco explorado pelos veículos. E ai, eu acho que a gente tem um nicho de mercado que é muito pouco explorado, e eu fui desafiado por um professor, amigo meu que me pediu pra falar sobre esse assunto. E ai, eu criei uma aula, uma teoria junto com pratica e a gente criou esse workshop, ás vezes que eu fiz foi super bem recebido, as pessoas que fazem gostam e acham legal interessante, e apesar de ser algo novo as pessoas tem curiosidade, eu acho que eu acertei no conteúdo, mas eu ainda acho que a academia ainda tem restrição, mas aos poucos a gente vai entrando.
Maira: o que tu dirias para quem esta no primeiro semestre de jornalismo?
Duda: Eu diria para entrar no mercado o quanto antes, seja da maneira que for. Seja fazendo estagio voluntario, eu sei que hoje em dia essa geração não tem paciência pra começar já quer estar lá encima logo, mas precisa começar de alguma forma. Então criar seu próprio conteúdo ou já trabalhar. O importante é estar no mercado e mostrar seu trabalho porque o jornalismo hoje em dia ele se da muito mais pela indicação e pelo convívio com os colegas. Claro que um bom currículo é importante, mas ás vezes tu ter um bom relacionamento com alguém vai te fazer abrir portas mais rápido do que com o próprio currículo, então trabalha desde o inicio.
Maira: Uma referencia ou jornalista que admira?
Duda: O Rafinha Bastos é um cara que é jornalista e as coisas que ela faz eu gosto muito, eu acho muito interessante o trabalho dele. Sou muito fã do Potter (Luciano Potter, integrante do Pretinho Básico) O Potter é muito bom, ele é jornalista e sabe falar, sabe escrever tem ponderação nas coisas que ele faz. Acho legal o trabalho do David Coimbra. Eu gosto do Fetter. Vários caras que trabalham perto de mim, e que trabalham longe, Tiago Leifert.
Maira: Como é fazer rádio? É diferente de fazer TV?
Duda: Rádio é a maior cachaça que existe (risos) porque tu acha que não tá falando pra ninguém, mas na real tem uma galera te ouvindo e tu quer fala, fala, fala, e tu pode vim vestido como tu quiser porque é rádio ninguém te vê, é impressionante, é até perigoso, mas é muito bom.
Maira: Quais os problemas que tu lembra que aconteceu durante uma entrevista ao vivo no rádio?
Duda: Problema de entrevista eu não me lembro, mas eu lembro já de coisas que a gente faz assim com merchan,sabe? De errar merchan, de falar besteira e cair na risada e depois ter problema com o comercial. Mas com entrevista assim te confesso que eu não me lembro de algo que deu errado. Apesar de que a gente fala muita besteira, acho que as pessoas entendem nosso jornalismo e vão na boa.
Maira: Tu preferes rádio ou TV?
Duda: Rádio.
Maira: perguntas rapidinhas, tá? Bate-bola
Coisas que tu odeia, e que tu adoras?
Duda: eu gosto muito de fazer esporte, gosto muito de ficar em casa.
Não gosto muito de beber. Não gosto de acordar cedo.
Mulher perfeita?
Duda: Falar a minha é muito clichê, mas assim é a que chega mais perto, a gente já esta há sete anos juntos. Mas não existe. Ninguém é perfeito.
Lugar que conheci e mais gostei?
Duda: Eu tive em Cuba ano passado e me marcou muito. Eu fui pra Jamaica e também me marcou muito. Fui pra Califórnia onde eu morei lá e ter voltado dez anos depois foi muito marcante. Já conheci alguns pontos turísticos da Europa também.
Um medo?
Duda: Ser impedido de continuar o meu trabalho. Por um acaso ser demitido, ou pela empresa entender que não precisa mais, isso me da muito medo, porque eu gosto muito da vida que eu tenho.
Um sonho, objetivo?
Duda: Eu queria conciliar mais a TV com o rádio.
O que faço no tempo livre?
Duda: Fico muito em casa. Porque eu amo ficar em casa.
Lugar que mais gosto em Porto Alegre?
Duda: Gosto muito de correr na orla do Guaíba. E ir aos jogos do Grêmio.
Uma viagem?
Duda: Queria ir para a Califórnia de novo.
Comida que mais gosto?
Duda: Sushi, churrasco.
Praia ou campo?
Duda: Praia
Frio ou calor?
Duda: Calor! Eu odeio frio.