O termo robótica muitas vezes é associado à imagem sugerida pela ficção científica, da ciência responsável por criar robôs com aparência humanoide e dotados de inteligência artificial acima da média.
No entanto, ainda que seja muito discutida a ideia de se produzir protótipos de robótica com aparência humana, a robótica consiste em uma área muito mais abrangente. Trata-se de um ramo educacional e tecnológico, responsável por idealizar e gerenciar sistemas compostos por partes mecânicas automáticas.
Geralmente, a robótica possui grande aproximação com outras áreas de atuação, tais como:
· Engenharia
· Mecânica
· Eletrônica
· Programação
· Mecatrônica
Isso ocorre porque, em muitos casos, os projetos de robótica são desenvolvidos visando automatizar processos por meio de sistemas mecânicos motorizados, controlados automaticamente através de circuitos eletrônicos. Isso torna a robótica uma área extremamente dinâmica e complexa.
História da Robótica
Quando se fala sobre a história da robótica é inevitável mencionar o renomado Isaac Asimov, afinal o notável escritor de ficção científica tivera grande influência na popularização da robótica enquanto área tecnológica e educacional. Talvez seu principal trabalho neste sentido tenha sido a publicação de seu clássico I, Robot, no ano de 1950.
Neste livro, além de considerar de forma bastante visionária um mundo rodeado por robôs, Asimov apresenta as chamadas leis da robótica que, na concepção do autor, serviriam de base moral e ética para os robôs do futuro:
· Um robô jamais pode ferir intencionalmente um ser humano ou, por ócio, permitir que um ser humano sofra algum mal.
· Um robô precisa sempre obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
· Um robô sempre deve proteger sua própria existência, exceto nos casos em que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Mas a história da robótica teve seu início alguns anos antes da notável contribuição de Isaac Asimov. Conforme registros, a primeira ocorrência do termo robô teria sido proposta pelo escritor Karel Capek (1890–1938), durante uma peça intitulada Rossum’s Universal Robots.
Capek teria cogitado utilizar o termo labori para se referir às criaturas automatas que descrevera em sua peça, em referência ao termo latim “labor”, que significa trabalho, uma vez que sua peça descreve criaturas designadas majoritariamente ao trabalho. Contudo, seguindo sugestões de seu irmão, utilizou o termo roboti (plural de robot que, na língua checa significa “trabalho forçado”; “servidão”).
Cabe mencionar ainda que a ideia de construir robôs tomou proporção notável no início do século XX, onde o mercado industrial estava começando a se deparar com a necessidade de aumentar exponencialmente sua produtividade. Na ocasião, George Devol, considerado o pai da robótica industrial, apresentou seus primeiros modelos de robôs aplicados à produção, encontrando resultados realmente satisfatórios ao aplicar a força e a tecnologia industrial na execução de tarefas que até então estariam sendo realizadas por seres humanos.
Posteriormente, no ano de 1999, um robô chamado Da Vinci® deu início a uma nova aplicação da robótica: a área da saúde. Com o auxílio de imagens em três dimensões, este robô passou a ser utilizado para a realização de cirurgias com alta precisão, tendo o projeto recebido aprovação no ano de 2000.
Vale a pena aprender robótica?
Tendo em vista que a robótica está amplamente inserida em nossas atividades, e que pode auxiliar as principais áreas de interesse humano (saúde, trabalho, aprendizagem e cuidados domésticos), é indiscutível o quanto vale a pena aprender robótica. Uma pessoa com habilitação e conhecimento técnico para trabalhar com robótica certamente estará inserida nas principais profissões com propensão a crescimento no futuro.
Cabe lembrar ainda que a robótica é diretamente influenciada por outras áreas de atuação. Sendo assim, uma pessoa com interesse mais voltado para uma ou outra área com a qual a robótica se relaciona poderá trabalhar com robótica tendo escolhido outro percurso para sua formação. Alguns exemplos são:
· Profissionais de Engenharia: a Engenharia é uma das áreas com as quais a robótica se relaciona. Por isso, alguns profissionais com maior interesse por esta área podem acabar trabalhando com robótica através de recursos oriundos da Engenharia.
· Programação: como mencionado, grande parte da evolução que observamos hoje no universo da robótica é fruto dos avanços tecnológicos e computacionais. Com a programação, protótipos podem realizar inúmeras tarefas automatizadas com enorme eficácia. Por isso, profissionais de ciências da computação e, em especial, programadores, são indispensáveis no universo da robótica.
· Mecânica e eletrônica: desde os protótipos industriais com funções mais limitadas, até modelos amplamente desenvolvidos com aparência humanoide ou os modelos utilizados na medicina para procedimentos cirúrgicos de alta precisão, a participação de profissionais das áreas de mecânica e eletrônica é literalmente indispensável. Isso faz com que muitos profissionais que atuam em projetos de robótica sejam originalmente profissionais destas áreas, ficando responsáveis por realizar procedimentos bem específicos no desenvolvimento dos protótipos.
O que é arduino e como funciona?
O arduino é uma plataforma de prototipagem que realiza a transmissão e decodificação de sinais de programação. Muito utilizado em projetos de robótica, mecânica e eletrônica, o arduino funciona como uma espécie de cérebro para o processamento de informações que coordenam os circuitos eletrônicos.
As placas arduino podem fazer a mediação entre sinais de entrada e saída, auxiliando no processo de automatização de comandos com base nas instruções da programação. Por isso, diferentes projetos de robótica contam as interfaces das placas arduino para sua melhor execução. De forma especial, podemos citar os seguintes contextos onde se observa a relação entre as placas arduino e a robótica:
· Robótica industrial: placas arduino podem tornar mais efetivos os comandos dos protótipos que realizam operações industriais, facilitando assim o processo de automação dos mesmos.
· Robótica aplicada à medicina: a robótica está amplamente inserida na medicina, sobretudo no processo de procedimentos cirúrgicos e exames diagnósticos. Assim, uma vez que as placas arduino auxiliam o processamento de informações eletrônicas em protótipos de robótica, é muito comum ver projetos de robótica aplicada à medicina, como os famosos protótipos usados em cirurgias e exames diagnósticos, sendo desenvolvidos com o auxílio de placas arduino.
· Robótica usada em tarefas domésticas: tarefas domésticas estão sendo cada vez mais aprimoradas com o auxílio da robótica. E assim como as placas arduino auxiliam na execução de projetos de robótica industrial, isso também se aplica aos protótipos de robótica usados em prol de tarefas domésticas.
Devido a este perfil favorável ao uso diversificado, o arduino e a robótica possuem grande proximidade. Em resumo, a robótica se trata da área educacional e tecnológica voltada para produzir sistemas mecânicos automatizados, muitas vezes controlado por circuitos integrados. E nesta integração de circuitos para controlar peças mecânicas é que o arduino auxilia projetos de robótica.
