Documentário The Man Who Changed The World traz histórias curiosas sobre David Bowie

Marcelo Kenne Vicente
2 min readJul 2, 2017

“Poucos músicos forçaram os limites tão espetacularmente quanto David Bowie. Durante uma carreira de 50 anos, ele foi um inovador sem paralelo.”

É com essa máxima que começa o documentário Bowie: The Man Who Changed The World, disponível na Netflix e que pude assistir somente nesta semana. Lançado no ano passado e dirigido por Sonia Anderson (dos documentários “One Direction: All for one e Hendrix on Hendrix), esse é mais um produto, entre outros tantos, que faz um recorte da carreira desse músico, que, na minha opinião, é o maior de todos os tempos na história do rock. Questão de gosto, é claro, pois sei que Paul McCartney, John Lennon e Elvis Presley são ícones incontestáveis.

The Man Who Changed The World, em 99 minutos, mostra várias fases da vida do artista, desde os primeiros anos até os últimos dias de vida, quando lançou o álbum Blackstar, pouco antes de morrer. A narrativa é costurada por entrevistas dadas por Bowie em diferentes momentos da carreira e intercaladas com relatos de pessoas próximas a ele, incluindo até o amigo George Underwood, com o qual Bowie teve uma briga que deixou uma sequela permanentemente no seu olho esquerdo.

Embora tenha um enredo às vezes apressado — especialmente na parte final — o documentário nos apresenta histórias e características curiosas de Bowie. Quem poderia imaginar, por exemplo, que o ídolo era tímido? Teatro, moda, budismo, clube de folk e revista de ufologia são alguns dos projetos da vida do músico revelados em The Man.

Quem assiste ao documentário e não conhece a obra de Bowie pode sentir falta de ouvir as canções. Space Oddity e Absolute Beginners são destacadas, mas não tocadas. Outro item que me pareceu desgastante foi a quantidade de inserções de fotos de Bowie, muitas vezes não correspondendo à época citada naquele momento do documentário.

De qualquer maneira, The Man Who Changed The World cumpre o papel de mostrar passagens interessantes da vida de Bowie para fãs e para quem ainda não conhece por que ele, como o próprio documentário diz no início, “foi um inovador sem paralelo”.

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Marcelo Kenne Vicente

Sou Jornalista e neste perfil escrevo sobre cinema, música, literatura e cultura em geral. Também abordo outros assuntos. Esse é um espaço para experimentação.