A beleza hoje se vestiu de angústia. Angústia e perda. Fez a alegria de refém. A beleza, hoje, veste silêncio. Veste um longo e negro pano de tristeza, desfilando a apatia. Em sua sombra, a beleza fez-se par com o rancor, dançou por toda a noite, e de manhã não acordou. Sonhou seu pesadelo de incertezas, nadou no mar de lágrimas frias, salgou o desejo com pudor. A beleza se perdeu no labirinto, de tudo aquilo que eu não sinto, e para o meu peito não voltou.