Psicare — Aplicação de UX Writing para melhorar a interação com os usuários.
O conteúdo a seguir é uma complementação ao case Psicare — Tecnologia a favor da Psicologia, realizado pela equipe composta por Henrique Roldão, Mara Ishioka e Mariana Gonçalves.
Para garantir uma boa experiência para os usuários do nosso produto, buscamos entender melhor:
- quais palavras fazem parte de seus vocabulários;
- qual o tom de voz seria melhor aplicado em cada etapa do processo
- como poderíamos otimizar as etapas seguidas por eles.
Nuvem de palavras
No Psicare temos dois grupos de usuários: os pacientes e os psicólogos atendentes. Mediante as respostas obtidas em uma pesquisa semi-estruturada com 7 pacientes e 5 psicólogos, montamos duas nuvens de palavras, uma para cada grupo.
Palavras usadas pelos pacientes:
Palavras usadas pelos psicólogos:
Através desses resultados foi possível entender melhor:
- as necessidades pontuais do nosso público;
- quais os hábitos de cada grupo;
- quais palavras eles estão mais habituados a utilizar.
Com essas informações, podemos continuar nossa busca para que suas experiências com nossa aplicativo seja fácil e agradável.
Tom e Voz
O tom de voz é o conjunto de atributos que determinam como essa voz deverá ser dirigida ao público, em determinados contextos e sentimentos do usuários.
Reconhecendo que o contexto em que nossos usuários estão inseridos pode ser de adversidades e dúvidas, utilizamos uma linguagem simples e um tom leve em nossa solução, para que nossos usuários não encontrem dificuldades e sintam-se seguros e confortáveis ao navegar pelo aplicativo.
Tom de voz aplicado no Psicare
Aplicação nos textos
Nos textos presentes em nosso aplicativo, desde o primeiro protótipo, nos preocupamos em utilizar sentenças e palavras coesas em busca de estabelecer um fluxo coerente entre cada tela explorada e deixar as possibilidades bem explicitas para o usuário.
Testes das palavras
Ao efetuar os testes de usabilidade com nosso protótipo de alta fidelidade, identificamos alguns textos que causaram ou poderiam causar certa confusão ao usuário em relação a ação a ser tomada.
Visto isso, elaboramos um novo teste para avaliar quais palavras possibilitam um melhor fluxo na utilização do aplicativo e obtivemos contribuições de 32 pessoas.
Acesse aqui o questionário realizado.
Aplicando técnicas de UX Writing em nosso conteúdo
Além de determinar o tom de voz e identificar o vocabulário dos nossos usuários, aplicamos alguns princípios do UX Writing e as 10 heurísticas de usabilidade de Jakob Nielsen
Três melhores práticas dos princípios do UX Writing:
- Claro. A linguagem deve ser simples, clara e de acordo com o contexto do usuário.
- Conciso. As mensagens devem ser curtas, quando possível, diretas e eficientes. Segundo estudos do NNG — Nielsen Norman Group, a captura da atenção do leitor é feita nas 11 primeiros caracteres .
- Útil. O usuário deve receber informações que o ajude a chegar onde ele deseja.
Alguns exemplos de como aplicamos as Heurísticas de Nilsen:
- Visibilidade do Status do Sistema
- Essa regra aponta a necessidade de informar ao usuário qual etapa do processo ele se encontra e o quando falta para concluí-la.
- Aplicamos essa regra nas etapas de cadastro do usuário.
2. Eficiência e flexibilidade de uso
- Essa regra nos mostra que o ideal é detalhar as informações para que seja entendível tanto para usuários experientes como para usuários leigos.
3. Reconhecimento em vez de memorização
- Essa regra nos orienta oferecer informações que ajude o usuário a identificar e/ou reconhecer dados previamente apresentados.
- Aplicamos essa regra utilizando ícones universais combinados com palavras que os descrevam e reforçando o valor da consulta ao perguntar qual a forma de pagamento, como no exemplo anterior.
4. Consistência e Padronização
Todas as nossas telas seguem um fluxo coeso, seguindo os mesmos padrões de cores, fontes e ícones, tornando a experiência mais interessante e de fácil interação.
Algumas observações
- A área do paciente deve evitar termos técnicos e complexos, que seriam melhor aplicados na área dos psicólogos;
- O texto contido nos botões devem transmitir o que o usuário deseja executar.
Auditoria das telas
Após analisar os resultados obtidos no teste de palavras e aplicando as técnicas de UX Writing e as heuristicas de Nilsen, realizamos os ajustes necessários nos textos e nas etapas de algumas telas.
Tela inicial:
Nesta tela, mudamos o texto inserido nos botões para uma linguagem que transmita como o usuário responderia quem ele é.
Cadastro do psicólogo e cadastro do paciente:
Após o teste de palavras, alteramos em ambas as telas, a palavra que utilizaríamos no título da página e a resposta do usuário através do botão de confirmação.
Perfil do psicólogo:
Optamos aqui por orientar melhor o usuário a qual ação tomar na funcionalidade abaixo.
Marcação de consulta:
Identificando as possíveis de melhorias, dividimos a tela de confirmação de consulta em etapas, expondo o usuário às informações progressivamente.
Confirmação de consulta:
Nesta tela mudandos o texto de confirmação, detalhando e relembrando ao paciente os dados da consulta que agendaram.