Revolution OS é um documentário sobre os movimentos de Software Livre e de Código Aberto, além de abordar a relação entre estes e a Microsoft. A produção traz entrevistas com grandes personalidades desta história, entre elas Richard Stallman, fundador do movimento Software Livre, e também o famoso Linus Torvalds, o criador do Linux.
O documentário mostra como a definição de software proprietário foi importante para o surgimento do software livre. Houve muitos desenvolvedores e hackers que não ficaram satisfeitos ao ver que os softwares estavam sendo restringidos, que outros não poderiam ver e nem modificar o software, em outras palavras, não teriam a liberdade de fazer o que desejar com o software. Não é a toa que a Microsoft, como pioneira no ramo de propriedade de software, foi a grande inimiga deste movimento. Com a carta de Bill Gates, até então o chefão da Microsoft, condenando tal movimento, o tema foi ganhando maior destaque internacionalmente.
No início da década de 90, o sistema GNU estava finalmente sendo finalizado e precisava de um kernel (basicamente, um componente do sistema que faz a comunicação entre os programas e o processamento de dados). Foi a partir daí que surgiu o programador Linus Torvalds com a sua criação, o kernel Linux. Com a adesão e colaboração de vários desenvolvedores, o GNU/Linux foi se popularizando cada vez mais e foi surgindo mais sistemas livres.
Com isto, claramente foi surgindo também mais problemas e grande tensão entre empresas do ramo tecnológico, vide a briga entre Netscape e a Microsoft, com seus respectivos navegadores.
Este documentário mostra, no geral, como este movimento libertário revolucionou o mundo tecnológico, mudando a maneira de desenvolver, divulgar, distribuir e utilizar um software, dando maior liberdade para aqueles que a desejam.
Hoje, pode-se observar que os softwares livres e os proprietários estão presentes em diversos dispositivos ao redor do mundo: em servidores, computadores pessoais, dispositivos portáteis etc.
Portanto, deve-se deixar claro que há espaço e público alvo para os dois tipos de softwares, pois no fim deve haver liberdade para todos, visto que alguns se sentem mais valorizados e confortáveis seguindo a um destes propósitos.
Em 2003, segundo o documentário, a Microsoft trabalhou arduamente em ações para enfraquecer o movimento de software livre e código aberto.
Um fato curioso é que, 14 anos depois, no evento Github Universe, foi divulgado que a Microsoft foi a organização que mais colaborou em repositórios do Github, plataforma de armazenamento de código-fonte mais utilizada por desenvolvedores de software livre. Além disso, a empresa está com um novo software de código aberto, o Visual Studio Code, editor de texto multiplataforma que veio competir com o Sublime Text e Atom.
Estas atitudes, vindo de uma empresa como a Microsoft, fortaleceram e ainda fortalecem o movimento de software livre e código aberto.
