Quando uma grande cicatriz no corpo melhora a autoestima

Melissa Fagundes
2 min readJan 17, 2016

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Créditos: BuzzFeed

Fiz uma grande cirurgia no ano passado que me deixou uma enorme cicatriz. Sabe aquelas de cesárea, só que em pé? Pois é…

Eu passei muito bem e sobrevivi aos dois meses de recuperação. Minha vida paralisou e foi complicado depender das pessoas próximas para tudo: desde comer a tomar banho.

Quando paro pra pensar, hoje, 3 meses após a cirurgia, percebo que tudo que aconteceu serviu para eu ver o que estava escondido atrás do cotidiano corrido que muitas vezes nos consome:

  • Durante a recuperação comecei a desenhar. Um hobby que iniciou timidamente em 2006 e ficou enterrado por 9 anos. 9 anos sem fazer algo que me dá muito prazer!
  • Aprendi a valorizar amizades verdadeiras. Mesmo distantes geograficamente, me ajudaram a superar a dor e a solidão.
  • Comecei a escrever no Medium Brasil. Sou dislexa e, por conta disso, nunca me aventurei nessas terras desconhecidas da escrita. O que aconteceu foi que tive um texto com grande repercussão sobre a Dislexia.
  • Aprendi que a vida é muito curta pra me preocupar com o aumento das celulites pelo corpo. A cicatriz que tenho agora me mostra que eu sobrevivo a qualquer defeito na minha pele.
Carol Rossetti
  • Eu amo andar de skate e me arrependo das diversas vezes que fiquei com preguiça de sair pra me divertir. Ficar dois três meses sem andar só fez aumentar meu amor pelo esporte.
Pinterest

Eu não sei ainda se farei alguma tatuagem para esconder a cicatriz. Talvez eu faça. Ou talvez eu prefira vê-la sempre. Ela melhorou minha autoestima. Ela me fez ver o quanto sou forte. Ela faz parte de mim. Ela me representa. Ela vai me acompanhar agora até o fim.

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Melissa Fagundes

A garota que mora em mim. Disléxica, skatista, ama ficção científica, Asimov, Star Wars, viagens, inovação. Percebeu que desenhar e escrever são como respirar.