O mundo a nossa volta está sendo chamado a repensar o que é ser humano

Michele Hacke
2 min readMar 17, 2024

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O Feminino invadiu o mundo dos negócios quando começamos a nos propor a rever modelos que atendessem a expectativa de bem-estar e tempo livre.

Naturalmente fomos criando processos como o design para ordenar o caos que passou a se estabelecer em organizações mecânicas. A quantidade de informações que surgiu a nossa volta passou a criar gargalos em fluxos rígidos. Da linha reta e processual fomos invadidos por linhas circulares e entrelaçadas.

As estruturas duras e sistematizadas não comportavam mais a quantidade de informações que passamos a absorver com a chegada da internet quando adentramos na era digital.

Começamos a fazer entregas mais rápidas de soluções, usando tecnologia como um vetor de alcance exponencial. Reorganizamos empresas e agrupamos pessoas com talentos únicos para desenvolver soluções com agilidade dando vazão a novos modelos de negócios como as startups.

15 anos depois desse grande marco de mudanças claras que foi materializado com a chegada das startups, voltamos ao caos. Porque tudo o que mexe para o lado de fora, impacta em mudanças internas em cada indivíduo.

Sempre que sentimos o incômodo de falta de tempo e conforto, vamos ativando as memórias ancestrais do desenvolvimento da humanidade.

Já não precisamos mais caçar e nos dividir em silos, representados por homens, como músculos que carregam força, contrastando por mulheres, no papel de gerar novas vidas e nutrir o lar.

Os dias atuais já nos permitem reconhecer dentro de cada um de nós, homens e mulheres, o desejo do resgate dessa energia que acolhe e cria o conforto a nossa volta.

Talvez seja uma maneira romântica de contar que chegou o tempo de olhar para essas emoções que passaram a aflorar com tanto feminino entrando nas nossas vidas. Precisamos nos abrir a novas percepções para compreender o que está forçando a mudança das nossas estruturas e organizações tão sistêmicas.

O desconforto começou a ficar evidente com a quantidade de casos de afastamento devido a problemas de saúde mental. Já temos a ciência super desenvolvida nos mostrando evidências de que de nada adianta tratar as causas se não olharmos para cerne que são as emoções.

Em uma cultura predominantemente valorizada pelo desenvolvimento financeiro, vamos vendo o mundo tentar tratar tudo com as antigas fórmulas repletas de energia masculina. Ao mesmo tempo em que somos envolvidos pelo convite sutil, do sentir conectado a razão das nossas múltiplas inteligências, sejam elas racionais, emocionais ou espirituais.

Chegou o tempo de acolher!

O despertar de uma sociedade depende desse olhar interno, para ampliar a consciência de como sente o mundo externo a nossa volta.

Chegou o tempo de reconhecer o que se sente!

Reconhecer que esse corpo é veículo de emoções antes mesmo de ser força de trabalho.

É do lado de dentro que harmonizamos a nossa dualidade feminina e masculina, integrando a consciência do corpo, mente e alma.

Para o lado de fora vamos cocriando juntos nossas formas de integrar as dualidades e diversidades!

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Michele Hacke

CEO do Open the Doors. Empreendedora. Desenvolve lideranças mais humanas e sustentáveis com conceitos como Confidence Journey, Businessfulness, e She+He=We