Meu método amador para traduções

Ramiro P.
2 min readJun 16, 2020

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Usar uma ferramenta online e ter um processo bem definido pode economizar muito tempo

Tenho notado que algumas pessoas, mesmo não sendo fluentes, raramente usam qualquer ferramenta para traduzir textos de / para sua língua materna / inglês. Mesmo para pessoas fluentes, uma ferramenta de tradução pode economizar tempo e ajudar na escolha do vocabulário e na forma da frase. Por isso, resolvi expor o procedimento simples que eu costumo adotar para traduzir um texto do português para inglês (ou vice-versa), usando o DeepL. Apreciaria sugestões / alertas sobre procedimentos ou ferramentas alternativas.

Claro, isso não se aplica a um tradutor profissional, nem se uma das duas línguas não é o inglês, que é a língua padrão dos algoritmos de NLP; quando traduzo uma expressão do português para o francês, por exemplo, fica óbvio que o algoritmo usa inglês como “intermediário” (mesmo que a sintaxe e vocabulário das outras línguas seja mais similar).

1. Converter o texto para .docx: o DeepL apenas aceita documentos do MicrosoftWord. Isso significa que, para traduzir uma página da internet ou um arquivo em .pdf, primeiro é preciso convertê-lo para .docx. Há várias ferramentas para isso — a que costumo usar é a pdf2doc.

2. Usar o DeepL: é simples — faço o upload, seleciono o idioma de sáida, e após alguns minutos, ele entrega um .docx com o texto traduzido.

Problemas: tabelas, gráficos e imagens tendem a alterar a formatação e prejudicar o resultado. Pode ser melhor tirá-los e usar como input apenas o texto em si.

3. Converter para pdf e depois para .doc novamente: a versão free do DeepL resulta num .docx protegido contra edição. Isso significa que não se pode revisar o texto. Isso pode ser solucionado convertendo-o para outro formato. No meu caso, costumo converter a tradução para pdf e depois para doc.

4. Revisar o texto: ainda haverá muitos erros no texto final. Mas, para alguém com satisfatório domínio de ambas as línguas e do tema, eles serão relativamente fáceis de perceber.

Situações em que, provavelmente, alguém mais se beneficiaria desse processo:

a) estudantes lendo um texto sobre um tema conhecido, e numa língua estrangeira que dominam o suficiente para perceber quando uma construção está semanticamente inconsistente (i.e., nível intermediário de habilidades de leitura), mas cujo conhecimento do vocabulário ainda é insuficiente — i.e., traduzir o texto previamente evita ter que usar dicionário (é equivalente a ter uma versão bilíngue).

b) traduções de pequenos textos (posts, artigos).

c) escrever um texto (post / artigo) numa língua estrangeira que se domina (nível B2 ou mesmo C1 do quadro europeu), mas cujo vocabulário ou construções gramaticais ainda podem tomar tempo — i.e., quando é menos trabalhoso escrever na sua língua e materna e depois traduzir do que escrever diretamente no idioma final.

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