Cuidado: frustração à frente

Matheus Ariete
2 min readFeb 13, 2024

--

Photo by Jon Tyson on Unsplash

Nunca é fácil lidar com a frustração. Ainda por cima quando se está sujeito a análise subjetiva da literatura. Ter um texto rejeitado não é novidade para mim mas sempre fica aquela pergunta: não gostaram ou sequer o leram?

Eu confio muito na minha escrita mas quando tenho uma poesia enjeitada ainda fico surpreso por provar novamente o amargor de todas essas sensações e vicissitudes. Não é a primeira e não será a última.

O processo de comunicação é o que nos engaja na sociedade. Mesmo aqueles privados de sentidos sensoriais se esforçam para interagir com o meio em que vivem. Não somos seres insulados.

Na tentativa de prestar uma homenagem recorri a um semanário. Para enfim conseguir uma negativa foram quatro e-mails, duas chamadas de whatsapp e um direct no Instagram (usando a conta da minha esposa). Sou insistente mas não é não. Esta é a dádiva da comunicação.

Faz exatos vinte e oito anos que saí de São Paulo mas guardo em minhas memórias, como que recentes, todas as peripécias e apuros que vivi na outrora periferia, hoje elitizada, região do Tatuapé. A aventura se resumia a rodar toda aquela região de bicicleta, observando suas transformações e contradições.

Era essa a homenagem que eu queria prestar. Inspirado pelas antigas recordações, transformei em versos dezenove vilas e bairros de sua região, a zona leste paulistana. Eu os romantizei e vi beleza em suas rimas, mas o não desanima.

A minha companheira não me deixa esmorecer, porém, não quero ficar dando murro em ponta de faca porque dói.

Em tempo, talvez um dia eu publique a poesia enjeitada por aqui mas, por enquanto, ela não quer falar nem receber ninguém. Paciência.

Gostou? Você pode me incentivar clicando aqui!

--

--

Matheus Ariete

Entretantos, só mais um. Contudo, em cima. Todavia, leva a algum lugar