Great Times are Coming — O início da minha jornada empreendedora
Para começar meu primeiro post do blog, tenho que voltar uns 3 meses no tempo, quando fui conhecer um pedacinho da Ásia. Aproveitei as inúmeras horas de vôo e de conexões para resgatar algumas histórias e compartilhar como a vontade de empreender surgiu em minha vida.
“Hoje é dia 1º de junho de 2016, primeiro dia das minhas últimas férias como funcionária de uma empresa. Próximo passo, empreender!
Esse é um sonho que me acompanha há vários anos, mais de 5, com certeza. Antes disso, sempre procurei crescer dentro da empresa em que estava trabalhando, me tornar coordenadora, gerente, o que fosse. Meu objetivo sempre foi (e ainda é) ‘crescer’, me tornar melhor, em todos os aspectos da minha vida.
A ideia de me tornar empreendedora surgiu mais ou menos no período em que se começou a falar em startups aqui no Brasil. Acredito que a ideia de ter uma startup me pareceu mais palpável, mais possível de acontecer do que ‘abrir meu próprio negócio’. Um novo negócio, uma nova empresa, uma franquia, tudo parecia distante demais, caro demais, ‘físico’ demais. Depois que comecei a ouvir falar em startups, Silicon Valley, Steve Jobs e etc, passei a acreditar que era possível iniciar algo antes do que eu imaginava, e comecei a me envolver com esse assunto. Ou melhor, me apaixonei por esse assunto. Desde então, ideias de negócios pipocaram em minha cabeça, li diversos livros relacionados ao tema, participei do Startup Weekend que aconteceu em minha cidade (SWVix), e passei a colocar minhas ideias no papel. Para falar a verdade, durante o Startup Weekend, comecei a ‘tirar’ uma dessas ideias do papel. E agora me parece que o momento de levar essa história a sério, de tratar como prioridade na minha vida, (finalmente) chegou!
Ainda estou meio confusa, parei de trabalhar ontem (31 de maio) em torno de 9h da noite, hoje acordei, acabei de arrumar minhas coisas para a viagem e cá estou, no aeroporto de Guarulhos, esperando há algumas horas para embarcar.
Daqui a pouco embarco para uma viagem que, já tenho certeza, será inesquecível. Sabe aquelas viagens que você faz, não tem ideia de como vai ser (pois nunca fez nada parecido na vida), mas já sabe que cada detalhe será lembrado para sempre? Então, estou indo para a Tailândia e para o Camboja. Sozinha. Bem, sozinha no voo, porque lá me encontrarei com uma amiga (e sócia), meio brasileira/meio americana, para trabalhar e explorar o outro lado do mundo. Já imaginou?! It’s gonna be awesome, sista! \o/
Essa é outra parte importante desse meu início de trajetória como empreendedora: sócia?
Em 2015, um ano marcante em minha vida, mudamos (meu marido e eu) para a Califórnia. Mais precisamente para Irvine, em Orange County. Um pequeno paraíso, em um estado lindíssimo, localizado num dos países mais importantes do mundo. E foi sensacional!
Enquanto ele estudava, e muito, para dar conta do doutorado sanduíche em Engenharia Civil na University of California Irvine (UCI), eu aproveitei os 11 meses e pouco que moramos no pedacinho mais empreendedor do mundo para aprender sobre empreendedorismo (claro!). E marketing digital, minha área de formação.
Participei de todos os eventos que pude, inúmeros Meetups, visitei espaços de coworking, conheci empreendedores de sucesso e outros que estavam iniciando a jornada ainda, li muitos livros sobre empreendedorismo, e aprendi bastante. Eu ‘suguei’ tudo o que pude nesse curto espaço de tempo em que vivemos nos EUA. Resumo da ópera: eu AMEI a experiência, e indico para todo mundo que tem o sonho de iniciar um negócio, uma startup, enfim, para todo mundo que quer empreender. Lá na Califórnia tudo é mais fácil. As pessoas não te consideram um ‘louco’, um ‘sonhador’, porque você não se preocupa (acima de tudo) com estabilidade de emprego e/ou financeira. Lá você recebe apoio (pelo menos apoio moral) e se inspira com pessoas que fazem aquilo que você quer fazer, e que já ‘vivem’ disso, ou seja, já pagam suas contas fazendo o que amam. Entende? (Mas entende mesmo??). Posso dizer que conheci vários ‘mentores’ e, muito importante, mantenho contato com eles até hoje.
Nesse mesmo período trabalhei bastante com algo que muitos brasileiros adoram: açaí. Vendi muito açaí em eventos esportivos na Califórnia. E você me pergunta: mas eles gostam de açaí? Não. Eles amam. E foi uma experiência muito válida, de muito trabalho pesado, uma graninha legal, que gerou contatos (e até uma cicatriz) para toda a vida. A cicatriz é na canela da perna direita, e o contato é essa minha sócia brasileira/americana, que me levou a fazer diversas atividades que, talvez, eu não tivesse coragem de fazer sozinha. E que despertou o espírito aventureiro que, até então, estava ‘adormecido’ em mim. Pode parecer besteira, mas mal nos conhecíamos (havíamos trabalhado em 2 ou 3 eventos juntas apenas) e ela já me colocou para trabalhar sozinha, servindo e atendendo os clientes (americanos em sua maioria), com meu inglês ‘meia boca’. Para isso ela me emprestou o carro dela com todos os equipamentos — mesas, tenda, a grana, os tubs de açaí e os acompanhamentos — para que eu fizesse tudo sozinha. No final, claro, deu tudo certo. Ou quase, porque se não fosse um brasileiro muito gente fina para me ajudar a recolocar tudo no carro para ir embora, estaria em Huntington Beach quebrando a cabeça até hoje (nada mal também, né?). E esse foi apenas o início das ‘aventuras’ que me tiraram da zona de conforto e que me fizeram enxergar o mundo por outro ângulo, mudando minha perspectiva de vida e minha cabeça de uma vez por todas.
Mas, e a Ásia?
Bom, melhor deixar para o próximo post. Para não me estender demais nesse primeiro texto (e para não espantar os primeiros leitores deste blog), quis apenas fazer uma introdução de como esse mindset começou a acontecer na minha vida (e que diferença isso tem feito!). Se me acompanharem nessa história, poderão conhecer algumas dessas aventuras que estão moldando meu caminho nessa trajetória empreendedora. Algumas aventuras já aconteceram e serão contadas em breve, outras eu não faço ideia de como serão, e isso é o que mais me motiva.”
Eu aprendi que:
Você é a pessoa que mais te conhece, e você é capaz de alcançar o que quiser, basta querer de verdade e colocar como prioridade em sua vida.
E você, também passou por alguma experiência em sua vida que te fez querer mudar, agir de imediato, pensar de forma diferente, ou até mesmo repensar a sua vida por completo? Compartilhe sua história também!
E lembre-se: a sorte segue a coragem.
Até a próxima!
