Caderno de medidas de um costureiro em Bissau, Guiné-Bissau. Fevereiro, 2018.

As histórias que contamos…

Natália Mazoni
2 min readJun 25, 2018

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Eu tenho contado histórias desde que me entendo como gente, apesar de nunca ter me considerado uma contadora de histórias. Quando eu era pequena eu pensava que contadores de histórias eram apenas pessoas que escreviam ficções incríveis, criavam mundos fantásticos, imaginavam criaturas inimagináveis, e bolavam tramas e esquemas para criar o crime perfeito. No entanto, muitas das histórias mais interessantes que eu já li são histórias reais, sobre pessoas reais, enfrentando problemas reais. Pessoas tentando encontrar seu próprio espaço no mundo, lutando contra seus monstros não tão inimagináveis, tentando entender que tipo de pessoas elas querem ser.

Conforme fui amadurecendo, cheguei à conclusão de que nós todos somos contadores de histórias, cada um com seu próprio jeito. Como advogada eu aprendi a entender as pessoas e recontar suas histórias através de múltiplas perspectivas. Hoje em dia, como pesquisadora, eu transformo dados em histórias interessantes que, de um jeito ou de outro, podem iniciar diálogos, incentivar o pensamento crítico, defender fatos invés de opiniões, e se possível promover mudanças. Dito isso, eu acho que eu sou uma contadora de histórias no final das contas.

Joan Didion escreveu em seu livro de ensaios The White Album, de 1979, “nós nos contamos histórias para poder viver”. Aqui eu espero compartilhar algumas linhas com quem tiver interesse em ler. Às vezes irei mencionar nomes de organizações, instituições, canais de mídia, figuras políticas e tudo mais, mas as palavras que preenchem este espaço refletem apenas a minha perspectiva.

Bem vindo e aproveite.

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Natália Mazoni

Brazilian based in Washington, DC. Law, gender, development, culture, this and that | Portuguese and English | Views are my own