Introdução: o novo começo de um sonho antigo

David Diogo Haddad
2 min readFeb 16, 2018

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Começo esse texto, que espero que seja breve, olhando a pintura ao lado de Benjamin Guddel.

“Sleepless” é o nome dado pelo autor a obra, eternizada em azul e amarelo, que retrata a insônia de um homem de meia idade, cansado, que encontra no cigarro a fuga para um momento de introspecção, de intimidade, de paz.

Posso dizer, de maneira muito pessoal, que essa imagem ilustra bem a minha trajetória no mundo da escrita até aqui. Uma história de introspecção. Até agora.

São dez anos, recheados de hiatos homéricos, escrevendo poesias e contos no meu antigo blog, Poesia de Varanda, e amadurecendo desde o gosto pela escrita até a ideia de onde quero chegar escrevendo. Não tenho, e nunca tive, qualquer interesse em transformar minhas palavras em alguma coisa além de um desabafo pessoal sobre o cotidiano que vejo passar em frente aos meus olhos e óculos. Mas o meu cotidiano se abriu, juntamente com o meu interesse, para outros temas e realidades, o que me tornou menos poético, se é que um dia o fui, mas também mais palatável e, definitivamente, mais próximo.

É dessa motivação que surge essa nova ideia de ter nesse espaço, o Medium, um canal de fala, o mais abrangente o quanto puder ser e os algorítimos computadorizados me deixarem organiza-lo, dando coro não mais apenas a minhas inspirações poéticas, mas agora também às políticas, literárias, críticas, bom, o que fizer o sangue correr quente nas veias de um escritor amador.

Remeto, neste momento, à gravura de Guddel, que retrata um homem sozinho em uma sacada escura, introspectivo, fumando um cigarro e pensando nas coisas da vida. Talvez em nada. Sozinho, falando calado, da mesma forma que preencho este espaço, com histórias para mim mesmo, como o fiz nos últimos dez anos de minha vida.

Mas se chegar, fique à vontade, puxe a cadeira.

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David Diogo Haddad

Após dez anos escrevendo poesias no blog Poesia de Varanda (www.poesiadevaranda.blogspot.com), chegou a hora de contar outras histórias.