(livro com cheiro de café)

Gael Rodrigues
1 min readMar 3, 2017

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Enciclopédia das Coisas Imaginárias

carvão e aquarela de Gael Rodrigues

Maria Eunice ri ao lembrar-se do dia em que foi demitida da editora em que trabalhava. “Estava com uma garrafa cheia de café e a derrubei sobre a massa que iria dar forma às páginas dos livros”. Qual não foi sua surpresa, um mês depois foi readmitida (e promovida!): os livros encafezados foram um sucesso. A pequena editora Farol logo estava entre as mais vendidas e, grande, trocou o nome para Aroma. As seções das livrarias onde se amontoam os livros da editora fazem sucesso com seu cheiro inebriante de café. Em casa os leitores sentem-se reconfortados com o sutil aroma que repousa entre as letras. Outras editoras tentaram sem sucesso outros cheiros (chás, temperos, perfumes): café e livros continuam sendo uma dupla imbatível.

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