Alhures
É onde estás, mas quando?
“Onde não puderes amar não te demores”, disse Eleonora.
Parto sem demora então,
Não para algum lugar à vista,
Antes, sim, deste lugar sem vista
Alhures, encontrar-te-ei, na exata estação
Como és?, me pergunto e anseio.
Quisera estar satisfeito com incursões curtas, seguras
Mas, ah, ó mar-amor, terrível e irresistível,
Sou teu e não encontro significado
Senão na amplidão de tuas águas obscuras
Só aí quero encontrar-te, ó amada!
Aí, onde saberei-te navegante
Como eu
Então, quando me verás destemido
Como tu
A espera segue. Não me nos interessa levezas insustentáveis.