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4 min readMar 27, 2019

O encontro promovido pelo PAD com as Agências de Cooperação Internacional buscou caminhos para atuar na desfavorável conjuntura brasileira

O Pad — Processo de Articulação e Diálogo Internacional promoveu no dia 26 de março, em Salvador (BA) o III Encontro com as Agências de Cooperação que atuam no Brasil. Também organizou a reunião de coordenação executiva nos dias 22 e 23 e participou da 7ª edição do CESE e Movimentos Sociais nos dias 25 e 26 de março.

POVOS DO CAMPO, DAS FLORESTAS E DA CIDADE SE ENCONTRAM NA 7ª EDIÇÃO DO CESE E MOVIMENTOS SOCIAIS

O evento contou com a presença de uma diversidade de movimentos populares e organizações do campo, das florestas, das águas e da cidade, além de agências de cooperação internacional. Realizado a cada dois anos, a reunião configura-se como um momento de fortalecimento institucional, um espaço de diálogo sobre o contexto de atuação dos movimentos e as ações necessárias para fortalecê-los.

Os dois dias de reunião foram dedicados à reflexão coletiva sobre os impactos da conjuntura política para as populações de mulheres, indígenas, negros e negras, pescadores, pescadoras, marisqueiras, trabalhadores e trabalhadoras rurais, populações tradicionais, movimentos urbanos, ambientalistas, agroecológicos, de direitos humanos, convivência com o semiárido, economia solidária, comunicação, educação, lideranças ecumênicas e religiosas, jovens, entre outros. Também foram desenhadas estratégias políticas de lutas pela defesa de direitos e para as inúmeras formas de resistência.

Pós-verdades, fake news, militarização da política, crescimento dos conservadorismos e intolerâncias, discursos de ódio. Esses pontos se repetiram em diversas apresentações dos cinco grupos que se dividiram na manhã do dia 26, quando os movimentos foram convidados a sistematizarem suas visões sobre como seus territórios e o país têm sido afetados diante da égide de gestões autoritárias.

Olhando para todos esses pontos elencados, Joilson Santana, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária/ CAMA, ressalta que não dá mais para dissociar a discussão de raça de todas essas reflexões.

Paulo Carbonari, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, concorda, reafirmando a importância de não se abandonar a interseccionalidade para se fazer a unidade de lutas.

Reunião da Coordenação

Os desafios da conjuntura política que assola o país, fez parte da discussão da reunião da Coordenação do PAD.

Como nos reinventarmos no momento que há um desmonte das políticas públicas e retrocessos em direitos?

Participaram da Reunião: Júlia Esther Castro - secretária executiva do Pad, Sônia Mota (CESE), Vicente Pulh (Heks-Eper), Renê (Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos), Júlia Fernandes (MAB), Mércia Alves (SOS Corpo- Instituto Ferinista para a Democracia), Athayde Mota (Ibase) e Enéias da Rosa (Articulação de Monitoramento dos DHs).

Além da discussão de conjunturas, cenários e análises, o PAD também elaborou seu planejamento de atuação para o ano de 2019.

Encontro com as Agências de Cooperação

A reunião com as agências aconteceu no dia 26 de março e contou com a participação da Coordenação Executiva do PAD (Júlia Esther Castro, Júlia Fernandes, Mércia Alves, Renê Ivo Gonçalves e Sônia Mota), HEKS-EPER (Vicente Puhl e Denyse Maria Mello), Fundação Heinrich Böll (Marilene de Paula), Luciana Pinto (Terre des Hommes Suíça), Misereor (Regina Reinart), CAIS (Irmã Delci e Adriano Martins), KOBRA (Thomas Fatheuer), FEACT (Rafael Oliveira), Articulação para Monitoramento de DH (Paulo Carbonari e Enéias da Rosa).

Na reunião, as agências confirmaram seu empenho em continuar trabalhando com o Brasil, principalmente neste momento tão delicado para os movimentos sociais e a população mais carente do país.

O Encontro buscou caminhos para atuar na atual conjuntura brasileira.

Fonte: CESE

Fotos: CESE e PAD

Por Kátia Visentainer — Comunicação Pad

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O PAD - Processo de Articulação e Diálogo é uma rede formada por agências ecumênicas européias, movimentos sociais, entidades ecumênicas e ONGs.