Câmara Escura (Camera Obscura)
História da Fotografia
Os fundamentos da fotografia vieram de dois princípios básicos: a câmara escura e a existência de materiais fotossensíveis.
A câmara escura é um dispositivo óptico que passou a ser usado no Renascimento. Consiste em uma caixa ou uma sala escura com uma abertura em um dos lados que permite a passagem da luz de uma fonte externa para o espaço escuro, projetando uma imagem invertida da cena externa no lado oposto. Foi empregada por pintores como auxílio nos desenhos por preservar corretamente a perspectiva. No século XVIII, o uso de lentes e de um espelho colocado num ângulo de 45 graus permitiu a fabricação de câmaras escuras portáteis de tamanho menor.
No século IV a.C., o filósofo grego Aristóteles reconhecia o princípio da câmara escura, mas o primeiro a fazê-lo foi Mozi, um filósofo chinês do século V a.C.
Em meados do século XVI, os poucos eficientes orifícios foram substituídos por lentes, dando origem a imagens mais nítidas.
No século XVII, a câmara escura foi acoplada a uma tenda ou liteira para que pudesse ser transportada e, posteriormente, foi reduzida ao tamanho de uma urna.
Durante o século XVIII, artistas passaram a utilizar com regularidade o instrumento para projetar uma imagem da vida real que pudessem copiar em seguida.
A Fotografia Desconstruída
Abelardo Morell (1948), transforma ambientes comuns em cenários surreais em sua Camera Obscura.
Morell nasceu em Havana em 1948 e deixou Cuba com sua família no ano de 1962, aos 14 anos, com destino aos Estados Unidos. Em 1991, Morell fez a sua primeira foto usando o processo da câmara escura em sua sala de estar escurecida.
Cubro todas as janelas com plástico preto para obter escuridão completa. Então abro um pequeno buraco no material usado para cobrir as janelas.
A luz entra por esse buraco na câmara escura de Morell e, em um prodígio da física, projeta uma tênue e tremeluzente imagem invertida do mundo exterior nas paredes internas. Em seguida, fotografa a imagem na parede. No início, as exposições levaram de cinco a dez horas. Há alguns anos, Morell começou a usar o filme colorido e uma lente posicionada sobre o buraco da janela de plástico, com o objetivo de aumentar a nitidez e o brilho da imagem de entrada. Agora, costuma usar um prisma para que a imagem projetada não fique invertida. Morell também conseguiu encurtar o tempo das exposições graças à tecnologia digital, que por sua vez faz com que seja possível capturar mais luz momentânea. Morell percorreu o mundo fundindo imagens externas e internas, de Nova York a Paris e Florença.
A camera obscura de Morell
Experimente
Câmara escura com lente
Referência Bibliográfica
HACKING, Juliet. Tudo sobre fotografia. Rio de Janeiro: Sextante, 2012.
National Media Museum, Bradford, Reino Unido.
Bonni Benrubi Gallery, Nova York, EUA.
Gostou? Então clique no botão Recommend, logo abaixo.
Fazendo isso, mais pessoas podem ler este conteúdo.
E para ficar sabendo dos próximos conteúdos, clique no botão Follow.
Curta também a Patrícia Jones I Arte Fotográfica na fanpage.