Saiba quais os tipos de copos e taças ideias para cada bebida
Com a chegada do final de ano, é hora de reunir os amigos em casa para encontros intimistas de amigo-oculto, encerramento do ano e até mesmo celebrações de Natal e Réveillon. Por isso, para uma recepção inesquecível, cada detalhe conta muito. Bom gosto e sofisticação na hora de escolher as cores e o conceito da decoração, a ambientação do espaço de jantar e a seleção do menu garantem convidados satisfeitos e mantêm o alto astral nas comemorações.
Seja qual for o tipo de recepção que você escolher, a carta de bebidas é um dos pontos altos. O cheiro, a cor, os aromas, a harmonização com os pratos, são muitos os fatores que contam para a apreciação correta de uma bebida, transformando a degustação em uma verdadeira experiência gastronômica. Saber o tipo correto de material, o formato e o tamanho das taças vai ajudar você a potencializar o sabor e a intensidade das bebidas selecionadas.
Para não errar na hora de servir as bebidas, siga essas dicas!
Tipos de taças diferentes fazem toda a diferença na degustação
Taças de cristal ou vidro? Em uma recepção elegante, não há dúvida: o cristal traz mais sofisticação à mesa, é mais bonito e agradável de manusear.
Mas não é só a beleza das taças de cristal que conta, elas também são mais recomendadas por suas propriedades. Uma dessas características é a espessura: em geral, o cristal é mais fino, o que faz com que a temperatura da taça não influencie na degustação.
A transparência do cristal também é outro ponto positivo. Por ser mais límpido que o vidro, ele facilita a visualização das nuances de cor da bebida, uma etapa importantíssima na experiência de degustação tanto de vinhos quanto de cervejas artesanais ou destilados. Por esse mesmo motivo, o ideal é optar por taças lisas e transparentes. Apesar de serem lindas, as opções coloridas, opacas, com gravações e relevos em sua superfície impedem a percepção das tonalidades da bebida, prejudicando a experiência.
O cristal também é mais poroso que o vidro, fazendo com que as moléculas da bebida se quebrem com os movimentos da taça, liberando seus diferentes aromas. Esse aspecto faz toda a diferença na apreciação de um bom vinho, por exemplo.
Agora que o material está escolhido, é hora de selecionar os tamanhos e formatos. Muita gente se confunde na seleção do tipo de taça ideal para cada bebida. Mas a escolha é mais simples do que parece, basta compreender a característica das bebidas e os aspectos que devem ser ressaltados durante a degustação. Vamos entender cada uma delas?
Para não errar na hora do vinho
Se as entradas e os pratos principais do menu foram pensados para harmonizar com mais de um tipo de vinho, é importante ficar atento às diferenças entre as taças recomendadas para cada um deles. O vinho branco e o rosé, por exemplo, que em geral são servidos em temperatura mais baixa, pedem taças menores que as de vinho tinto. A diferença de tamanho se deve à quantidade de bebida servida: para que o vinho branco ou rosé não esquentem rapidamente, serve-se menos e com mais frequência. O bojo também é ligeiramente mais estreito para conservar a temperatura ideal.
A escolha da taça dos tintos deve levar em consideração o tipo de uva. O modelo bourdeaux é ideal para bebidas mais encorpadas, como os vinhos provenientes de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah e Tannat. Já as uvas Pinot Noir, Barbera, Nebbiolo e Amarone pedem taças do tipo borgonha, com formato semelhante ao de um balão, desenhadas para ressaltar o sabor macio e reduzir a acidez.
Tanto as taças de vinho branco quanto as de vinho tinto devem ter hastes longas, que impedem que o convidado segure a bebida pelo bojo, interferindo em sua temperatura. E, em ambos os casos, a bebida deve ocupar cerca de um terço da taça. Isso vai facilitar a degustação e os movimentos circulares, que servem para aerar a bebida.
Para não comprometer o paladar, a ordem de serviço dos vinhos é outro fator importante. Primeiro, são servidos os brancos secos, seguidos dos rosados. Em seguida, os tintos leves, que preparam o paladar para os tintos encorpados. Ao final da refeição, os vinhos doces arrematam o paladar.
Espumante para brindar aos bons momentos
Embora esteja na categoria dos vinhos, o espumante tem regras mais específicas. Para a bebida, a taça em formato de flauta, chamada flute, é a ideal. O formato alongado do bojo contribui para reter a espuma e os aromas por mais tempo, prolongando a sensação refrescante e intensa que só um bom espumante tem.
A haste também deve ser longa para conservar a temperatura, e, diferentemente do vinho, a taça pode vir mais bem servida, com cerca de dois terços de espumante.
Para a turma da cerveja
Uma ótima opção para dias mais quentes é apostar nas cervejas. Com a onda das cervejarias artesanais em todo o Brasil, elas ganham um toque mais requintado e caem bem mesmo em um jantar sofisticado.
Assim como com um bom vinho, a regra é saber harmonizá-las com os pratos. Para isso, conte com a ajuda de um sommelier de cervejas. As melhores lojas de bebida geralmente disponibilizam a consultoria de um profissional para ajudar nas escolhas das bebidas mais indicadas.
Existem vários tipos de taças e copos para a degustação de uma boa cerveja artesanal. A escolha vai depender da composição da bebida. As de trigo, por exemplo, vão bem com as taças tipo weizen, com corpo alongado e bojo mais largo. O formato favorece a formação de colarinho e acentua os aromas e os sabores da bebida.
Já as tulipas, muito populares no Brasil, são ideais para cervejas Pilsen, pois mantêm seu frescor e leveza. O modelo trapist, inspirado nas taças de espumante, é a melhor opção para cervejas frutadas, com paladar complexo. E, para as cervejas mais encorpadas ou robustas, dê preferência ao copo do tipo goblet.
Bons drinques. Quem não gosta?
Em uma recepção mais animada ou mesmo em uma pequena festa, bons drinques garantem a animação dos convidados e dão um clima mais jovem e descontraído ao encontro. Para servi-los, você também tem uma infinidade de opções de taça.
As misturas mais delicadas, como o Dry Martini ou o Cosmopolitan, seguem a mesma regra dos vinhos brancos: hastes longas para o conteúdo não esquentar. A diferença está no formato do bojo. Nesse caso, escolha o modelo dry martini — sim, o mesmo nome do coquetel! — com bojo bem aberto, que permite enfeites no copo.
Já as bebidas fortes e encorpadas, servidas com ou sem gelo, pedem uma taça tipo old fashioned, ideal para whiskys, caipirinhas e negronis. Coquetéis exóticos e coloridos, como o delicioso Sex on the Beach, caem bem no modelo escandinavo, com formas arredondadas e corpo mais longo. Para drinques refrescantes, como o Mojito, vá de taça collins, que tem formato mais simples, semelhante ao de um copo longo. Por fim, as taças highballs, parecidas com as collins, porém em tamanho menor, são superversáteis e podem servir refrigerantes, sucos e drinques variados.
Não se esqueça da água!
Seja qual for a bebida escolhida, ela deve ser sempre acompanhada de água. Gaseificada ou natural, a água contribui para a degustação e evita exageros. Assim, no dia seguinte, você e todos os convidados já estarão prontos para a próxima!
Em comparação com as taças de vinho, as de água devem ser mais altas e ter um bojo maior, já que é comum beber mais quantidade da bebida durante a refeição. As hastes das taças de água podem ser mais curtas, pois a temperatura não influencia tanto na sua degustação.
Mesa em ordem, convidados preparados
Outro aspecto que costuma gerar dúvidas é a disposição das taças na mesa. Na verdade, não existe segredo: a organização indica a ordem de serviço e ajuda os convidados a se prepararem para o que está por vir:
- Taças de água devem ser posicionadas no centro, em frente ao prato, pois a bebida será servida durante toda a refeição.
- À esquerda da taça de água vem a de espumante. À direita as de vinho.
- Taças de vinho branco estão sempre posicionadas primeiro e, sem seguida, as de vinho tinto.
Viu como é fácil? Com essas dicas, você está pronto para impressionar seus convidados com drinques e bebidas deliciosos.
