Rubens Barrichello — Cutz Podcast

Pedro Gomes
11 min readAug 16, 2021

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Rubens Gonçalves Barrichello (São Paulo, 23 de maio de 1972) é um piloto de automobilismo e apresentador Brasileiro, como piloto ele foi o que mais tempo disputou o mundial de Fórmula 1 de maneira ininterrupta, entre os anos de 1993 e 2011, tendo se tornado também o piloto mais experiente da história da categoria. Ele também foi presidente da Grand Prix Drivers’ Association (GPDA) uma representação dos pilotos de Fórmula 1. Desde 2014, Rubens Barrichello também é um dos apresentadores do programa Acelerados, em seu formato de internet (pelo Youtube) e na televisão, atualmente no ar pela Band.

Barrichello pilotou pela Scuderia Ferrari de 2000 a 2005, como companheiro de equipe de Michael Schumacher, desfrutando de um grande sucesso, sagrando-se vice-campeão em 2002 e 2004. A primeira aposentadoria de Schumacher no final de 2006 fez de Barrichello o piloto mais experiente do grid e, no Grande Prêmio da Turquia de 2008, quando ele atingiu a marca de 257 largadas, tornando-se o piloto com maior número de corridas disputadas na Fórmula 1. Em 2010, no Grande Prêmio da Bélgica de 2010, atingiu a incrível marca de 300 GPs disputados. Barrichello conquistou a centésima vitória brasileira na Fórmula 1, no Grande Prêmio da Europa de 2009.

Após competir pela Brawn GP na temporada de 2009, ele foi confirmado para 2010 na equipe Williams, e teve seu contrato renovado para o campeonato seguinte. Em 2011, Rubens disputou sua 19.ª temporada, tornando-se o piloto com maior número de temporadas ininterruptas disputadas. Em 2012, após ser substituído na Williams por Bruno Senna, Barrichello não encontrou oportunidade em outra equipe e, por essa razão, não disputou o campeonato. Com isso, ele correu na Fórmula Indy em 2012, e no fim do mesmo ano disputou três etapas na Stock Car Brasil.

Em 2014, Rubinho tinha um acerto para realizar corridas de despedida da F1 pela Caterham, inclusive o GP Brasil. Em 2014 também sagrou-se campeão da Stock Car Brasil, em seu segundo ano completo na categoria.

Em 2015, sagrou-se campeão Sul-Americano de Kart Rotax e quarto colocado no Mundial dessa categoria, correndo ao lado dos mais jovens no mesmo nível de competitividade.

Primeiros anos:

Rubinho conquistou cinco títulos brasileiros de kart, sendo considerado imbatível na época, vencendo inclusive as dificuldades financeiras para competir. Fez um ano de F-Ford no Brasil (1989), tendo vencido a primeira etapa em Florianópolis, circuito de rua e com pista molhada. No ano seguinte, foi competir na Europa. Foi campeão da Fórmula Opel em seu ano de estreia, 1990, com seis vitórias, sete pole positions e sete voltas mais rápidas. No ano seguinte foi campeão da Fórmula 3 inglesa, pela equipe West Surrey Racing, derrotando David Coulthard. Aos dezenove anos foi então para a Fórmula 3000 na qual terminou em terceiro lugar na classificação geral.

Em entrevista a Rafinha Bastos, em maio de 2021, Rubinho falou sobre o início da carreira: “Eu tinha 16 anos de idade. Meu pai ofereceu meu contrato para Arisco (marca Brasileira de produtos alimentícios). Funcionava assim: vocês pagam o processo dele até a Fórmula 1. Bancam, patrocinam por completo. Chegando lá na Fórmula 1, vocês viram 25% sócios de tudo que entrar”, contou.

Em 1993 iniciou sua carreira na Fórmula 1 pela Jordan. Neste ano, ele vence o evento Formula One Indoor Trophy. Em 1994 conquista seu primeiro pódio no GP do Pacífico em Aida e a sua primeira pole position, no GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. No mesmo ano conquistou a sexta colocação do campeonato à frente de uma Williams (David Coulthard/Nigel Mansell), uma Benetton (Jos Verstappen/JJ Lehto) e uma McLaren (Martin Brundle), alguns dos melhores carros da época, (lembrando que na Benetton e na Williams, houve revezamento no 2º carro da equipe. Assim nenhum piloto fez mais que dez corridas na vaga de segundo piloto dessas equipes.) Em 1995 conquistou seu melhor resultado até então, segundo lugar no GP do Canadá no Circuito Gilles Villeneuve.

1997–1999: Stewart

Barrichello quando corria pela Stewart
Em 1997, após uma difícil negociação com a Benetton, onde ele quase cogitou ir para a Fórmula Indy, Jackie Stewart, que acabara de fundar sua equipe — a Stewart -, chama Barrichello para ser o primeiro piloto e ajudar no desenvolvimento do carro. Logo de cara consegue alguns feitos, como um 5º lugar no grid do Grande Prêmio da Argentina, um 3º lugar no grid do Grande Prêmio do Canadá, um segundo lugar em Mônaco, além de algumas grandes corridas como na Áustria. Em 1998, um carro mal construído acabou lhe rendendo muita dor de cabeça e apenas um 5º lugar no Canadá como melhor resultado. Já no ano seguinte (1999), a história foi outra, com um carro excelente e um grande motor foram três terceiros lugares, em Ímola, Magny-Cours e Nürburgring (1999). Uma pole position no GP da França (a segunda da sua carreira) e 23 voltas na liderança do Interlagos, quando abandonou com o motor estourado. Logo em seguida, recebeu proposta da McLaren, a qual ganhou mais espaço no meio automobilístico mas não durou muito tempo, pois aceitou a proposta milionária da concorrente.

2000–2005: Ferrari
Em 2000, é contratado para correr pela Ferrari. Lá foi duas vezes vice-campeão mundial e venceu nove Grandes Prêmios, entre os quais o primeiro de sua carreira, o GP da Alemanha de 2000. Em 30 de julho de 2005 é anunciada sua contratação pela antiga equipe BAR (depois Honda F1) para dirigir um dos carros da equipe a partir da temporada de 2006, abrindo mão de um ano restante há cumprir de contrato com os Italianos.

Rubens quando pela Ferrari.
Embora quase sempre tenha demonstrado ser um piloto competente, pesou contra ele o fato de a torcida brasileira procurar um sucessor para Ayrton Senna, feito que Rubens não conseguiu atingir, pois, não chegou a fazer frente ao longo dos campeonatos a pilotos como Michael Schumacher e Mika Häkkinen.

Em sua passagem de seis temporadas pela Ferrari, Rubens ocupou o posto de segundo piloto nas preferências da equipe, Schumacher reinou em uma época da Fórmula 1 que houve o maior predomínio de um único piloto sobre os demais. Naqueles anos, Schumacher possuía um contrato privilegiado em relação à Barrichello, o que implicou muita controvérsia pelo fato de Barrichello receber ordens da equipe e permitir algumas ultrapassagens nos momentos finais de algumas corridas, mesmo estando melhor na pista do que Schumacher. No mais polêmico desses episódios no GP da Áustria de 2002 a Ferrari foi vaiada pelos torcedores em todo o autódromo inclusive seus próprios torcedores depois que Barrichello, após várias e insistentes ordens da equipe, cedeu passagem a Schumacher à poucos metros da linha de chegada na última volta. Naquele dia, Schumacher, assustado com a repercussão negativa dos torcedores e da imprensa, colocou Barrichello no alto do pódio e lhe entregou o troféu de primeiro lugar. Por fim, a FIA acabou condenando a Ferrari à pagar US$ 1 milhão de multa e estabeleceu que as conversas entre os pilotos e suas equipes deveriam ser transmitidos ao vivo durante as corridas, o que permanece ocorrendo até o presente momento.

Rubens Barrichello conseguiu sagrar-se vice em dois Campeonatos Mundiais de F1, em 2002 e 2004. Em 2004, apesar de não ter obtido o título, fez pontos suficientes para ser campeão com folga em quase todas as edições anteriores da competição (tornou-se então o segundo maior pontuador em um único campeonato da história da Fórmula 1).

2006–2008: Honda

Barrichello em seu primeiro ano com a Honda
Em 2006, Rubens passou por uma período de adaptação na equipe Honda, tendo no início da temporada, resultados inferiores aos de seu companheiro de equipe o britânico Jenson Button. No decorrer da temporada as performances dos pilotos acabaram por se igualar com os pilotos se revessando melhores posições de chegada. Isso aconteceu até o GP dos Estados Unidos, a 10ª etapa do ano, quando Barrichello empatou com Button nessa altura do campeonato, somando 16 pontos cada. Mas na segunda metade do campeonato o Inglês foi superior. Button venceu uma corrida, na Hungria, e conseguiu um pódio, no Brasil, somando 40 pontos, enquanto o Brasileiro somou apenas 14, ficando em 7º no campeonato, Jenson imediatamente a frente em 6º por, com um 56 a 30 pontos, ao fim do campeonato.

Barrichello de Honda em 2008
Porém, em 2007, a equipe japonesa não conseguiu criar um carro no nível das outras equipes da Fórmula 1 que têm orçamento anual semelhante ao seu, entre as 11 equipes a Honda com seu modelo RA107 terminou apenas em 9º, herdando a 8º colocação no campeonato com a exclusão dos carros da McLaren naquela temporada. Button conseguiu marcar apenas 6 pontos e pela primeira vez na carreira, Barrichello não pontuou.

Em 2008, a equipe Honda também não criou um carro competitivo, mas ainda assim foi melhor do que o de 2007, permitindo que Rubens Barrichello pontuasse em três provas com seu RA108: GP de Mônaco, GP do Canadá e GP da Grã-Bretanha, e obtivesse um pódio com o 3º lugar no GP da Grã-Bretanha, graças a uma estratégia bem sucedida executada durante a corrida, onde a equipe trocou os pneus intermediários por compostos de chuva forte, que eram os mais adequados às condições da pista. Ao fim do ano Barrichello conquistou 11 pontos e Button marcou apenas 3 pontos.

2009: Brawn GP

Rubens durante o GP da Espanha, em 2009.
Após as várias especulações de que a Honda iria deixar a categoria (devido à crise financeira mundial, que culminou também na saída das equipes da Toyota e BMW (ambas em 2009), Ross Brawn compra todos os direitos da antiga equipe de Fórmula 1, pelo valor simbólico de uma libra. Então Barrichello, tido como piloto aposentado no final de 2008, foi confirmado em 2009, para correr novamente ao lado de Button, na debutante Brawn GP, equipada com os motores Mercedes FO 108W V8. Em 12 de março de 2009, a bordo da sua Brawn, quebrou o recorde do Circuito de Montemeló. Na sua primeira corrida pela Brawn GP, o Grande Prêmio da Austrália de 2009, terminou na segunda colocação, com seu companheiro Jenson Button sendo o vencedor do GP. Já na segunda corrida do ano em Sepang, Barrichello, terminou na quinta posição, ganhando apenas metade dos pontos, devido ao GP ter sido declarado encerrado com apenas 31/56 voltas, deixando o piloto com apenas metade dos pontos a serem somados em ocasiões normais.

Barrichello no GP da Itália, onde conquistaria a sua última vitória
No Grande Prêmio da Europa de 2009, disputado em 23 de agosto de 2009 em Valência, na Espanha, Rubens conquista sua primeira vitória na temporada, a décima na carreira e a centésima de pilotos brasileiros na principal categoria do automobilismo mundial. Em 13 de setembro, Rubinho consegue a segunda vitória em 2009, no Grande Prêmio da Itália, disputado no autódromo de Monza. Já em 17 de outubro, consegue fazer a pole position em casa, no Grande Prêmio do Brasil. Com o feito, Rubens faz a sua primeira pole do ano e a primeira em cinco anos, desde o Grande Prêmio do Brasil de 2004.

Finalizando o GP do Brasil, na oitava posição, Rubens não conseguiu impedir que Jenson Button conquistasse o título da temporada de forma antecipada, sem que fosse preciso levar a decisão para o Grande Prêmio de Abu Dhabi. E no GP de Abu Dhabi, o último da temporada de 2009, viu o alemão Sebastian Vettel conquistar o vice-campeonato ao chegar na quarta posição, enquanto o alemão venceu a corrida. Barrichello terminou o campeonato com a terceira colocação e 77 pontos somados.

2010–2011: Williams

Rubens durante o GP da Austrália, em 2010:

Em 2 de outubro de 2009 a equipe Williams confirmou a contratação do piloto para a temporada de 2010 com opção também para 2011. Sua estreia pela nova equipe com o FW32 foi no Grande Prêmio do Barém de 2010, disputado em 14 de março, terminando a corrida na décima posição.

Barrichello foi bastante elogiado no início da temporada, pelo diretor técnico Sam Michael, pela ajuda que estaria dando no desenvolvimento do carro. Seus melhores resultados na primeira metade da temporada foram um quarto lugar no GP da Europa, em Valência, e um quinto lugar no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Em 11 de novembro de 2010, foi confirmada sua renovação de contrato com a Williams, para a temporada 2011.

No dia 11 de janeiro, Rubens foi o escolhido pela equipe para estrear o novo modelo, FW33, no primeiro dia de testes da pré-temporada realizados em Valência, a partir de fevereiro. Em resumo, a equipe pagou caro pela ousadias propostas, com a estreia do câmbio miniaturizado, além de terem alguns problemas de projeto, não encontrando um caminho para o carro, que, sem entender seu funcionamento, acabou tendo uma das piores temporadas de sua história até então. Ao fim do ano, a equipe somou apenas 5 pontos, sendo 4 deles conquistado por Barrichello, em Mônaco e Canadá. Em parceria com Pastor Maldonado.

Fórmula Indy:

No dia 30 de janeiro de 2012, o brasileiro participou de testes pela equipe KV Racing da Fórmula Indy, onde competia Tony Kanaan, seu amigo pessoal. No dia 1 de março, durante entrevista coletiva de imprensa em São Paulo, foi anunciado oficialmente seu ingresso na categoria.

A estreia aconteceu no dia 25 de março, no Grande Prêmio de São Petersburg, na Flórida. Barrichello terminou a corrida em 17.º lugar.

Barrichello pela KV Racing na Fórmula Indy:

Na etapa seguinte, no Grande Prêmio do Alabama, após largar em na 14ª colocação, Barrichello conseguiu se recuperar, terminando a corrida em 8º.

Na etapa de Long Beach, Barrichello largou em 22.º lugar após punição de dez lugares imposta a todos os carros com motores da Chevrolet, trocados antes da milhagem permitida. Com um bom desempenho, chegou a ocupar a quarta colocação, mas foi obrigado a parar para reabastecer quando faltavam sete voltas para o final. Na última volta, ocupava a sétima colocação quando foi atingido por Helio Castroneves, terminando a classificação em 9º.

No dia 7 de maio Barrichello pilotou pela primeira vez em um circuito oval durante testes realizados no circuito Texas Motor Speedway, em Fort Worth, ficando em 11º entre 12 competidores. No dia 10, participou de testes realizados no circuito oval de Indianápolis, dedicados aos estreantes da categoria, ficando em 4º entre 8 competidores.

Nos treinos livres do mês, ficou em 20º dia 12, 26º dia 13, 26º dia 14, 29º dia 15, 26º dia 16, 20º no ida 17 e 21º no Fast Friday do dia 18 de maio. Se classificou em 10º no Pole Day disputado no dia 19. No Bump Day do dia 20, ficou em 18º, com o último colocado sendo Jean Alesi. No Carb Day dominado pelas Ganassi de Dario Franchitti e Scott Dixon, ficou com a 17ª melhor marca.

Em sua participação na 95ª Indy 500, largou em 10º e terminou a disputa em 11º, tendo liderado 2 voltas. Foi o 6º melhor carro equipado com motor Chevrolet e sendo o segundo carro da KV Racing Technology, atrás de Tony Kanaan (3º) e a frente de E.J. Viso (18º). Finalizou como o melhor estreante, superando o Inglês James Jakes, os Franceses Simon Pagenaud e Jean Alesi (Lotus) a Inglesa Katherine Legge os Americanos Josef Newgarden e Bryan Clauson, além do australiano Wade Cunningham, que abandonou com problemas elétricos.

Stock Car Brasil
Em 24 de setembro de 2012 Barrichello confirmou a sua participação na última etapa da temporada da Stock Car Brasil de 2012, a convite da equipe Medley Full Time. Durante os primeiros testes realizados no dia 15 de outubro, foi divulgado que sua estreia na categoria seria antecipada para a segunda etapa de Curitiba. Após largar em 15º lugar no grid, Barrichello sofreu com a confusão na largada e um pneu furado, terminando a corrida em 22º lugar.

Em 27 de dezembro de 2012 Rubinho confirmou o acerto para a temporada da Stock Car Brasil de 2013, com a equipe Medley Full Time.

Equipe Medley Full Time, comemorando o título de Rubinho em 2014
Em 2013, Barrichello conquistou o primeiro pódio na categoria ao chegar em segundo lugar na etapa de Salvador. Confirmando sua ascendência na categoria, Barrichello largou da 7.ª posição na conturbada etapa de Brasília, realizou ultrapassagens e chegando na 4.ª posição, arrancando elogios do diretor técnico da Medley Full Time, Mauricio Ferreira.

Em 2014 Barrichello conquistou a primeira vitória na categoria ao vencer a “Corrida do Milhão”, disputada em Goiânia. Novamente em 2018, voltou a vencer a “Corrida do Milhão”, também em Goiânia.

Em 30 de novembro, aos 42 anos de idade, sagrou-se campeão da Stock Car ao chegar em terceiro lugar na última corrida da temporada, disputada no Autódromo de Curitiba.

Fonte: Wikipedia.

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