Djavan não conhece Darwin ou porque eu escuto MPB com uma arma na mão

Tiago Perrart
2 min readJul 12, 2016

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Algumas músicas me incomodam. Lembro que quando criança eu já ficava perturbado com as cantigas:

“CARANGUEJO PEIXE É” oi???

O próprio Hino Nacional me incomoda:

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas” Joaquim e Manuel nunca pisaram no Ipiranga ou chegaram por outro caminho que não a Av. do Estado

Ouvir MPB é passar raiva para mim.

“Eu amava como amava um pescador, que se encanta mais com a rede…” Não faz sentido isso! É, tipo, dizer “eu amava como amava um cobrador, que pega a Faria Lima as 18h”. O cara tá lá trabalhando, jogando a rede, a tarrafa, um truco ou sei lá que caralho o pescador joga. É trabalho. Só Marx amava o trabalho.

“Mas se depois de cantar
Você ainda quiser me atirar
Mate-me logo!
À tarde, às três
Que à noite
Tenho um compromisso
E não posso faltar” Belchior de Schrödinger.

O bigode tem também aquele devaneio em forma de música em que fica repetindo “Black bird, Assum-preto, passarinho, me responde, Black bird, pássaro preto, pássaro preto”

Mas Djavan é de longe quem eu mais odeio.

“Açaí, guardiã
Zum de besouro um ímã
Branca é a tez da manhã” ????????? vai tomar no cu, sabe?

Eu acredito que exista um “Código Djavan”, similar ao do Tarantino. Se você pegar o primeiro verso de uma música, juntar com a quarta estrofe de outra e assim por diante, você terá uma história complexa e que faz certo sentido.

Djavan, também, pode estar se referindo aos sábios do islamismo quando diz “Ímã” e não ao material ferromagnético. Vai saber, né?

Sempre acho que é ele quem está por trás daqueles stencils idiotas “Você praça, acho graça. Você prédio, acho tédio”

Bom, que se foda o Djavan. Só, por favor, avisem esse filho da puta que Deus é criacionista e não fez os dinossauros.

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