O que aconteceu depois…

[PK] Paola Katherine Pacheco
4 min readFeb 11, 2016

--

Bom pra quem não leu, eu escrevi um pouco sobre a minha história. Escrevi pois gosto de relaxar escrevendo e queria deixar relatado um momento da minha vida em que eu parei para pensar em tudo o que passei e que consegui alcançar meu primeiro degrau dos meus objetivos.

Compartilhei no Facebook, forcei meus colegas do trabalho a ler, meu marido, a vizinha, mãe, todo mundo, mas no intuito de avaliar se estava bom. Começou ai um processo que eu não imaginava, muitos começaram a ler, compartilhar, no próprio Medium pessoas que nem me seguiam, deram um like, começaram a me seguir.

Tive inúmeras solicitações de mensagens, me parabenizando, que felicidade! Fui até convidada a participar de grupos de outros estados.

No final do dia teve a primeira a cereja do bolo, (explicarei porque a primeira mais na frente), alguns ícones meus como Turicas, Masanori, curtiram e compartilharam meu artigo, fiquei muito lisonjeada, quantos e quantas coisas eles leem por dia e entre milhares de amigos no facebook eles deram atenção ao meu humilde texto. Logo após isso o facebook oficial da Python Brasil ( a comunidade mais linda ) compartilhou minha história. Fiquei radiante de alegria.

Pouco tempo depois a linda da Soraya Roberta me perguntou se eu poderia dar uma entrevista para ela,( pra quem nao sabe ela mantem o Poesia Compilada e o Mulheres na Tecnologia), claro que aceitei imediatamente, iria com isso fazer com que mais e mais meninas pudessem se inspirar na minha história, tivessem o conhecimento de eventos, ficassem motivadas.

entrevistahttp://mulheresnacomputacao.com/2016/02/12/vozes-femininas-paola-katherine/

Passaram ­se dois dias e eu tive a minha segunda cereja do bolo. Claro que é ótimo ser parabenizada por expor minha história, meus erros, o que eu me tornei , mas nada, nada mesmo, é mais gratificante do que ver comentários de meninas no meu Medium, as quais nunca me viram, não me conhecem, falando que servi de motivação para que comecem a frequentar faculdade de Analise de Sistemas , ou que passaram pelas mesmas coisas e se sentem mais confortadas por ver que existem casos iguais ao dela. O gratificante foi por saber que com um simples relato pude contribuir com que muitas meninas se motivem, se permitam ser programadoras, analistas, desenvolvedoras.

E hoje com todos os eventos, workshops, não só eu como qualquer menina ou menino pode formar no seu bairro, município, cidade, desde grupos de estudo até eventos com o propósito de incluir as mulheres no ambiente de TI, como eu digo eu não errei, foi um caminho de aprendizado, infelizmente eu não a oportunidade de participar de eventos de inclusão ou muitas vezes eventos onde tivessem mulheres participando.

Acho que a mensagem que eu queria deixar era que a causa não é só feminina, gays, lésbicas, transgêneros entre outros podem se sentir incluídos. Não é porque sou mulher que preciso ser psicóloga porque é profissão de mulher, não é porque se eu fosse gay precisaria ser design, pois profissão não se escolhe por raça, cor, sexo.

Já ouvi inúmeras vezes alguém me perguntando se eu era desenvolvedora, se eu realmente era da turma de Análise de Sistemas, pois a menina é sempre design ou foca em gestão.

Infelizmente algumas pessoas ainda se sentem perplexas ao ouvir que sim, sou de TI, não sou menos capacitada ou algo do tipo.

Infelizmente isso já se tornou algo cultural, mas estamos no caminho certo da mudança, com todos esses projetos de inclusão, que cada vez mais crescem. Acho que a intenção não é popular o cenário de Ti com 100% de mulheres, queremos apenas deixar que seja de livre escolha uma menina ir ou não para TI, do mesmo jeito que temos médicos homens e mulheres, engenheiros homens e mulheres, queremos programadores, analistas, desenvolvedores, arquitetos de software, backend ou frontend entre outros, homens e mulheres.

*Por mais eventos que tragam a diversidade para a área e acabem com questões culturais…

*Por um mundo com mais mulheres em TI..

*E por um mundo onde competência não seja menor do que raça, cor, sexo…

(atualização 05/07/2016) Depois de toda repercussão da Euro Python , eu fui convidada para participar do Google I/O, Women Techmakers Dinner, na Califórnia e voltei ao Brasil com título de GDG Organizer Rio de Janeiro!!

--

--

[PK] Paola Katherine Pacheco

dona do Pachecos No Canada, desenvolvedora, mãe entre otras tarefas..