De onde veio isso? Não sei como sei, apenas sei

Pâmela Machado
4 min readMay 24, 2018

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Quem nunca teve aquela sensação de quando fazemos algo maravilhoso ou temos aquela grande sacada e, enquanto a contemplamos pensamos “mas de onde foi que surgiu isso?”

Geralmente é algo que não conseguimos explicar. Parece que a ideia ou sentimento veio do nada, não é?

Mas esse acontecimento, essa sensação tem nome: I-N-T-U-I-Ç-Ã-O.

A danada da intuição é basicamente saber algo, sem saber com o sabemos. É algo visceral!

Sentimos que sabemos algo que para nós faz muito sentido, independentemente de raciocínio ou de análise, mas quando tentamos explicar se torna uma missão quase impossível.

Mas não se engane neste “apenas sentimos”! Há muito mais processos de análises e tomadas de decisão acontecendo em nossas lindas cabecinhas do que pensamos.

A intuição é nossa capacidade de percepção e análise a nível inconsciente, que apesar de acontecer de forma muito rápida, pode levar algum tempo de aprendizado e coleta de repertório para se tornar cada vez mais certeira.

Ela é resultado de um processamento de informações que fica no background de nossa consciência, lugar este também encarregado de organizar, sintetizar e convergir os dados coletados durante as etapas de pesquisas e divergências do processos criativo! Esta etapa do processo criativo é chamada de incubação. Mas não confunda intuição com insight! O insight está para a criatividade como a revelação / iluminação de algo que ainda não existe ou não foi combinado. Já a intuição é a resposta a algo que já existe, já conhecido.

Veja só que interessante, alguns estudos afirmam que este processo continua a pleno vapor até enquanto dormimos! Então a partir de agora caderninho e caneta ao lado da cama para o caso de acordar com algo de interessante pipocando na cabeça!

A intuição é um importante ingrediente para a criatividade pelo fato dela nos permitir o comportamento de “fatiar fino” as informações coletadas. É o nosso inconsciente em segundo plano tentando encontrar padrões em situações e comportamentos com base em fatias muito finas de experiência.

O fatiar fino da intuição é ouvir algo importante e interessante no silêncio. É ouvir o não dito. É ver o que não está amostra. É ler nas entrelinhas.

Esta abertura de captar visceralmente o que não é óbvio é o que faz a intuição ter um papel tão importante a criatividade e, consequentemente na inovação!

Malcolm Gladwell, autor de BLINK, diz que

“podemos aprender mais com um relance em um espaço privando do que com horas de exposição do lado mais público de uma pessoa.”

Mas veja, toda moeda tem dois lados, não é? Então um pouco de atenção não vai fazer mal a ninguém!

O que torna possível fatiar fino é nossa capacidade de enxergar rapidamente abaixo da superfície de uma situação. Mas como em tudo na vida, há de se ter atenção para não cairmos em armadilhas como a da superficialidade! O que podemos nos enveredar para os preconceitos (juízo pré-concebido que se manifesta).

Por exemplo, uma pessoa com boa aparência pode rapidamente (e erroneamente) ser associada como uma pessoa corajosa, inteligente e integra, etc…

Quando paramos na superficialidade da aparência, nós interrompemos o processo do pensamento, aquele pensamento curioso que nos faz mergulhar um pouco mais fundo para dar uma espiada.

Frente a criatividade, este conceito se assemelha ao bloqueio do gabarito, situação onde ao buscarmos a solução de algo, nos contentamos com a primeira resposta que, mesmo certa ainda está na zona do óbvio.

Portanto, prejulgar é o beijo da morte para a criatividade e inovação. Se ao vermos uma situação de maneira apenas pela borda da superficialidade, estaremos eliminando todas as outras informações que poderiam ter sido obtidas naquele primeiro momento.

E por falar em prejulgar, lembro de uma grande parceira da intuição, a empatia! Ela é uma forma de nos conectarmos como observadores para analisar uma situação porém sem fazer uso de julgamentos. Mas isto já é tema para uma outra conversa! rsrsrsr

Pois bem, a intenção deste diário de bordo é te incentivar a dar mais volume para a voz da sua intuição. O que ela anda te dizendo? Frente aos seus desafios e projetos, o que ela está tentando te falar?

Não ignore sua intuição! Ela pode ser uma excelente bússola para guiar a sua criatividade! Escute-a e parta para a investigação!

Espero que isso tenha feito tanto sentido para você quando faz para mim!Ah, se gostou não esquece de curtir e compartilhar!

Obrigada pela leitura! ;)

www.pamelamachado.com.br

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Pâmela Machado

Designer / Analista Comportamental / Coach de Performance Criativa