Sobre a escrita [uma resenha]

Poli Lopes
Café, Livros e Crivos
3 min readJan 12, 2016

Todo mundo conhece Stephen King, mesmo sem saber. Afinal, ele é o pai dos livros que inspiraram os clássicos filmes de suspense e terror O Iluminado, Cemitério maldito, It (nossa, como eu tenho medo desse palhaço!), Carrie, a Estranha e Under the dome. Segundo a lista da Forbes que o @blog-do-beco publicou, ele é um dos 10 escritores mais bem pagos do mundo, empatado com a mãe do Harry Potter.

Uma das maravilhosas histórias que Mr. King conta está em Sobre a Escrita — A Arte em Memórias, que li na semana passada.

#leião, ok!

Dividido em três partes (que na verdade equivalem a duas), King conta a origem de sua escrita, o que em seu passado influenciou em sua formação de escritor e como se tornou o best-seller que é hoje. Da infância nômade com a mãe e o irmão ao casamento com a colega de faculdade (que se tornou sua maior incentivadora e Leitora Ideal), passando também pelo rascunho de Carrie, A Estranha resgatado por ela do lixo (livro que alçou Stephen ao sucesso!) e o vício em drogas e álcool, tudo é relatado para mostrar que pode não ser fácil, pode parecer impossível, mas que dedicação, empenho e foco ajudam a chegar lá!

Cada um com a sua bagunça, certo?

Na segunda parte, King faz um manual de escrita. Ele conta, em detalhes, o que vai em sua caixa de ferramentas de escrita. Os elementos de estilo, parágrafos, ritmo, personagens, criatividade… Tudo é detalhado para ajudar quem quer desenvolver a escrita. Claro que ele não entrega o ouro, até porque talento é algo que uns têm e outros não — apesar de ele defender que um escritor comum pode se tornar um bom escritor.

A base de tudo, para King, é ler muito e escrever muito!

  • Ele sugere que se leia porque gosta e não apenas porque é trabalho, tanto coisas boas quanto ruins, o que ajuda a refinar a escrita e o estilo.
  • Ele sugere escrever para praticar em um local adequado, tendo um cronograma que permita o cumprimento de metas diárias. Afinal, é uma profissão!

Lá no final, ele ainda apresenta duas versões do 1408, produzidas na forma que ele recomenda: a primeira, escrita à porta fechada (sem parar, direto, sem pitacos de terceiros) e a segunda, de porta aberta (depois de terminada a obra, ele indica deixa-la descansar por umas seis semanas, numa gaveta, e só ser revisada depois desse período, de cabeça fresca), rabiscada e editada. É essa segunda versão que ele distribui pra sete ou oito Leitores Ideais, que indicarão o certo e o errado no texto.

Neste ponto, ele lembra:

1ª versão(-) 10% = 2ª versão

A terceira parte, que acaba sendo parte da primeira, ele conta sobre o atropelamento que quase o matou, a recuperação e o processo de escrita deste livro.

Pra fechar, publico aqui o último parágrafo, que sintetiza tudo:

PARA FICAR FELIZ, OK?

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Poli Lopes
Café, Livros e Crivos

Produção de Conteúdo ⏺️ Professora de #mktdigital ⏺️ Doutora em Processos e Manifestações Culturais ⏺ Pesquiso SMM e cultura de massa ⏺ + em linktr.ee/polilopes