Fios de Outono
Acordei, me olhei no espelho;
-Meu nariz está maior?!
-Ou minhas bochechas que estão mais murchas?!
…Talvez seja um pouco dos dois…
Ah -digo a mim mesma- Não esquenta!
-Dizem que quando se envelhece o nariz aumenta!!
Um cabelo branco?!- Me pergunto com espanto.
Que susto, pensei que começara a rejuvenescer!
Mas não, acabo de encontrar “um grupinho senil” que estão juntos a crescer!
Arranco um desses fiozinhos,
Assopro no espaço, como se isso ajudasse a não acontecer.
Pedalo no parque, respiro ar puro,
Só não me arrisco a escalar aquele muro!
Me pego a pedalar bem decidida,
Coloco toda a energia para “subir uma descida!”
Chego no topo toda envaidecida,
Logo me vejo a enrubescer pois sinto meus joelhos começarem a doer!
Quer saber? Vou parar para tomar um sorvete,
Esfriar a cabeça e deixar que eu me esqueça dessa “subida descida fenomenal”
Pedalo outro dia, quem sabe mais tarde, no próximo mês ou chegando o Natal!
Entre o nascer e o envelhecer tem dessas coisas;
Vem chupeta e mamadeira,
Bonequinha e salto alto,
Maturidade passageira…
E daí, pendurar as chuteiras?
Aproveito e abro uma esteira!
Descanso no campo, na praia, no parque, leio, canto, ensino, aprendo, começo uma arte.
Subo ás estrelas, num segundo dou a volta no mundo!… e estou em mim novamente,
“sonho que vivo e que o sonho me vive,
nossa missão é regar o ‘campo dos sonhos’ até florescerem novas sementes”.
Dedicada ao meu Avatar!