Da vez que eu transei com um ator pornô (esse dia foi foda)

aquela coisa errada
3 min readApr 24, 2015

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Sei que estou entrando numa área minada aqui. Mas acho que é uma história que vale ser contada, por uma série de motivos (talvez disseque esses motivos noutro dia). Aos pudicos e sexualmente recatados, sugiro parar por aqui ;)

Não sei muito bem como começar essa história sem ser pelo principal: eu transei com um ator pornô, sabendo que ele era ator pornô. Não, eu não paguei para que acontecesse nem participei de um filme pornográfico e não, não era uma suruba. Foi só ele e eu mesmo. E foi BEM legal.

Acho que todo mundo tem uma listinha, confessa ou não, de fantasias sexuais. Apesar de nunca ter passado pela minha depravada cabecinha fazer sexo com um profissional do ramo, quando a oportunidade surgiu achei que não deveria deixá-la passar. Ainda mais sendo eu uma grande entusiasta do p0rn e defensora da liberdade sexual ampla e irrestrita.

Mas voltando.

Conheci esse cara numa noite, ficamos e, conforme a coisa foi esquentando, ele comentou sobre o que fazia. Claro que eu não acreditei na hora, mas aí ele sacou o celular do bolso e me mostrou fotos. Tinha foto de tudo: peito, bunda, pau, buceta, dos sets, vídeos das cenas sendo gravadas, a equipe de filmagem, ele abraçado com atrizes no melhor estilo "colegas de firma", tudo.

Por motivos óbvios, não vou revelar aqui o nome do cara, nem mesmo o nome ~comercial~. Só posso dizer que ele trabalha num desses grandes canais mundiais de pornografia, desses que aparecem no finzinho da tv a cabo e geralmente são pagos.

Realmente não sei o que outras mulheres teriam feito no meu lugar. Um receio ficou martelando a minha cabeça: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS. Porém, nem esse medinho foi suficiente para aplacar o tesão irracional que se apossou de mim. Até porque camisinha existe pra isso mesmo.

Outro ponto que pesou é o meu apreço pelo sexo casual. Eu sei que nem todo mundo partilha dessa visão, mas pra mim poucas coisas são mais libertadoras do que transar com um desconhecido só porque ambos ficamos com tesão.

Fiquei mais do que curiosa para saber como era transar com alguém que vive de fazer sexo, que inclusive deve ser muito bom no que faz; um profissional, afinal de contas. Fiz de tudo para sair dali direto para um quarto o mais rápido possível.

Posso garantir que foi a experiência sexual mais egoísta da minha vida. Nós transamos de todas as maneiras imagináveis, em todas as posições previstas no kama sutra e outras mais que inventamos na hora. Transamos no carro, no elevador, na porta do apartamento, na cama, em pé. Foi a única vez em que eu estive ZERO preocupada com o prazer da outra pessoa e, por isso, pude comandar a noite: assim, agora desse jeito, faz isso, faz aquilo, quero isso, quero aquilo, quero aquilo outro, etc. etc. etc.

Nos comunicamos no melhor dirty talk já visto (ouvido, na verdade), em todos os idiomas que falamos, arranhamos e inventamos. Escritores como Tolkien e o autor de "Game of Thrones" teriam ficado impressionadíssimos com a minha capacidade de criar todo um dialeto durante o sexo. Uma grande mistura de português, inglês, espanhol e — acho que — francês também. Uma suruba linguística (pun intended here).

Foi uma noite e uma manhã inesquecíveis. Ele não tinha um corpo sensacional nem um pinto de 22 centímetros, mas era um cara que sabia exatamente o que estava fazendo, e fazia tudo do jeito mais certo. Não teve nada muito performático, mas tudo foi muito efetivo.

Depois de várias frustrações na minha vida sexual (quem me acompanha no Twitter deve se lembrar de algumas das histórias; em breve posso contar aqui as melhores), essa é a uma experiência que eu recomendo fortemente. Se um dia você tiver a oportunidade de transar com um(a) profissional do sexo, faça. SÉRIO, FAÇA.

E, como todo bom sexo casual, nunca mais nos falamos depois disso. ☺

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