Se doar.
Tem gente que se preocupa demais com os outros, a típica pessoa que se doa sem parar, sem pensar e sem medida.
Se doa cem por cento.
Por favor, alguém me explica quem disse que se a gente não se doa por inteiro, o nosso bem para o outro de nada vale?
O bem que a gente faz não tem limite, mas o quanto a gente se doa, sim. Ninguém deve doar mais do que tem.
A gente é como um guarda-roupa, se você não souber o que doar vai acabar vazio.
Convenhamos, ninguém quer acabar vazio mesmo que seja para o bem de alguém querido. Até porque, gente vazia não tem nada a oferecer.
E quando eu digo gente vazia, não me refiro àquelas pessoas que você quer ajudar e que precisam de você. Refiro-me aquelas que são completas e inteiramente vazias. Que te sugam. Inconsciente. Ou não.
Pare. Faça um balanço.
Não é só porque nos afastamos de alguém que não a queremos mais por perto, todo mundo precisa de um tempo pra se organizar.
Guarda-roupa cheio não quer dizer que você tem que doar.
Vazio não significa que você doou.
Tudo varia de quanto você precisa pra se sentir completo.
Saber a medida certa de se doar não é dizer que a pessoa não é digna de te ter por inteiro. É saber até onde você se doa sem se tornar vazio.