Como a Tecnologia tem me ajudado a chegar no meu peso ideal
Antes de começar, é bom salientar que este post foi PESADAMENTE inspirado no post que o Paulo higa fez no Tecnoblog sobre a experiência dele de emagrecimento. A inspiração não foi direta, pois quando eu li o texto pela primeira vez, o que passou pela minha cabeça foi: fodeu, não vou emagrecer nunca. Mas depois de alguns problemas de saúde e algumas visitas ao médico, eu decidi que precisava mudar de vida. E este texto foi o primeiro passo que veio a minha mente.
Acho que agora cabe um resuminho sobre este que vos fala, para que vocês entendam onde eu estava, onde estou agora e onde eu quero chegar. Eu tenho 34 anos e desde os meus 20 anos eu vivo num estado de sedentarismo de dar gosto. Eu poderia colocar a culpa na vida corrida, no stress do dia-a-dia e em todos os outros clichês que a gente já conhece, mas a verdade é que o que me levou aos temidos 3 digitos na balança foram a preguiça e o fato de que comer bem é bom demais, irmãozinho! E foi por isso que, ao ler o texto do Tecnoblog, eu inicialmente perdi as esperanças de um dia voltar ao meu corpo da adolescência. No texto fica claro que o que realmente influencia na perda de peso é a alimentação, e não os exercícios. E eu sempre fui mais disposto a voltar a praticar esportes do que fazer uma dieta, afinal de contas comer pra mim sempre foi um prazer e não uma necessidade.
O problema com esse prazer é que ele me levou ao nível II de obesidade, com imc de 34. Para terem uma noção, a cirurgia bariátrica é recomendada para pacientes com imc acima de 35 pontos. Para voltar a um nível saudável eu preciso perder cerca de 25 quilos. Uma caminhada e tanto.
O fato é que essa máxima de “comer por prazer” deixou de valer quando os problemas de saúde e os exames adulterados começaram a chegar. Aquele papo de “sou gordinho mas sou saudável” deixou de existir e a preocupação me fez voltar para o texto pra entender melhor onde a tecnologia poderia me ajudar. E a combinação que tem me ajudado neste início de caminhada é:
Como um bom imitão, eu segui a risca o conselho do Paulo e usei o mesmo aplicativo que ele para monitorar a minha alimentação. No texto ele faz uma explicação bem detalhada de como o MyFitnessPal funciona, mas um resumo preguiçoso seria: Um diário onde você anota toda a sua alimentação e exercícios e recebe relatórios sobre as calorias consumidas.
Com relação a Mi Band 2, você pode saber um pouco mais sobre ela nesse texto que eu fiz quando ganhei ela.
Eu achei o app muito bem organizado e mesmo a versão gratuita me atendeu muito bem (existe uma versão paga). O banco de dados de alimentos é bem grande e até o momento não teve uma refeição sequer que eu não tenha conseguido colocar lá. O mais importante pra mim no entanto é a sua facilidade de uso. Inserir minha alimentação nele já virou rotina devido a essa facilidade.
Nos primeiros dias eu usei o app para monitorar a minha alimentação, sem estabelecer metas ou algo do tipo. Acho isso importante pois não te coloca pressão por resultados e também te ajuda a identificar possíveis pontos de mudança mais fáceis na sua rotina alimentar. É fascinante ver quantas calorias cada alimento tem e é essa informação que nos ajuda a fazer as trocas que nos ajudam a emagrecer sem fazer com que a gente sofra com aquele modelo clássico de dieta baseada em comidas sem gosto e sem vida.
Depois de uns dois dias de uso eu coloquei como meta perder 0,5kg por semana, o que me rendeu uma dieta de cerca de 1.850 calorias por dia. Fazendo trocas simples e evitando repetições no almoço e na janta eu consegui seguir essa dieta sem maiores problemas. O que pegou pra mim foi o 1ofim de semana, que no caso foi cheio de festa com churrasco, maionese, farofa, pão e tudo mais que engorda, sem contar a cerveja. Nos dois dias não consegui me segurar, mas até essa escorregada foi importante pra mim, pois me mostrou o quanto o exagero é prejudicial na nossa dieta.
Na 2a semana eu resolvi apertar um pouco as coisas e estabeleci uma dieta um pouco mais restritiva, que diz perder 0,75kg por semana. A dieta diária está sendo de 1.500 calorias. Está dieta mais apertada também não está sendo um grande problema, mas pra ajudar nessa tarefa eu conto com o 2o item da minha lista: A Mi Band 2.
A pulseira faz o excelente trabalho de contar as calorias e os passos dados durante o seu dia, e estas calorias gastas também são colocadas no app. Estas galorias servem como sobras, para que eu possa comer um pouco mais, já que sei em média o quanto gasto. E um ponto interessante nessa união é o fato de que eu estou começando a fazer exercícios exatamente para que a minha dieta não sofra tanto. Uma caminhada de 40 minutos faz com que eu possa tomar uma latinha de cerveja durante a noite sem me sentir mal ou sem que eu tenha que economizar na comida para isso.
Estas trocas, compensações e medições fazem com que a mudança de rotina seja mais natural pois você tem o controle dos dados e entende melhor onde a mudança impacta nos seus objetivos. O fato de não ser algo imposto por um médico ou tirado de uma revista ou site já faz com que você se comprometa mais com todo o projeto. Eu me sinto assim, e isso me espanta pois sei das diversas experiências frustradas que eu tive tentando emagrecer durante estes quase 15 anos de obesidade.
Mas como eu falei acima, estou apenas no início da minha trajetória. Ainda falta muito pra eu alcançar de novo meu peso ideal. Só estou escrevendo este texto pois estou impressionado com a minha mudança de postura e também com os resultados alcançados neste período. Em 15 dias, foram mais de 3kgs perdidos. Mais um quilo e eu saio da temida faixa II de obesidade. Mas mais do que os números, o que realmente tem me deixado empolgado é o fato de que não sinto que estou sofrendo ou abdicando de algo e isso faz com que cada vez mais eu acredite que meus objetivos são completamente tangíveis.
De qualquer forma, a estrada a percorrer ainda é longa. Mas prometo atualizar a todos de tempos em tempos por aqui.
(Este texto representa apenas A MINHA experiência, experiência esta que é supervisionada pelo meu médico. Não façam loucuras, amigos!)
