Primeiras impressões de uma UX e seu primeiro console

Raira Oliveira
8 min readSep 20, 2022

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Desde o anúncio de lançamento do Nintendo Switch, lá em meados de 2017, a jovem Raira começou a sonhar com esse console.

Na época, eu, UX Jr., engatinhando nos ensinamentos de metodologias ágeis, research e prototipação, não tinha condições de adquirir o aparelho. Tanto pelo custo e também por que tinha outras prioridades.

Para vocês terem a mínima noção, minha renda bruta era menor que o salário mínimo daquele ano, e mesmo assim eu conseguia me balançar na corda bamba de: guardar dinheiro, ajudar em casa e pagar minhas contas. Só não era o bastante para me dar o luxo de comprar o console sem ficar no prejuízo.

Damos um skip time para 2022. Raira, atualmente Analista de Usabilidade Pleno.

Mesmo com um aumento significativo (não muito em comparação com a grelha nacional de UX Designers), comecei a me planejar a pouco mais de um ano para adquirir o tão sonhado console.

Mas Raira, o que diabos é um Nintendo Switch?

Jovem padawan, senta aqui com a tia:

A Nintendo é uma empresa japonesa de desenvolvimento de jogos e consoles; Responsável pela Pokémon Company, Mario e dos tão queridos consoles portáteis, como o Gameboy.

Em 2017, ela anunciou que lançaria um console que além de ser portátil, teria mais duas funções: Primeiro, com um cabo HDMI seria possível refletir o que tem no console para uma TV ou computador e Segundo, desconectando os joycon (controles) da tela do console (que tem pouco mais de 6 polegadas), seria possível torná-la numa mini televisão/monitor e jogar a distância.

1 videogame, três opções. Por isso o nome Switch.

Eu como UX, enxergo todo o apelo desse produto sem ser o consumidor final. Além de esteticamente agradavél, ele se debruça no marketing de ‘Um produto, várias possibilidades’, mesmo que seu maior diferencial seja a portabilidade.

Isso é o que torna esse console um objeto de desejo tanto para os jogadores casuais como os hardcores que estão interessados em testar seu desempenho e jogos exclusivos.

Ele não oferece o maior catálogo de jogos. Seu subterfúgio é possibilitar conforto, praticidade e no fim das contas, nostalgia.

Os nascidos nos anos 95 que desejaram um Gameboy color para jogar Pokémon e ainda não trabalhavam para adquirir um DS, estão se realizando com o Switch.

Além de todos esses pontos positivos, o console (na minha humilde opinião) é o que pode sofrer (felizmente) mais modificações esteticamente.

Desde cases até grips para os joysticks dos controles, o mercado de customização do Switch é IMENSO.

E com isso, a Nintendo atinge mais outra fatia de jogadores que a pouco mais de 10 anos não era tão valorizada: As mulheres.

De acordo com a PBG 2021, no Brasil, 51,5% dos jogadores mobile são mulheres e 38,1% console.

As aficcionadas por organização, customização e colecionáveis, abraçam o Switch como Cozy Cute Console ou traduzindo pro pt-br: O VIDEOGAME MAIS FOFOLINDO DO MUNDO.

Minha vontade de adquirir um desses aumentou 120% depois de ver uma versão customizada com o tema de Totoro do Studio Ghibli. Eu como a louca do Studio, quis ter mais o console pelo fator de poder customiza-lo do que simplesmente o conforto e portabilidade.

Mas Raira, até o momento você só falou dos pontos positivos, e os negativos?

Como é meu primeiro console e possivelmente me encaixo na fatia de jogadores casuais iniciantes, as considerações que posso compartilhar com vocês é mais a nível de user experience do que de consumidora, mas bora lá:

Em resumo, estou extasiada. O Console chegou rapidíssimo e na qualidade padrão para os Prime da Amazon (opa Amazon, patrocina nós) e fiz o unboxing durante uma reunião diária do trabalho (me julguem) de tão empolgada que estava.

Como já se passou quase duas semanas desde que o console chegou (27/04/22), tenho como opinar sobre a usabilidade e primeiras impressões de uso.

Sobre console:

Por mais que ele seja caro, com um catálogo de jogos de valores bem salgados (me refiro aos exclusivos), ele é tudo isso que falam sim. É confortável, tem um tamanho adequado para um console portátil, bastante leve mesmo com uma tela de proporções semelhante a de um celular padrão e o grip dos joycon é muitoooooo gostoso de manusear. Não incomoda, não machuca, a localização dos botões e joysticks deve ter pequenas diferenças em relação a um controle de xbox ou playstation, mas no geral, é super tranquilo de usar.

O uso cada botão e entrada (tanto do console como do docker) é autoexplicativa e indicativa. A configuração inicial durou menos que 2 minutos. Na caixa você já sabe o que precisa ser feito e assim que liga, o onboarding dos usuários para prosseguir com a instalação é a mais fácil possível.

Aliás, duas coisas a serem ditas sobre isso: Amei que quando conecta os joycon à tela, ele indica no visor e vibra de uma forma bem amigável. A mesma coisa rola quando desconecta. E a entrada do game card é bastante robusta e resistente. Não é algo pra ficar abrindo e fechando o tempo todo, mas também não tem cara que vai se desgastar se abrir pelo menos umas 100 vezes.

Continuando…

Depois de configurado, o menu de acesso principal é bastante direto e simples, ainda mais para quem já tem costume em jogar ou que utiliza streamings (Netflix e afins):

  • Menu de Perfil
  • Thumb de jogos (com flag de Em uso para sinalizar)
  • Menu de acesso
  • Breadcumbs de apoio (Qual botão clicar para fazer tal ação)

Entrando no detalhe:

  • No Menu de acesso, você pode acessar as lojas tanto da Nintendo Online (Assinatura) como a Nintendo que disponibiliza todos os jogos do catálogo, sendo exclusivos ou não;
  • Na Galeria, vai ter prints e vídeos que você tirou; Amei que o controle tem um botão só pra isso;
  • Em Controles, dá pra acessar ações como Conectar no Switch, Conectar um Novo controle, conectar no suporte Joycon, mudar mapeamento do controle, vibração e etc;
  • Na Configuração do console, rola fazer todo o tipo de de modificação que se adequa ao seu conforto e uso, como: Brilho, Internet, Usuários, Temas, Configuração pra TV; E nesse último ponto aqui, senti falta do suporte para aumento de fonte e Transcription. Poxa Nintendo, tamo em 2022. Acessibilidade para TODES!

Além da portabilidade que falei, de desconectar os controles da tela e usar a tela como um mini monitor e/ou por meio de um HDMI conectar a TV ou Monitor para jogar, a parte das customizações é um dos fatores que mais me agrada. Já estou ansiosa para comprar novos controles (Sim, tem controles customizados de personagens mainstream da Nintendo, como Zelda, Pokemon e Mario), cases e grips para os joysticks. Vou linkar alguns exemplos para vocês terem noção do SURTO que é esse console (Novamente, AMAZON PATROCINA NÓS).

💕 Switch exclusivo do Animal Crossing

💕 Joycon em rosa e verde

💕 Controle Zelda

💕 Grips pro joycon

💕 Capa de silicone Sailor Moon

💕 Case bag

A Preta paty aqui está em polvorosa haha.

Sobre os jogos:

Outro fator de escolha para optar pelo Switch, foi o seu jogo viral exclusivo (concebido no Nintendo DS) que é o Animal Crossing. Um jogo mundo aberto que você só o objetivo de fazer amiguinhos e viver numa ilhinha fofa.

Sim, comprei a versão física haha

Sim gente, é isso. Lógico que tem muito mais coisa, como criar casinhas, roupas e etc. Mas o apelo principal dele é ser fofo e relaxante e cara, ele entregou essa tarefa muito bem.

MAS MUITO BEM MESMO.

Além do Animal Crossing, também adquiri o Cozy Grove (que não é exclusivo do Switch como o AC), que tem a mesma pegada, só que invés de apenas criar uma vida numa ilha, você é um escoteiro que está descobrindo o por quer da Cozy Grove ser amaldiçoada.

E gente…as assombrações são ursos fantasmas.🤏🏾🤏🏾🤏🏾🤏🏾🤏🏾 Piticos demais.

Fiz amizade com a senhora Darla, uma costureira de mão cheia

Tem listas infindáveis de Cozy Games pela internet, mas vou por aqui alguns que vale a pena você analisar se estiver querendo adquirir um Switch ou se já tem um e quer morrer de fofurinha (opinião pessoal).

💕 Animal Crossing (Exclusivo)

💕 Cozy Grove

💕 Stardew Valley

💕 Story of Seasons

💕 Kitara Fables (Exclusivo)

💕 Hoa

💕 Sakura of rice and ruin

💕 Spiritfarer

Além desses, testei algumas demos de jogos exclusivos da Nintendo, como Wario e Captain Toad (um puzzle muito divertido). E mesmo não sendo meu estilo de jogos, é fácil enxergar a magia por de trás desses anos de sucesso. Você se sente uma criança. Bem feliz e realizada, aliás.

Resumão da Rai:

Por custo: Não vale a pena kkkkkkkk Só se você for como eu e tiver economizado, planejado e se permitido fazer algo para seu lazer, mesmo que gaste um pouco demais. Atualmente existe a versão Lite (apenas portátil) que é mais barata: A partir de 1.699,00 e a Oled (com tela em super definição): A partir de 2.950,00. Então né, possibilidades à vista para distintos consumidores. Os jogos exclusivos são bemmmmm carinhos. O Animal Crossing sozinho vale quase 350 reais. Isso sem mencionar as customizações.

Por experiência: Vale demais, até pra quem está entrando nesse universo. Saindo do backstage de gamers e adentrando no mundo com os dois pés. Eu sou essa pessoa. E digo mais ein: Se você for uma pessoa com uma coluna de mais de 150 anos e que se senta de uma forma bem curiosa, escolha esse console. Sua coluna vai agradecer.

Pra teste: Só se você for um gamer hypado em tecnologias e não liga para gastos; Indico assistir review, unboxing e gameplay de jogos antes de fazer isso de fato.

Mas meu conselho no final das contas é: Se permita. Analise seu orçamento e veja o que é melhor pra você. É um investimento a longo prazo. No entanto, no fim das contas, acredito que ter arrependimentos é algo que vai beirar ao inexistente.

Me segue nas redes sociais e acompanha minhas postagens também no site da InspirAda na computação, coletivo de mulheres na TI que faço parte.

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Raira Oliveira

Inxerida a escritora nas horas vagas, UX Research na Luizalabs, ilustradora, UX/UI na InspirAda a Computação, vegana e conscientemente insana.