Parem de falar que mobile é o futuro!

Renata Lopes
3 min readNov 7, 2016

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CC0 Public Domain

Há ainda quem diga hoje que mobile é o futuro. Esqueçam, mobile já deixou de ser o futuro a muito tempo, no máximo é presente, ou já até esteja no passado. Estamos no momento onde para cada coisa que precisamos fazer existam 50 apps para auxiliar. A diferença mora na experiência, positiva ou não, agregada a cada um deles.

O momento é o da internet das coisas, ou seja, novos serviços para diferentes nichos vão sempre surgir. Startups vão continuar nascendo, por possuir uma velocidade maior em errar e de se adaptar novamente, comparado a uma empresa padrão cheia de processos. Hoje, a velocidade para entender o público e modelar serviços, é peça chave de um negócio, onde atingir pessoas é o objetivo.

Atingir pessoas com sucesso, começa quando, os idealizadores de um negócio, descobrem que oferecer um serviço, não se trata de um processo de produção, e sim de construir uma experiência. Construir a melhor experiência para o usuário não é uma tarefa fácil. Cada usuário é um ser único e individual, ele é formado por filtros, crenças, percepções, preferências, reações, ou seja, uma série de questões emocionais que ocorrem com ele antes, durante e após a atividade executada.

Em contrapartida, a experiência é pensada para ele, em funcionalidades, formas, cores, usabilidade e uma série de outras questões emocionais, para fazer dele um cliente satisfeito. A navegação do usuário tem que ser óbvia, simples e prazerosa. Um mundo irresistível deve ser construído para o usuário, onde a motivação do consumo, seja de um produto ou serviço, é o que o transforma. A grosso modo, o Design Ux (experiência do usuário) de um sistema, não deixa de ser um grande design de persuasão.

Quase 100 % dos casos de experiência do usuário está ligado a experiência do consumo. A forma como nos relacionamos com uma marca está intrínseco com a forma como nos relacionamos com um serviço ou produto.

Quando falamos de e-commerce, nos referimos a uma loja que deve estar tão bonita, limpa e bem decorada como uma loja física, os preços e produtos devem estar em boa disposição para todos os sentidos, devem apresentar boa qualidade, prazo de entrega, e formas de pagamento vantajosas, a única diferença, é que não existe um vendedor tirando as dúvidas e nos persuadindo a levar algo, é ai que mora a diferença decisiva entre uma boa loja virtual e uma não tão boa assim, na experiência em se sentir informado, seguro e satisfeito.

Serviços e design devem e precisam estar cada vez mais próximos. A tendência é pessoas buscarem por serviços e facilidades na mesma medida. Muito em breve, ninguém mais vai comprar apenas uma boneca Barbie se ela já não vier acompanhada de uma impressora 3D que imprima os sapatos e acessórios. O Uber vêm se transformando cada vez mais em uma plataforma multidisciplinar do que em apenas em um serviço de motorista. Nos EUA, já é possível fazer chekin em hotel pelo Uber. Assim como o Spotify já mostra quando terá show da banda que gosta próximo a você. O caminho das pedras da experiência positiva é impulsionar a compra de algum produto ou serviço, agregando valor a ele, dando para o usuário um pagamento invisível por esse plus. Agora é colocar a mão na massa!

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