Marketing: Uma singela declaração de amor

Uma das minhas primeiras experiências como Profissional de Marketing, em meados dos anos 80…

Era com uma dessa que eu fazia meus clientes felizes em meados da década de 80…

Em meados de 1985 ou 1986, em usava uma dessa, todo final de semana, numa feira livre no Jardim Gláucia, em São João de Meriti (Exatamente NESSA esquina). Eu trabalhava vendendo temperos, como cominho, pimenta, nós moscada, entre outros.

Quem me levava para a feira era um dos inúmeros namorados da minha mãe, o Eron.

Na época, eu era um aspirante à Testemunha de Jeová (Sim, eu já tive uma religião e sou grato por isso). Depois que voltávamos do serviço de campo (nome que as Testemunhas de Jeová dão à pregação de porta em porta) íamos para a feira, trabalhar. Sim, gente. Criança pode trabalhar, vocês não sabiam? Não mata, não!

Eu adorava (e adoro até hoje) o cheiro das especiarias.

Ele, o Eron, me ensinou a trabalhar na feira, respeitar clientes e me relacionar com eles, gravando seus nomes em saquinhos, com a receita do que costumavam comprar. Eu sabia o nome de praticamente TODOS os meus clientes recorrentes. Sabia o que eles comiam no final de semana. Dava dicas de quais temperos poderiam realçar o sabor da comida. Eu era REALMENTE BOM nisso. Ainda hoje costumo me dar bem com temperos.

Quando eles chegavam, eu sempre os recebia com um sorriso de criança, mas com postura de profissional, e dizia: “Como vai, senhor fulano? Vamos levar um tempero hoje pra dar sabor ao seu dia? Vamos levar o de sempre, seu fulano?” e os fregueses, mesmo numa época onde a cortesia, a educação e o bom atendimento eram as regras, ficavam encantados. Afinal, para uma criança de 8 ou 9 anos, eu era fantástico!

Eu sempre fui Profissional de Marketing. Só não sabia que o amor que eu sentia por servir aos outros, através do livre mercado, do trabalho digno e da livre iniciativa, tinha um nome.

Marketing: Uma paixão pra vida inteira e mais além…

Serei profissional de Marketing até o fim dos meus dias, não importa em qual carreira eu esteja. Eu nasci pra fazer isso. Sou feliz fazendo isso. Faço pessoas felizes fazendo isso. Não é mais trabalho: é GRATIDÃO!

E vou continuar aprendendo como agradar meus clientes até o fim dos meus dias. Vou continuar ensinando àqueles que me derem a oportunidade, a fina arte de servir com reverência e respeito. Vou continuar estudando. Fazendo Pós, MBA, Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado… Lendo de forma quase obsessiva. É isso que me faz feliz. É assim que eu consigo fazer os outros felizes. É isso que importa.

Minha lápide será meu derradeiro diploma.