PPDP 2: AI Generativa

Renato Bonicio
3 min readMar 9, 2024

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Este post é parte de uma série que decidi fazer, chamada “PAIPER de PÃO”. São posts onde tento explicar conceitos básico de AI para todos, de uma forma simples e didática — que poderiam ser rasbiscados num Papel de Pão.

No primeiro post começamos com a definição de AI e Machine Learning.

Neste PPDP 2, vou tentar abordar um conceito importante e super atual, que vai nos ajudar muito nessa construção daqui pra frente.

Responda para você mesma(o) num tweet:

  • O que é a tal de AI Generativa? Eu aposto que você sabe, mas talvez não esteja ligando os fatos.

O que é a tal AI Generativa?

Lembra no PPDP 1 onde desenhei aquele Guarda-chuva de AI?

A AI Generativa é uma categoria dentro deste guarda-chuva. Ela GERA coisas, CRIA coisas, com criatividade MUITO parecida com a criatividade humana.

A história da AI Generativa, tem suas raízes nas primeiras explorações já na década de 1960 (!), os primeiros chatbots, como ELIZA e, posteriormente, PARRY, demonstraram já alguma capacidade de provar que máquinas poderiam processar e responder pedidos em linguagem natural de uma forma que simula a conversa humana.

— Se você não imaginar agora seu avô conversando com um Chatbot em 1960, você está no lugar errado — #Medo.

Voltando para 2024. Ou seja: baseada no que essa AI aprendeu (e aí entra nosso conceito de “Learning”), ela pode criar coisas únicas, sem que a gente diga explicitamente o que e como: textos (grandes ou resumos), imagens, vídeos, músicas, arte, etc! Que coisa maravilhosa!

Exemplo 1 — Imagem:

Vamos supor que a minha AI Generativa foi altamente treinada com ilustrações de Leões, Elefantes e Dinossauros.

Agora ela é totalmente apta a criar uma imagem única de um novo animal “LionDinoFante” (!!!)

E ela não vai copiar uma parte de cada ilustração, ela vai entender o que faz uma ilustração de Leão ser chamada de Leão e o mesmo para Elefantes e Dinossauros, criando uma ilustra totalmente nova!

Exemplo 2 — Texto:

Nós podemos treinar um modelo (programa) com muitos, muitos, muitos textos.

Tudo isso para que ele consiga aprender nossa linguagem natural: a gramática, a conexão entre as palavras, os diversos sentidos de frases — para depois conseguir também gerar textos com essa naturalidade, de forma super coerente ao que foi pedido.

Imagine que eu peça pra minha AI Generativa inventar uma história de um menino astronauta, que descobre um novo planeta e conhece novos amigos por lá. Pronto!

Essas AIs podem ser treinadas com milhões de histórias e aprendem diversos padrões. Muito provavelmente esta história teria os grandes momentos que uma boa história possui:

  • Início com apresentação do personagem;
  • Desenvolvimento da história com algum ponto de virada, conflito;
  • O Clímax da história com ponto alto entre o astronauta e seus amigos;
  • O fim da história com alguma reflexão;

Tudo isso contado de uma maneira super criativa, única, lúdica e natural.

A beleza da AI Generativa está na capacidade de sempre surpreender e inovar, produzindo conteúdo que, mesmo inspirado em dados existentes, é totalmente novo!

Esqueci de alguma coisa? Qualquer dúvida é só me enviar num papel de pão 🤓.

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