O cerco ao produtor rural

Ricardo Salles
3 min readAug 22, 2018

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O agronegócio está sob ameaça no Brasil. Tratado com um descaso cada vez maior e até com hostilidade pelos políticos, o produtor rural se garante nos bons resultados de sua produção, que gera renda para um terço dos nossos trabalhadores.

Com cerca de 20 milhões de pessoas empregadas no campo, o setor vem segurando as pontas da nossa economia. O governo petista plantou chuva e colheu tempestade, e mesmo assim o mercado interno e o comércio exterior se mantiveram de pé, graças à nossa produção rural.

Apesar disso, o produtor é abandonado ao relento. O governo já não protege os trabalhadores do campo contra as quadrilhas especializadas em roubar tratores, sementes e todo tipo de insumo agrícola. O governo já faz e desfaz contratos como se segurança jurídica fosse brincadeira. O governo já come boa parte da produtividade brasileira com impostos escorchantes.

O pior, no entanto, é quando o inimigo é o próprio Estado.

O governo Lula tentou pôr em prática o PNDH-3, que servia de incentivo para as invasões do MST. A partir da invasão, o dito “movimento social” ganharia o direito de disputar aquela terra na justiça. O governo ainda poderia inventar metas de produtividade; se não fossem alcançadas, a propriedade seria considerada improdutiva e poderia ser desapropriada numa invasão. O plano pode não ter sido aprovado, mas a mentalidade foi, e as favelas rurais brotaram como ervas daninhas por todo o interior do país.

Em 2017, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a “Segunda Sem Carne”, medida que proibiria estabelecimentos de fornecer carne e derivados em todo o Estado de São Paulo.

Já neste ano, o Governo de SP proibiu a exportação de boi em pé, prática que observava regras da Organização Mundial da Saúde Animal e que ajudava a manter positiva a balança comercial do Estado.

Ainda em 2018, veio outra pancada do Governo: a proibição da caça ao javaporco. Além de destruir a lavoura e transmitir a febre aftosa, a espécie invasora é causa de danos ambientais e do surto de febre maculosa, que vem matando dezenas de paulistas todo ano.

Essas medidas são resultado da demagogia de governos de esquerda que jogam para a torcida, ou de governos que estão mais comprometidos com entidades estrangeiras do que com o que é melhor para o Brasil.

Dá no mesmo: são minorias que querem decidir de longe nosso jeito de comer, de vestir, de fazer negócio, de tocar a nossa vida. O Brasil é maior que isso. São Paulo é maior que isso.

No frigir dos ovos, essas medidas derrubam nosso comércio e condenam o Brasil a um estágio de desenvolvimento que os ditos países estrangeiros ultrapassaram há muito tempo, livres dessas imposições. De um país que poderia ser um dos mais competitivos do mundo, viramos mero figurante do cenário econômico internacional.

Chega.

É hora de ter Tolerância Zero com organizações e fundações que acham que podem apitar no nosso país. É hora de mostrar que, no Brasil, quem manda é o trabalhador brasileiro.

Ricardo Salles

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Ricardo Salles

Presidente do Movimento Endireita Brasil e candidato a Dep. Federal pelo NOVO #EndireitaJá #TolerânciaZero FB | IG /ricardosallesnovo | LKD /ricardosalles