Mudanças

“Pare de correr para o futuro, comece a viver por hoje.”

Rodrigo Oliveira
4 min readJan 26, 2016

Ozzy Osbourne também é poesia!

Se quiser escutar a música enquanto lê, é ótima!

Algumas coisas estão acontecendo muito rapidamente na minha vida, e 2016 promete ser um ano de muitas mudanças. E o mais curioso (ou assustador, para alguns) é que, eu realmente estou disposto a elas.

Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento. — Érico Veríssimo

Uma coisa que não podemos negar é que brasileiro é viciado em Zonas de Conforto, nessas falsas realidades de “estabilidade”, funcionalismo público e etc. E quando uma pessoa se dispõe a ultrapassar essa zona em busca de algo maior, como conhecimento, experiência de vida e não só dinheiro, ela é taxada de sem noção, de “cara que se acha aventureiro mas vai morrer pobre”. E o que mais me entristece é quando amigos próximos pensam assim. Mas enfim, não consigo mudar a opinião deles… “Você é muito de humanas hein, cara”.

Na psicologia, a zona de conforto é uma série de ações, pensamentos e/ou comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. Nessa condição a pessoa realiza um determinado número de comportamentos que lhe dá um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Segundo essa teoria, porém, um indivíduo necessita saber operar fora de sua zona de conforto para realizar avanços em seu desempenho — por exemplo no trabalho. WIKIPEDIA

Como agora estamos falando de opinião, então vamos lá. Eu sou contra essa cultura de “estabilidade”.

Não estou dizendo que eu não quero dinheiro, é lógico que quero. O que me preocupa é a motivação das pessoas em tomarem certas decisões. Uma pessoa dizer que só quer conseguir o emprego X porque irá dar estabilidade, é a mesma coisa de ela dizer que só está vivendo para morrer (vi isso aqui).

Eu quero ter a oportunidade de fazer coisas produtivas, coisas que vão fazer a diferença, coisas que eu vou acordar de manhã com orgulho de estar indo fazer o que eu faço. E se, para isso, eu precisar mudar de cidade, mudar de estado, mudar meus hábitos, deixar de tomar o café fresquinho da mamãe, deixar meu confortável quarto com uma televisão grande e meu Play 3 para trás…cara, EU VOU FAZER.

Se tem uma coisa pior do que você se arrepender de ter feito algo, é você se arrepender de NÃO ter feito algo, e resumir a sua existência em reclamar do trabalho, reclamar do governo, reclamar da vida, pois botar a culpa em alguém é muito mais fácil. Mudar a si próprio dá muito trabalho, né. E depois, na hora de dormir, ficar olhando para o teto e pensando “e se eu tivesse…”

Bom, as minhas mudanças para 2016 incluem: mudar de cidade; mudar de estado; mudar de emprego; mudar de casa; dar um passo a mais na minha graduação. E sabe de uma coisa? EU ESTOU MUITO AFIM.

Não adianta dizer que estou maluco, que vou largar o conforto da minha casa, que eu tenho é que entrar em uma empresa e ficar 30 anos me decompondo para ganhar medalhinha de tempo de firma que vou estar com a vida ganha.

A satisfação de você estar fazendo algo que gosta, feliz e sem arranjar algum culpado para os SEUS problemas é muito, mas muito maior do que uma conta no banco, onde, qualquer dia, você pode sofrer um infarto ou um acidente de trânsito, morrer e não conseguir gastar um centavo…a vida é assim, meu amigo, coisas inesperadas podem acontecer.

Então, devemos aproveitar o fato de ainda termos saúde e fazer aquilo que nos engrandece como pessoa, que agrega ao nosso cérebro, não só ao nosso bolso, pois a vida passa muito rápido. E passarmos as manhãs dizendo “falta muito pras 18h?” é o pior pecado que podemos cometer, pois pedir para o tempo passar mais rápido é pedir para morrer mais rápido.

Aos amigos que construíram seus moinhos de vento, obrigado. Apesar de eu não falar tanto com vocês, vocês me inspiram.
Aos que construíram barreiras, ainda dá tempo! Olha o tamanho desse planeta, bora pensar grande!

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Rodrigo Oliveira

Visual, Brand & UI Designer, artista de lettering e colagem, mochileiro, não fala muito bem. Tampouco escreve.