Para a minha Estrela Jujubs

De 09/02/12.

Rodrigo Moncks
2 min readMay 27, 2014

Oi, estrelinha. Sei que nem sabes ler. Mas, quem sabe, um dia, no futuro, tu não fuces por aqui e vejas isso? Não sei…

Eu sei que não consigo dizer pra ti tudo o que eu quero. Tu não entenderias. Metade por ser uma estrela novinha, dessas que correm de um lado pro outro, infernizando as outras. A outra metade, porque eu não consigo nem pensar nas palavras sem me emocionar.

Entendas, estrelinha, que contigo tudo é diferente. Sentirei saudades da energia e do calor da Sol, e da calma e paz do Lua. Sentirei, muita. Já estou sentindo. Mas no fundo, eu sabia que esse dia chegaria. Acho que todos nascemos sabendo.

Mas com você, estrelinha, é diferente. Te vi chegando. Não imaginei como seria. Quando me dei conta, já estavas no céu, brilhando! E te vi crescer, estrelinha. Meu amor por ti não se compara. Te peguei no colo, te vi dar os primeiros trôpegos passos, te ensinei a mostrar a língua na idade que mal sabias falar. Pisco pra ti, e tu me devolve as piscadas, freneticamente. E ri. Como ri! Vive rindo, essa estrelinha. Não há som no mundo que se compare à risada da minha estrelinha.

Por favor, me desculpa. Sei que no início não vais entender. Sei também, que irás se acostumar. És tão nova, estrelinha… não entendes a infinidade deste céu em que vivemos. Como me dói pensar nos momentos em que, quando estou viajando, tu esqueces da minha ausência e corre pra me contar sobre um desenho, um brinquedo, uma brincadeira… Como me dói pensar a quantidade de vezes que isso acontecerá.

Não sei também o que farei sem a tua barriga pra morder, tua bochecha pra beijar e teu nariz pra roubar. Que besta que sou. Nem és minha, estrelinha! Mas se tornou. Eu, que já estou aqui há mais tempo, aprendi a te cuidar da mesma forma que aprendestes a brincar, a desenhar, a pintar. Juntos, aprendemos. E mesmo separados, continuaremos aprendendo.

Te amo, estrelinha. Não esquece que não importa quantas galáxias de distância estivermos, esse bobo continuará pensando em ti. Não esquece.

Do teu bah, do teu roguigo, do teu chato, praguinho, gordo, e louco.
Do teu mano,

Rodrigo Moncks.

PS: Dia desses te perguntei o que tua mãe era minha. Respondestes: Mãe, né! Te perguntei o que teu pai era meu. Respondestes: Pai! Por fim, te perguntei o que eras minha. Na lata, sem pestanejar, respondestes: Praguinha. Pode ter a idade que tiver, criança, pra sempre serás minha praguinha.

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