Estado Islâmico convoca muçulmanos na Suécia e na Europa para ataques terroristas
A 12 de março, a Al-Adiyat Media Foundation pró-Estado Islâmico (ISIS) lançou um cartaz em árabe, inglês e francês, convocando todos os muçulmanos na Suécia e na Europa para perpetrarem ataques terroristas.
O poster, intitulado “We Say to the Swedish effeminate taghut [governante anti-islâmico]”, mostra um combatente do Estado Islâmico brandindo uma faca, juntamente com referências e imagens do primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson e do político de extrema-direita Rasmus Paludan.
O primeiro-ministro sueco, chamado de “pequeno escravo da cruz”, é acusado de promover o ódio contra o Islão após Rasmus Paludan, líder do partido nacionalista dinamarquês Stram Kurs, e Edwin Wagenfeld, líder holandês da extrema-direita Patriotic Europeans Against the Islamisation of the West (PEGIDA), queimarem uma cópia do Alcorão em frente à embaixada da Turquia na capital sueca em janeiro passado. O ato causou indignação em todo o mundo e condenação de jihadistas, incluindo apoiadores do ISIS, que pediram aos muçulmanos na Europa que perpetuassem ataques em retaliação.
Paludan, um ativista sueco-dinamarquês que já foi condenado por actos racistas, já havia provocado tumultos na Suécia no ano passado quando fez uma tour pelo país e queimou publicamente cópias do Alcorão.
O texto do poster dirigido ao primeiro-ministro, afirma que o mesmo “declarou uma guerra contra a nação do Islão” e ameaça que “será derrotado e o seu destino será como o destino do professor suíno descrente da história” — uma referência a Samuel Paty, professor decapitado em Paris em 2020 depois de mostrar aos alunos caricaturas consideradas um insulto ao profeta Maomé. O cartaz também apela a todos os muçulmanos na Suécia e na Europa a atacar os “Cruzados […] com derramamento de sangue e arrancando partes do corpo! Construa um edifício com seus crânios […] sitie-os e coage-os, dilacere seus corpos nas ruas […] Lute contra os líderes da descrença e corte as cabeças do mal.”