Conhecendo a equipe parte 2— Rafael Magalhães, programador

Coffee Uai Studio
4 min readApr 4, 2018

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Ilustração do Rafael Magalhães feita por Nicolas Lobo — Ilustrador Digital da Coffee Uai

A segunda publicação da nossa serie de entrevistas com os integrantes da Coffee Uai Studio começa com Rafael Magalhães nosso programador !

Porque Jogos Digitais ?

Sempre gostei de jogar. Sempre fui um player muito assíduo, mas ficava preso apenas em um jogo. Eu ouvia outras pessoas falando sobre detalhes técnicos em um jogo, como a arte, e eu não sabia dizer se um jogo era bonito, eu só sabia dizer se era divertido ou não, mas isso começou a me despertar interesse. Na época eu fazia Engenharia em busca de status financeiro, mas o dinheiro não seria o suficiente para me fazer gostar da profissão, então mudei para jogos, que eu sabia que mesmo que não ganhasse muito dinheiro, ao menos estaria fazendo o que gosto.

Por que a programação é seu foco nesta área ?

Na engenharia, tinha uma matéria de programação que, apesar de ser muito básica, pois era focada mais na lógica da programação, fez com que eu me apaixonasse por isso e percebesse que era aquilo que eu queria seguir. Assim que mudei para jogos digitais, essa área foi o meu foco, apesar do medo de passar dificuldades por ter eliminado a matéria de programação do primeiro período, pois temia que a base que eu tinha da engenharia não fosse o suficiente. No fim, deu tudo certo, acabei tirando de letra e hoje é a área que domino.

O que você acredita que a Coffee Uai pode acrescentar ao cenário de Jogos Digitais ?

A Coffee Uai além do cenário de jogo, nós contribuímos da maneira que podemos para todo o cenário de jogos, por isso que hoje além de programador da Coffee Uai também sou Diretor de Eventos da GaMinG (Associação Mineira de Jogos) e lá procuramos ajudar todos os estúdios de jogos de Minas Gerais a se desenvolver, como a Coffee Uai, que queremos crescer ou pelo menos sobreviver fazendo o que gostamos, e eu como diretor de eventos estou sempre atrás de ajudar todos que posso da melhor forma possível, além do Podcast que o Caio realiza espalhando os conhecimento de Jogos por Minas Gerais. A nossa primeira intenção com a Coffee Uai é alcançar o nível 4 no cenário de jogos digitais que é o nível onde a empresa começa a se sustentar com as próprias criações o que já vai acrescentar e fomentar o mercado de jogos de Minas Gerais.

Qual maior dificuldade na área de jogos e o que estamos fazendo para enfrenta-las ?

No cenário atual, enfrentamos inúmeros problemas, muitos dos quais não conseguimos resolver sozinhos e temos que nos juntar para resolver. São problemas que envolvem desde brasileiros que não tem cultura de comprar jogos até a falta de incentivo para a compra de jogos brasileiros. Infelizmente existe um preconceito em adquirir jogos brasileiros, pois há uma preferência por jogos estrangeiros. Os problemas afetam todas as áreas, como marketing, comunicação, investimento. Começa desde lá de baixo, do fato de não termos sequer um curso de bacharelado para a área de jogos em Minas Gerais. Ainda estamos em uma indústria em desenvolvimento, mas felizmente a GaMinG está chegando investindo em várias áreas diferentes, sendo este ano focado no que é bom para o cenário. A GaMinG também está fazendo parceria com várias empresas para aprender com as que deram certo e com as que já perderam muito dinheiro, usando esse conhecimento para ensinar aos que ainda tem esses problemas como resolvê-los. A área de jogos vem crescendo e melhorando cada vez mais, e existem cada vez mais eventos relativos à área. No resultado de análises de mercado recentes, podemos observar que a maior parte das empresas de jogos no nosso estado são nível 1 e 2, sendo em sua maioria empresas de alunos e professores que tentam crescer no mercado, como a Coffee Uai. No nosso caso, já passamos dessa fase, pois passamos por um processo de pré aceleração, participamos de eventos, editais, ajudamos a associação mineira no processo de criação de eventos, incentivamos pessoas a virem para a área de jogos digitais, enfim, fazemos tudo o que podemos para ajudar aos outros e a nós mesmos, pois é isso que irá fazer com que avancemos

Existem limites para a programação ?

Não existem limites para um programador, existe custo beneficio. Esta parte fica com o gerente de projetos. Dá para incrementar mecânica que desejamos, mas muitas fases não escolhemos adicionar pois gastaríamos muitos recursos e tempo onde não compensa. Pode mudar de programador para programador quanto cada parte ele domina e o que ele domina para poder entregar para o gestor. E pode mudar a opinião do gestor ou não.

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