Marketing Jurídico — O melhor momento para se tornar um advogado é agora

Sudamar Cerqueira
6 min readSep 14, 2015

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Escrevo esse artigo num dos setembros mais sombrios para a política econômica brasileira, estamos em 2015 e o dólar beira os R$ 4,00 sinalizando que pode chegar aos R$ 5,00 até o fim do ano; o congresso não dialoga com o planalto; vários políticos, líderes de seus partidos, acusados de corrupção. A agência Standart”s Poor rebaixou a nota de bom pagador do país que está oficialmente em recessão técnica.

Ou seja, o cenário no geral é impossível de ser previsto a curto/médio prazo. Mas não há melhor momento, nos últimos 12 anos, que se formar em direito e trabalhar de forma autônoma.

Você deve estar pensando: “nunca se formou tanto advogados no Brasil, como pode afirmar isso?”. Fique comigo até o final e entenda porque você precisa começar AGORA!

Advogado do Diabo, filme clássico que aborda a vaidade da profissão

Empreendedorismo no Direito

Há um sério problema com as formações de profissionais liberais como advogados, nutricionistas, treinadores físicos, jornalistas e artistas em geral: falta-lhes competência de empreendedor. São profissionais que, em geral, precisam lidar com finanças, empregados, estratégias, fornecedores e, porque não, vendas.

Não é raro um curso completo de formação em direito, com boas notas no exame de ordem, não levar em seu curriculum uma só cadeira que envolva plano de negócios, noções de marketing e/ou de gestão empresarial.

Antigamente o profissional da lei ao fazer um bom trabalho com bons clientes vivia da fidelização deles ou da recomendação que eles faziam de bom grado. E mais: os filhos desses profissionais continuavam a viver dessa fidelização.

É verdade; nunca se formou tantos advogados no Brasil, mas a prova do exame nunca foi tão seletiva! Consequentemente, o jovem advogado está voltando todos seus esforços para fazer uma peça perfeita na segunda fase e comemorar seu sonho com o afago orgulhoso dos seus entes queridos: eles agora têm um advogado na família. Mal sabem que a internet deve engolir esse jovem ambicioso e cuspir mais um concursando pro mercado!

A velha guarda, por sua vez, está tão ocupada mantendo seus bons clientes, que não entendeu a ENORME mudança no mercado, afinal, eles tampouco têm formação empresarial. E quando percebem o movimento, ou não creem em sua força, ou se acham velhos demais para para conexões.

O ENORME trabalho de entregar conteúdo de qualidade para o internauta parecia mera vaidade, mas o tempo mostrou que essa avaliação foi um erro fatal.

Marketing Jurídico — A produção de conteúdo é essencial para os novos escritórios

A sobrevivência do escritório

Em outros tempos, ao necessitar de um advogado, o indivíduo recorria a uma indicação na sua rede de contatos, que era de, no máximo, umas 50 pessoas. Se essas 50 pessoas mais próximas não tivessem uma indicação, elas perguntariam às 50 pessoas mais próximas e assim por diante. Por fim, ao conseguir dois ou três telefones, o consumidor mais crítico visitaria ambos, faria um orçamento e decidiria pelo nível de confiança de sua indicação e pelo poder de persuasão do profissional.

Essa era uma época em que o juridiquês (falar linguagem exageradamente técnica ou mesmo com português rebuscado) era uma das estratégias para demonstrar autoridade. Quanto menos o cliente perguntava, mais lisonjeado e mais propenso ao fechamento de contrato ele parecia. A democracia e o acesso à informação ainda engatinhavam no comportamento dos profissionais e dos consumidores.

Revolução Digital

Segundo dados divulgados em 2013 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos brasileiros estão conectados à internet. A proporção de internautas brasileiros, passou de 49,2%, em 2012, para 50,1%, em 2013, do total da população.

Isso quer dizer que mais de 86 milhões de usuários estão conectados e que a internet mudou — ou está mudando - sua relação com o consumo e prestação de serviços.

É comprovado que 62% dos clientes pesquisam no google antes de recorrer aos amigos e, quando diferente, ele pede o site do profissional indicado. Além disso, desses 62%, um número expressivo de 32% interagem com as páginas encontradas, compartilham informações e/ou mantém relacionamentos com as marcas.

Esses números são fundamentais para o “novo advogado”, pois é aqui que ele tem a chance de mostrar o seu trabalho para o internauta e aprofundar o relacionamento. Talvez a relação internauta-advogado seja um pouco diferente da relação com produtos ou outros prestadores de serviço, mas os números indicam uma tendência inegável: a internet mudou seu cliente!

O cliente na internet — nossos filhos confiam no mercado online.

O advogado e o Marketing jurídico

Os melhores clientes, aqueles com consciência do valor agregado que um bom advogado pode trazer, são os que fazem mais pesquisas no mundo virtual, aqueles que sabem valorizam um conteúdo bem escrito e detestam serem tratados com desdém.

Também são os melhores clientes que ignoram banners e detestam publicidade direta e agressiva. São internautas que procuram plugins para bloquear popups, que pagam para não receber propagandas e que detestam receber mensagens de email não autorizadas.

Ou seja, seu melhor cliente está na internet em busca de conteúdo. E ele faz isso porque não quer seu serviço, ele quer resultado. Ele não quer sair da tela do seu dispositivo — seja computador, celular o tablet — para perguntar algo para você, seja por telefone ou numa visita rápida. Seu possível cliente está a um clique de mais de mil escritórios.

A boa notícia é que é possível fidelizar esse cliente. A má notícia é que é muito mais trabalhoso e requer mudança de postura. A advocacia tradicional, aquela que criava uma barreira, um distanciamento com o cliente, inclusive no linguajar, está morrendo. Diante de tantas alternativas, você precisa empoderar o cliente de informações para que ele tome a decisão correta, ou seja, a entrega de conteúdo gratuito, acessível e de valor é apenas o começo.

O melhor momento como nunca antes na história desse país

Veja bem, como dito antes, os grandes escritórios estão sem tempo, parte dos jovens advogados estão preocupados em serem grandes juristas, outra parte estudando os macetes do Cespe e outra totalmente perdida ou desmotivada.

Muitos advogados até criam uma página. Alguns começam, inclusive, a escrever num blog ou nas redes sociais, mas a falta de interação ou a rotina apertada de quem precisa pagar as contas do escritório esfriam o ânimo e o que vemos são conteúdos copiados dos grandes portais, desatualizados e sem menor sentido para o usuário.

Há casos raros onde o advogado liberal ou um escritório procura uma consultoria para o Marketing Jurídico, ou seja, daqui a um ano, esses profissionais serão verdadeiras autoridades e seus escritórios serão referência em uma ou duas áreas de atuação.

Em outro texto eu vou falar de como o advogado pode decidir sobre contratar uma consultoria ou seguir sozinho no trabalho de marketing jurídico no meio digital.

Mas o mais importante nesse texto é dizer: comece AGORA!

A inclusão digital levou muita gente às redes sociais, os smartphones estão todos conectados, o mercado de Marketing Digital no geral está em formação no Brasil e os preços ainda estão acessíveis, o nível de confiança nos marcas presentes na redes sociais está cada vez mais alto, seus colegas mais jovens estão muito ocupados tentando sobreviver à moda antiga, seus colegas mais velhos não acreditam no marketing porque na época deles nada disso existia.

No final de 2016 você vai me agradecer por ter lido esse email hoje. Ou vai ficar muito chateado por ter lido depois. Sempre é tempo de começar, mas agora é a MELHOR hora!

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