Sobre planejar com propósito e deixar fluir

Taiana Trajano
3 min readDec 31, 2017

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No começo de 2017, depois de passar dias mágicos na Bahia, cheguei de volta ao Rio com uma sensação de estar perdida. Começava o ano sem muitas expectativas e com o desejo de deixar fluir, me entregar ao que o destino havia preparado.
Mas dentro de mim, também tinha vontade de entender um pouco melhor qual o caminho que fazia meu coração pulsar mais forte. Colocar no papel desejos e sonhos que pudessem nortear o meu caminhar.
Por isso, sentei em janeiro, para fazer meu planejamento do ano que estava começando (2017).

Como facilitadora que sou, acreditava que o processo tinha que ser diferente também. Não dava para planejar o ano apenas. Por isso, busquei dinâmicas que pudessem me ajudar nesse processo. Eu desejava ter mais claro o caminho que me move de verdade e, junto com meu amado amigo Leo Napoli, desenhamos nossos planos para 2017.

Organizei minhas metas e tarefas num quadro no formato Kanban, com post-its coloridos, que ficou colado durante o ano todo na porta do meu armário. Coloquei com cores diferentes as metas e tarefas, separando-as em 4 dimensões de cuidado, baseada na Fluxonomia 4D (Cultural, Econômico, Social e Material - mais para frente eu explico essa divisão).
De tempos em tempos, organizava as minhas tarefas, escolhendo o que eu iria priorizar nas próximas semanas, analisando o que ficou para trás e não foi cumprido e inserindo novas ações que surgiam no fluxo do dia-a-dia. Por exemplo, surgiu um viagem para fazer uma imersão em Bangladesh, que não estava diretamente nos meus planos (mas analisando, tem tudo a ver com meu desejo de priorizar os estudos em empreendedorismo e novas economias). E assim o ano seguiu!

Agora, com 2018 chegando, e observando o meu quadro, posso dizer que algo mágico aconteceu!

A vida fluiu maravilhosamente. Mas também senti que ter feito o planejamento fez com que eu ficasse minhas energias num norte. E por incrível que pareça, tudo de inesperado que aconteceu, fazia muito sentido com os meus desejos e sonhos que nortearam as metas e ações do ano. Ou seja: o planejamento não serve para engessar. Ele nos dá o norte que nos guia, quando por acaso, desviamos o caminho do nosso propósito.

Além disso, acredito que tem um lado místico, de que, quando paramos para observar o que realmente nos move, nos conectar com o nosso propósito, começamos a construir esse sonho para torná-lo realidade. Aí que está a magia que aconteceu com meu ano. Sinto que várias coisas que sonhei para daqui a 5 anos, já estão bem próximas de acontecer em 1 ano! É como se, só de colocar nossa energia focada nos sonhos, movimentássemos algo no universo nesse sentido.

Claro que eu não consegui fazer tudo que eu planejei para esse ano. Muitas coisas ficaram para trás. Mas até isso está sendo muito interessante de analisar. No meu caso, 2 dimensões se desenvolveram muito além do que eu imaginava. Por outro lado, 2 outras ficaram com muitos post-its/tarefas por fazer. Isso me chamou muita atenção. Eu celebro tudo o que aconteceu no meu ano e reflito sobre o porquê minha energia não ficou focada também nessas duas dimensões.

O que posso fazer para tornar minha vida um pouco mais equilibrada?
E agora, essas são questões que estão servindo de guia para o planejamento desse 2018 que está chegando.

Tenho mais consciência sobre as minhas escolhas.

Eu agradeço e celebro tudo que aconteceu nesse meu primeiro ano melhor planejado da minha vida! Todas as tarefas cumpridas, todas as novas ações que escolhi adicionar no meu caminho e também todas as tarefas que não foram realizadas, mas que estão me gerando vários insights sobre mim e minhas escolhas.

Desejo um 2018 de muita celebração e consciência!
Vamo que vamo!

Ah, e se quiser saber quais dinâmicas eu fiz para montar meu planejamento, é só clicar aqui!

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Taiana Trajano

Branding & Sustainability Consultant, researching New Economy, Social Business and Communication keys to support this process @avo.com.vc @hubnovaseconomias