A mochila de Dora, Aventureira.

Talita Fernandes
2 min readSep 9, 2016

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Antes de começar esse texto, quero que dizer que se você bem no fundo dos olhos de Dora, ela leva sua alma. É sério.

Dora e sua mochilinha.

Quando eu tinha uns 15 anos, fui morar com meus tios e os meus priminhos pequenos. Como crianças normais, eles assistiam desenho animado e dentre uma infinidade deles, tinha Dora. No começo e até hoje, odeio Dora. Só para deixar claro, ela é uma criança muito irritante, porém, eu aprendi com ela e hoje vou compartilhar com vocês.

A Dora é uma criança de 7 anos que carrega uma bolsa mágica nas costas e vive em uma constante aventura com seu amigo macaquinho e o seu rival, o raposo. Essa menina era cega, só podia, as coisas estavam de baixo dos olhos e ela ainda pedia para as crianças dizer gritando onde tava o objeto. MAS O QUE ISSO TEM A VER COM ESSE TEXTO?

Eu, você e todos os adultos do mundo somos a Dora. Sim, somos essa criança irritante vivendo uma aventura ~ou o que era para ser uma~chamada vida. E nela carregamos uma bagagem (bolsa mágica, se você preferir). O que guardamos nessa bagagem? Boas memórias, problemas, traumas, irritações, pessoas boas, pessoas ruins, aquela cena do filme de 2002 que você vê mil vezes, mágoas, tristezas e etc.

Já ouviu falar da síndrome do esquilo? É aquele desejo compulsivo de acumular coisas que muitas vezes são desnecessárias na nossa vida e não conseguir tirar por mais que faça um esforço enorme. Então, a mochila tá tão pesada que a sua coluna dói, o seu corpo não aguenta mais ficar em pé e você simplesmente cai.

Bom, aqui preciso dizer duas coisas para você. A primeira foi uma coisa que Deus falou comigo:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Mateus 11:28,29

A segunda coisa é que leve somente o necessário para viver a sua vidinha, tem certas coisas que não é legal de se carregar. É pesado, não traz paz.

P.S.: Antes de terminar quero dizer que essa aventura não dá para ser vivida sozinha, a gente vai precisar de alguém que grite coisas óbvias nos nossos ouvidinhos, do tipo: NÃO COMA BRIGADEIRO QUENTE POR QUE VAI QUEIMAR A SUA LÍNGUA. É que às vezes, estamos tão cegos que nem vemos o que tá de baixo do nosso nariz.

P.S.: RAPOSO NÃAAAAO PEGUEEEE

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