POCKT — UX Strategy / Priorização
Criamos este artigo com intuito de documentar as técnicas de priorização em UX Strategy utilizadas para a concepção do POCKT, a carteira virtual focada em facilitar o dia-a-dia dos nossos usuários.
Primeiramente, recomendamos a leitura do artigo principal, apresentando a concepção do produto e os desdobramentos realizados aqui.
Matriz CSD e Conhecimento vs. Impacto
Para organizar e priorizar nossas ideias, primeiramente utilizamos a Matriz CSD (Certezas, Suposições e Dúvidas) para identificar as necessidades de pesquisa a fim de encontrarmos respostas úteis ao desenvolvimento da solução e reconhecermos os possíveis usuários da plataforma.
A partir disso utilizamos a Matriz de Impacto vs. Conhecimento para priorizarmos nossas pesquisas.
Alto impacto
Como observado acima, o grupo de empresário foi priorizado com grande impacto, pois supomos que um aplicativo versão business aumentaria a rentabilidade do negócio.
Menor conhecimento: Público de difícil alcance
Médio impacto
Foi posto como médio impacto tudo que não fosse exclusivo para uso de empresários, mas traria rentabilidade em menor escala.
Menor conhecimento: pagamentos via NFC
- Não identificamos no Brasil uma prática significativa de pagamentos por aproximação por dispositivos móveis
- Perigo se perder um cartão por aproximação que não necessita de senha para efetuar compras até R$ 200,00.
Médio e maior conhecimento: armazenamento e compartilhamento de documentos
- Já existe uma prática mais disseminada do uso de plataformas de armazenamento online com opções de compartilhamento
- Essa maior prática faz com que usuários tenham mais chance de usar documentos que não apenas os pessoais
- Documentos pessoais mais requeridos geralmente são RG, CPF ou CNH na ausência dos primeiros
- Averiguamos pelo benchmarking de documentos pessoais que o compartilhamento desses dados só são possíveis fisicamento via QR Code dos dos aplicativos ou mostrando a cópia virtual.
Baixo impacto
Menor conhecimento: dados sobre manuseio físico dos itens
A intenção com o POCKT é facilitar e não substituir itens físicos.
Médio conhecimento: faixa etária
A idade da maioria dos nossos usuários nos ajuda a criar interfaces e usar palavras mais adequadas, mas não é decisiva para o uso do aplicativo
Escopo MVP
Como mostrado no artigo principal, seguimos nossas pesquisas e após a análise de dados fizemos o exercício “O que o produto é/ o que não é/ o que faz o que não faz”.
Essa dinâmica explicitou a necessidade de priorização, pois quando incluíamos o público de empresários, além de não conseguirmos descrever o que era nosso produto, ou seja, desviarmos do objetivo principal de criar uma carteira digital, percebemos que o esforço excederia os possíveis ganhos, indo contra o conceito de MVP.
Assim, identificamos que a melhor solução seria priorizarmos o armazenamento dos documentos pessoais e meios de pagamento que mais apareceram na pesquisa. Isto é, focar no nicho de pessoas físicas.
Impacto vs. Esforço
Seguindo ainda o princípio de MPV, tentamos utilizar a matriz impacto x esforço na tentativa de priorizarmos os passos de construção do aplicativo.
Contudo, ao conversarmos com o desenvolvedor Daniel Chistovão, foi decidido não realizar o exercício da matriz. Daniel interpretou que na nossa solução
todas as funcionalidades são importantes, “mas a parte de segurança é fundamental” e deve ser priorizada.
Isto porque se trata de um app de documentos e pagamentos — ponto também identificado por um usuário no nosso primeiro teste de usabilidade.
A partir disso, as prioridades seguiriam de acordo com a construção do fluxo do usuário (ilustrado na seção de Wireframe e Fluxo do Usuário do nosso artigo principal). Porque, por exemplo, não daria para implementar o QR Code caso o login e segurança (token) não estivesse ok.
Assim, idealizando um time de 6 desenvolvedores, 3 de Front-end e 3 de Back-end, foi imaginado um cenário com tempo extra de garantia de um projeto realizado dentro de 6 meses.