Como o Curso sobre Liderança da Aerolito me ajudou a evoluir

Tatiana Becue Trautvein
4 min readDec 9, 2021

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Sou Engenheira Mecânica com experiência profissional em um instituto de pesquisa e estou, há mais de 10 anos, em uma multinacional da área da mobilidade. Essas duas instituições me ajudaram a desenvolver competências que são muito fortes em minha carreira: o interesse pela pesquisa, aprendizado, liderança e pilotagem de projetos. Foi com intuito de desenvolver mais sobre essas competências que me inscrevi no curso de Liderando como Futurista: A gestão na complexidade digital.

Foram dez encontros nos quais mergulhamos em informações muito novas pra mim. A cada término de aula o sentimento era o mesmo: impossível “desligar” o cérebro e ir dormir. Ficava só pensando em como e quando poderia aplicar tudo isso na minha rotina.

Estamos em um momento em que tudo evolui muito rapidamente, onde ideias surgem e desaparecem sem que tenhamos muito tempo para discuti-las corretamente. E, baseado nessa complexidade, é que precisamos avaliar nosso modo de pensar e atuar. Trabalhar com futuros é sobre isso, sobre antecipar cenários prováveis, sobre aprender a transformar um problema em uma oportunidade.

Não podemos continuar projetando o presente no futuro e esperar resultados satisfatórios. Temos que começar a analisar melhor o nosso entorno para vermos o que está sendo desenvolvido e saber como isso impacta o nosso mercado.

Sim, temos que aprender a liderar com nível de complexidade — mas não dificuldade. Complexidade no sinônimo de diversidade, de multiplicidade. Temos que focar nossas soluções com mais clareza para resolver nossos dilemas e transformá-los em oportunidades. Ser mais propositivos e flexíveis e, com isso, conseguiremos chegar mais perto de uma gestão futurista.

Liderança para mim nunca foi sobre ser hierarquia e ter poder. Mas sim, ser próximo, trabalhar juntos, aprender e se desenvolver como equipe. Liderar como futurista é mostrar muito mais confiança em sua equipe; A organização é mais simples e se torna mais voltada para as entregas, sem deixar de considerar as pessoas. Estamos tão acostumados com a liderança tradicional que essa “liberdade” nos parece estranha.

Foram muitas notas feitas e muitas ideias para aplicar no meu dia a dia, tanto para tentar implantar novas soluções para alguns dilemas que tenho, como novos pensamentos em como fazer a gestão de minhas atividades.

Pontos de impacto no curso:

● Primeiro item: Dilema é um problema que não vai embora e temos que aprender a trabalhar para transformá-lo em uma oportunidade. Por natureza, eu sempre tento resolver o problema/dilema, e não necessariamente encontrar um lado positivo nele para que seja uma oportunidade. Resolver o problema simplesmente me ajuda a eliminar um item da minha lista de atividades, mas não me ajuda a antecipá-lo e evitá-lo de ocorrer. Não aprendi a tratá-lo e sim a corrigi-lo. Não sei se faz muito sentido para quem não compartilha minha rotina, mas já vi muitos problemas se repetirem em diversos projetos diferentes ao longo dos anos — sempre resolvemos e passamos para o próximo item, mas não nos acostumamos a transformá-lo em uma oportunidade de evoluir e documentar corretamente para que seja possível evitar que ele ocorra novamente.

● Segundo item: Pensamento estratégico: não podemos pensar somente no agora. Temos que pensar no que podem ser os futuros (sim, plural). Pensar no que queremos e analisar o que ocorre ao redor e que pode apontar para evoluções/inovações. Novamente um grande impacto na maneira em como eu fazia minhas gestões de riscos. Não temos como fazer uma gestão de riscos clara e precisa se projetamos o presente no futuro. A melhor solução é pensar em vários cenários diferentes e analisar tudo o que pode ocorrer ao nosso redor que possa impedir o bom andamento de nosso projeto (não o andamento linear, certinho, que temos escrito no papel).

● Terceiro e quarto itens: Imediatismo é um problema e é necessário aprender a lidar com a falta de certezas (essas duas são grandes dificuldades para mim). Por padrão, eu não tenho paciência para esperar algo acontecer e não sei lidar bem com incertezas. Mas, outras notas que fiz após me ajudaram a pensar muito sobre isso, sobre Aprender/Desaprender e Reaprender. Acho que tudo se resume a aprender, analisar e pensar com clareza sobre os próximos passos. “We become what we behold. We shape our tools, then our tools shape us[1] — frase atribuída a Marshall McLuhan, apresentada no curso que traduz muito meus sentimentos sobre o tema.

Os itens descritos acima são os que eu achei mais importantes para implantar na minha rotina o quanto antes. Mas o curso foi muito além disso: todas as discussões sobre Visões de Futuro, multidimensionalidade, Metodologia das 3 ondas, Futures-Back, Transformação ou Incrementação Digital (e suas diferenças), as apresentações sobre Estônia, China e Israel, nos fizeram ter uma visão muito ampla sobre o impacto da evolução “digital” e como devemos corresponder.

A minha expectativa com o curso foi superada com sucesso! Além de aprender mais sobre liderança e como aplicá-la com toda a evolução digital que está acontecendo, eu relembrei que unir minhas áreas de interesse — pesquisa/desenvolvimento e liderança/gestão — e parar de tratá-las como linhas paralelas, vai ajudar a transformá-las em linhas coincidentes.

Durante os dez encontros, tivemos muitas informações, uma quantidade de entendimentos complexos. Inicialmente algumas metodologias apresentadas ainda são difíceis para mim, mas ainda vou me aprofundar mais. A gestão na complexidade digital se tornou um pouco mais simples de se entender e trabalhar, só posso agradecer ao Tiago Mattos, Fernanda Prestefelippe, Kim Trieweiler e toda a equipe Aerolito por esse curso fantástico e por me lembrar quais eram meus objetivos profissionais, ou meu legado. Obrigada!

[1] Nós nos tornamos o que vemos. Nós moldamos nossas ferramentas e então nossas ferramentas nos moldam.

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Tatiana Becue Trautvein

Mechanical engineer working in the automotive industry with an interest in management and innovation